Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Igreja Sagrado Coração de Jesus



No dia 25 de março de 1886, inaugurou-se a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, sendo sagrado seu altar, pelo Bispo Dom Joaquim José Vieira. Sua pedra fundamental tinha sido assentada em 25/9/1878, logo após o término da seca de 1877, uma das razões da construção do templo: para aproveitar a mão de obra do flagelado.
A iniciativa da construção foi do casal José Francisco da Silva Albano (Barão de Aratanha) e Liberalina Angélica da Silva Albano (Baronesa de Aratanha), secundado pelo concurso de Dom Luís Antônio dos Santos. Ficou conhecida como Igreja dos Albanos. As obras se iniciaram em 25/9/1878.
O templo era singelo, em linhas neoclássicas e neogóticas. A grande seca de 1875-1877 deixou um grande número de flagelados em Fortaleza, e para dar trabalho a essa gente é que foi construída a igreja em frente à Lagoa do Garrote (Parque da Liberdade, Parque da Independência, Cidade da Criança), no "Morro do Pecado", onde existia uma capela dedicada a Nossa Senhora das Dores, em 1848, cuidada pelo padre Alencarino.
A igreja teve como primeiro administrador o padre Antônio Xisto Albano, filho do Barão de Aratanha, que ali ficou até 1901, quando foi transferido para o Maranhão, ocasião em que o bispo Joaquim José Vieira resolveu entregar a administração à Ordem Seráfica dos Capuchinhos da Missão do Maranhão, o que foi feito no dia 1º de junho de 1901, mas a transferência só se deu no dia 3.


No início da década de 1950, a torre, que era de zinco sobre armação de madeira, foi retirada, e em seu lugar foi levantado, sobre a velha alvenaria de tijolo da Tabatinga (branco), um bloco de concreto com um relógio de 4 faces e sobre ele a imagem de Jesus Cristo, que antes se achava no frontal do templo, causando o esmagamento das velhas paredes, que ruíram às 13h20min do dia 15 de março de 1957.
Ao invés de reconstruírem a igreja, pois apenas ruíra a torre, os capuchinhos acharam por bem derrubar toda a igreja, para construírem uma maior, que é a que atualmente lá está, mas a arquitetura usada é mista, feia, cheia de "combogós", e tem na sua fachada uma parede reta como se fora um oitão, além de rampas para subida de carros, uma torre vazada e uma grande cúpula sobre a nave principal.
A pedra fundamental da nova igreja foi lançada em 1958 e sua inauguração se deu em 1961.
As duas fotos mostram a antiga e a nova igreja, para que se tenha uma ideia das grandes diferenças entre uma e outra além das mudanças ocorridas na praça que são imensas, como a arborização, as bancas de jornais e revistas, telefones públicos, vendedores ambulantes, abrigos para espera de ônibus, asfalto, etc.


Fonte: Portal da História do Ceará/Arquivo Nirez

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O bosque que é praça


Foto antiga do local que daria lugar ao bosque

Em 07 de maio de 1945, o Diário Oficial do Município nº 3.395, traz a Lei nº 123, de 11 de abril, que dá o nome de Praça Clóvis Beviláqua, ao quadrilátero limitado pela Avenida Desembargador Moreira, Avenida Padre Antônio Tomás, Rua Eduardo Garcia e Rua Barbosa de Freitas, na Aldeota. Depois, não se sabe exatamente quando, a praça recebeu o nome de Praça José Acióli.


Foto da década de 40. Vemos o terreno que daria lugar ao bosque -Carlos Juaçaba

No dia 27 de julho de 1965, a Praça José Acioli, passa a chamar-se Bosque General Eudoro Correia*, de acordo com a Lei 2.995, do dia 21, atendendo Mensagem do então prefeito Murilo Borges Moreira (Murilo Borges).

A praça fica em frente ao Hospital Militar do Exército.

Foto de 1962. Onde mais parecia um curral, servindo de campo de futebol, surgiu a primeira praça da Aldeota, em frente ao Hospital do Exército. Atualmente chama-se Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, fundador do Hospital de Messejana e pai do presidente da FACIC, Beto Studart. Para os saudosistas, sempre será Praça Eudoro Corrêa. Onde o rapaz caminha, hoje é a rua Eduardo Garcia. (Foto Manuel Lima - Diários Associados). Acervo Lucas

Praça do Hospital Militar, Praça das Flores e Feira das Flores. Por qualquer um destes nomes é conhecido o Bosque Eudoro Correia, um dos mais bem localizados e agradáveis de Fortaleza.
Qual é a diferença entre bosque e praça? Quando pensamos em um bosque, imaginamos um lugar repleto de árvores, com muita sombra e sossego, e sem qualquer contato com a cidade grande. É, enfim, o local ideal para se fazer um piquenique. Já a praça nos dá a noção de uma grande área destinada ao lazer, bastante florida, só que encravada em centro urbano.


O Bosque visto da rua Barbosa de Freitas

E o que dizem os dicionaristas a respeito dessas definições?
Bosque seria, na definição de Aurélio Buarque de Holanda, a “quantidade mais ou menos considerável de árvores dispostas próximas entre si”, e praça “o lugar público cercado de edifícios; largo” ou “mercado; feira”. A linguista Maria Teresa Camargo Biderman, por sua vez, imaginaria o bosque como a “área onde árvores e outras plantas crescem espontaneamente; pequena mata”, e praça como o “lugar público onde não há casas, mas jardins, parques, para passeio e diversão”.


O Bosque visto pela Avenida Desembargador Moreira

O Eudoro Correia é um pouco de tudo isso. Não por acaso é oficialmente classificado como bosque, já que é uma das áreas mais verdes de Fortaleza. Atua, por assim dizer, como um verdadeiro pulmão em região de intenso congestionamento de veículos, que ocorre principalmente em horário comercial dos dias úteis. É um dos lugares mais agradáveis da capital cearense, com vários ipês, bambus, paus-brasil, coqueiros, cajueiros e mangueiras, dentre outras árvores.


Ocupa uma área de aproximadamente 25.000 metros quadrados, no coração da Aldeota, um dos bairros mais nobres da cidade. Dá frente para duas famosas avenidas, a Desembargador Moreira e a Padre Antônio Tomás, bem como para outras duas ruas, também bastante conhecidas, Barbosa de Freitas e Desembargador Leite Albuquerque.


Foto de Paulo Targino Moreira Lima

Mas tem muito de praça também. É um local rodeado de construções e abriga uma das mais tradicionais feiras de flores e pequenas plantas da cidade. São 38 pontos de vendas em operação (de um total de 44), divididos em boxes, que proporcionam um ar mais puro do que o normalmente encontrado nas grandes cidades.


O Bosque visto pela Avenida Desembargador Moreira

Por isso, se perguntarmos às pessoas onde fica o Bosque Eudoro Correia, a grande maioria não saberá dizer.
Basta, então, substituirmos a pergunta: “onde é a Praça do Hospital Militar?” A resposta é imediata e quase unânime: “fica em frente ao Hospital Militar, na Avenida Desembargador Moreira.”
Pois é, o Bosque Eudoro Correia é mais conhecido como a Praça do Hospital Militar. Isso ocorre pela presença do ilustre e antigo vizinho, o Hospital Geral do Exército, popularmente conhecido como o Hospital Militar. Mas também é chamado de Praça das Flores e de Feira das Flores, exatamente em razão da famosa feirinha ali existente.


Foto de Eva D.

Ao redor do Bosque há de tudo. São casas, prédios de apartamentos, dois pequenos centros comerciais, farmácia, floricultura, lojas de móveis, salão de beleza, loja de equipamentos médicos, posto de combustível, lava-jato, lojas de aparelhos de ar condicionado, posto de atendimento da COELCE e outro da companhia aérea BRA, em processo de falência.
Além disso, fica a uma quadra de importante centro comercial que engloba, além do Center Um – o primeiro shopping center de Fortaleza – inúmeros outros estabelecimentos comerciais. São sapatarias, restaurantes, supermercados, bancos, lojas de brinquedos, de roupas, de miudezas etc.

Foto do Professor Evaldo

Não bastasse isso, o Shopping Del Paseo fica a apenas duas quadras do local, enquanto que o Aldeota, outro grande shopping center da cidade, fica a três quadras. Por isso, não seria exagero afirmar que o Eudoro Correia está encravado em uma das principais e mais valorizadas regiões comerciais da cidade.


O Bosque visto pela Avenida Desembargador Moreira

No entanto, por mais que tenha tantas características de uma praça, o Eudoro Correia é, na verdade, um bosque, e, por isso, vamos assim considerá-lo. Ele conta com uma pista de Cooper de 600 metros de extensão, três bancas de revistas, campo de futebol, quadra poliesportiva e equipamentos para ginástica. Abriga também, em seu subsolo, um posto da Prefeitura Municipal de Fortaleza, no qual os garis da região recolhem, ao final de cada dia de trabalho, o carrinho de mão e demais equipamentos utilizados.
Tem vendedor de tapiocas, banca de jogo de bicho, além de espaço destinado à prática de técnicas de relaxamento orientais, funcionando sempre com duas turmas no início da manhã.


Foto de Eva D.

Muitos vão ao bosque diariamente para fazer Cooper, outros simplesmente para andar, todos preocupados em manter a saúde perfeita. O movimento tem início quando surgem os primeiros raios de sol, no mesmo instante em que os garis começam a chegar para retirar seus equipamentos de trabalho. Até às 8 horas é intensa a presença dos andarilhos e atletas, movimento que só volta a se intensificar no final da tarde, quando a temperatura fica mais amena e agradável.
Mas nem todos estão ali somente por lazer. Inúmeras pessoas, como o simpático Erandir Barroso Pires, vão para trabalhar, e muito. Ele tem 12 anos de experiência na venda de plantas e flores, profissão que começou exatamente no bosque. O florista, que passou alguns anos ausente do local, retornou há aproximadamente três anos e hoje ocupa o box de número 20. Trabalha de segunda a sábado e também vende adubos, jarros e fertilizantes. Grande parte das plantas, diz ele, vem de Holambra, em São Paulo, como lírio da paz, pinheiro, tuia holandesa, azaleia, hortelã, bico-de-papagaio e bromélia. Isto porque as plantas nordestinas não sobrevivem à sombra.


O Bosque visto pela Avenida Padre Antônio Tomás

Erandir complementa sua renda com serviços de jardinagem nas casas de clientes e conta que os produtos mais vendidos são o mini-lacre (nas cores vermelha, amarela, rosa, branca e salmão), a palmeira, o pinheiro, a tuia holandesa e o bico-de-papagaio. O produto mais caro que vende é a palmeira cica revoluta. Custa entre cem e quinhentos Reais. A média de faturamento diário é de aproximadamente duzentos reais.


Foto de Vinicius M.

Pedro Rodrigues dos Reis Filho é outro que trabalha no Eudoro Correia. Ele é dono de uma banca de revistas que fica em frente à sua casa, localizada no cruzamento das ruas Barbosa de Freitas e Desembargador Leite Albuquerque. Lembra que, quando ali chegou, só havia cinco pés de oiti, e que as demais árvores foram plantadas nas gestões dos prefeitos César Cals Neto e Ciro Gomes. Prestativo, mas com um pé atrás nas colocações, chega a reclamar da falta de segurança, mas faz questão de dizer que nunca foi assaltado.


O Bosque visto pela Avenida Desembargador Moreira

Outra assídua do bosque é a florista Maria Evenir Vieira. Há 18 anos, seu ponto de venda era na Praça Portugal, em uma feirinha que ocorria sempre às sextas-feiras. Foi convidada, naquela oportunidade, a ocupar um box no Eudoro Correia, o que aceitou de imediato. Está lá desde a inauguração da feirinha. Naquela época, recorda, havia também áreas destinadas à venda de artesanato, comidas típicas e roupas, atividades que ajudaram a incrementar o movimento, já que o local era bastante deserto e as pessoas tinham receio de frequentá-lo. As flores e plantas que comercializa vêm da Barra do Ceará e os jarros são produzidos em Maranguape.


Foto de Ana Luíza

As plantas que mais vende são o mini-lacre e a boa-noite. Em época de Natal, por exemplo, a maior procura é pelos pinheiros.
Saudosa, Evenir relembra o tempo em que não pagava aluguel para uso do box, nem tinha despesas com água (necessária para regar as plantas) ou vigilância (feita pelos guardas municipais). Atualmente, além da despesa com água, de aproximadamente R$16,00, ela paga mensalmente R$60,00 de aluguel, além de idêntico valor para custear a vigilância particular. Para piorar, afirma que as vendas são muito inferiores aos valores de antigamente (seu faturamento diário normalmente não chega a cem reais).

Foto de Ana Luíza

Além disso, Evenir tem muitas queixas com relação à manutenção do bosque, que considera muito precária. Já participou de inúmeras reuniões com autoridades municipais e que já firmou vários abaixo-assinados, juntamente com as pessoas que ali trabalham e frequentam, pleiteando melhorias. Ela quer que seja instalada uma guarita da polícia. Reclama que assaltos acontecem com frequência, ao meio-dia e à noite, sobretudo na área mais central do bosque. Pede ainda que sejam instalados banheiros e colocados cestos de lixo (antigamente existentes), pois reclama que há fezes por toda parte e que as pessoas jogam lixo até nos jarros das plantas que ela vende.


O Bosque visto da rua Eduardo Garcia

Com ar de tristeza, conclui que as autoridades são indiferentes aos justos pleitos formulados pela comunidade que ali frequenta e trabalha. Por fim, mostra-se sem esperança quanto à solução dos problemas apontados.
E é por tudo isso que o Bosque Eudoro Correia é a Praça do Hospital Militar, ou a Praça das Flores, ou, ainda, a Feira das Flores. Todos esses nomes são demonstrações do afeto que a população de Fortaleza tem pelo local, sobretudo as pessoas que ali trabalham e as que moram nas proximidades, que são seus maiores usuários. Por último, uma visão e um desejo. Para que o bosque ficasse ainda mais agradável, interessante seria que as autoridades locais, hoje tão omissas, tivessem pelo belo e florido espaço o mesmo carinho que a ele destinam seus apaixonados frequentadores.


*Eudoro Correia nasceu no Rio Grande do Sul em 23 de dezembro de 1869. Aos 18 anos sentou praça no Exército e ingressou na Escola Militar do seu estado natal; dois anos depois, transferiu-se para a recém-criada Escola Militar do Ceará. Também cursou a Escola Militar do Rio de Janeiro, de onde saiu como Aspirante na Arma de Artilharia
Fez carreira rápida; em 1904 conclui o curso de Estado Maior e Engenharia Militar, recebendo o grau de Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas. 
Retomou ao Ceará em 1908 e casou com a jovem Ester de Magalhães Brígido, que lhe deu um casal de filhos. Prefeito de Recife (PE) no período de 1911 a 1914, quando foi servir no 20º Regimento de Artilharia Montada em Curitiba (PR), em 1915 assumiu a função de membro da Junta de Revisão e Sorteio Militar em Fortaleza; depois, incumbiu-se do serviço de reconhecimento estatístico do Estado do Ceará
Em 1917, em Natal (RN), instalou e comandou uma Bateria de Artilharia; no ano seguinte, foi designado para a chefia do Serviço de Recrutamento Militar da 6° Região em Recife. Chefiou a 5a Circunscrição de Recrutamento em Fortaleza, comandou o forte de Obidos (PA) e foi Diretor de Administração do Exército no Rio de Janeiro. Chefiou o Estado Maior das Regiões Militares sediadas em Belém e Recife. 
Comandante do Colégio Militar do Ceará, de agosto de 1923 a dezembro de 1936, promoveu administração altamente proveitosa, seja na modernização e melhoria das instalações, seja no aprimoramento dos padrões de ensino, conceituando o estabelecimento como um dos melhores que o País já teve. 
Atingiu o generalato na Reserva do Exército, e faleceu em 10 de agosto de 1961, deixando o seu nome indelevelmente ligado à história militar e à educação no Ceará.


Editado em 2016:

Com o intuito de incentivar a vivência dos espaços públicos e o lazer ao ar livre, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, entregou no dia 15 de maio de 2016, totalmente reformada, a nova Praça das Flores, que recebeu oficialmente o nome de Praça Doutor Carlos Alberto Studart Gomes.


A praça foi adotada pelo Grupo BSPAR, que reformou o equipamento e será parceiro do Poder Executivo na manutenção do espaço. Após a reforma, o local, que possui aproximadamente 22 mil m², recebeu nova iluminação; um espaço de artes, onde haverá exposição de produtos da Ceart; padronização dos 34 boxes de venda de flores, 11 mil m² de piso intertravado, banheiros, banca de revista; um boulevard, que liga a Avenida Padre Antônio Tomás à Rua Eduardo Garcia; acessibilidade, novo mobiliário urbano e quadra poliesportiva, além de um oratório, que foi construído atendendo a um pedido da comunidade.

O equipamento público também recebeu uma academia ao ar livre, com 22 aparelhos, distribuídos em uma área de 113 m², visando à melhoria da condição física, qualidade de vida e a saúde das pessoas. Já para as crianças, foi instalado um playground, com sete brinquedos e piso emborrachado, que incentivam a criatividade infantil. Respeitando o uso igualitário e estimulando a inclusão, um destes brinquedos é exclusivo para crianças com mobilidade reduzida. A Unimed Ceará instalou e fará a manutenção do playground e dos aparelhos para atividade física, sendo esta a sexta academia ao ar livre instalada pela empresa na Regional II.
Importante salientar que toda a arborização original da praça foi mantida e ampliada.

Créditos: Sérgio Paiva de Alencar, Cronologia Ilustrada de Fortaleza
de Miguel Ângelo de Azevedo, Portal do Ceará/Gildásio Sá/ https://www.fortaleza.ce.gov.br e pesquisas na internet

Instituto Dr. José Frota


A Assistência Municipal - Foto da época da inauguração

A primeira referência à Assistência Municipal feita no "Almanaque do Ceará" foi em 1937, como "Assistência Pública Municipal", dirigida pelo Dr. José Deusdedit de Vasconcelos, mas não indica o local de funcionamento. No mesmo almanaque, para o ano de 1939 o diretor é o Dr. José Ribeiro da Costa, tendo como auxiliar o médico José Ribeiro da Frota, que no almanaque para 1940 já vem como diretor. O nome simplificado de "Assistência Municipal" aparece pela primeira vez em 1947.


Arquivo Carlos Juaçaba


A pedra fundamental do prédio foi assentada no dia 12 de setembro de 1938 e sua inauguração se deu a 26 de maio de 1940. Anos depois a velha Assistência Municipal recebeu o nome de Instituto Dr. José Frota, em homenagem ao Dr. José Ribeiro da Frota.
O nome partiu da iniciativa do então prefeito José Walter Cavalcante, que com isso quis homenagear o seu primeiro diretor.


Foto Alex Mendes

As duas fotos mostram as diferenças havidas entre as duas épocas, com o aumento do prédio para os lados, tanto pela rua Antônio Pompeu como pela Senador Pompeu; a fachada principal que antigamente ficava na esquina foi deslocada para o lado esquerdo, pela Antônio Pompeu; a porta e as janelas da esquina foram fechadas com alvenaria e foram colocados aparelhos de ar-condicionado; as outras janelas de todo o prédio foram diminuídas em sua altura; os degraus da antiga porta da esquina também foram destruídos. Depois a porta da esquina foi reaberta.

O grande prédio que vemos no pequeno trecho do lado direito da foto atual é hoje o prédio principal do Instituto José Frota que continua atendendo aos acidentados de todo o estado do Ceará e até vizinhos.


Saiba mais

Em 22 de agosto de 1932, foi inaugurado o primeiro Serviço de Pronto Socorro de Fortaleza, com apenas uma ambulância, através de um convênio com a Santa Casa de Misericórdia. Quatro anos depois, em 31 de dezembro de 1936, houve a rescisão deste contrato e foi fundada a Assistência Pública de Fortaleza. A partir desta data, os serviços Médico-Cirúrgicos de Urgência passaram a funcionar nas dependências do Hospital Central da Polícia Militar.

Em 1940, devido ao crescimento demográfico e urbano de Fortaleza decorrente da instalação das primeiras indústrias e do aumento do número de veículos, as estatísticas de acidentes aumentaram e esse fato impulsionou a construção da sede definitiva da Assistência Pública de Fortaleza. A sede dispunha de trinta leitos que eram divididos em quatro enfermarias; enfermaria de repouso; sala de raio x; sala de curativos; sala de cirurgia; sala de esterilização; e alguns serviços administrativos. Desde então, diversas ampliações foram feitas.



Em 1970, a unidade de saúde recebeu o título de Autarquia Municipal e foi nomeada como Instituto Dr. José Frota - homenagem concedida pelo Prefeito José Walter ao ex-Diretor da instituição.

No dia 17 de outubro de 1993, o então Prefeito Juraci Magalhães inaugurou o “novo IJF”, com uma área de aproximadamente 25.000m² e nove pavimentos distribuídos em um prédio vertical. Nesse período, foi construído um novo bloco de internações e o número de leitos foi ampliado para 416.

Na gestão da Prefeita Luizianne Lins, o Instituto Dr. José Frota passou por diversas reformas que contemplaram setores estratégicos do hospital: Emergência, Centro Cirúrgico, Centro de Tratamento de Queimados e Unidade de Terapia Intensiva. Além disso, também foi priorizada a modernização dos equipamentos médico-hospitalares e a contratação de profissionais da saúde. A cobertura do IJF foi contemplada com um heliponto que facilitará o transporte de pacientes advindos de resgates aéreos.

Na foto, a antiga porta da esquina fechada com alvenaria

Atualmente, o IJF é o maior hospital terciário de Urgência e Emergência do Estado, sendo referência no atendimento aos pacientes traumatizados. Possui uma capacidade instalada de 425 leitos e realiza uma média de 15.500 atendimentos por mês. São 2.191 servidores empenhados em prestar um serviço eficaz à população.

Foto atual do prédio do IJF - Por Francisco Edson Mendonça

Serviços


  • Centro de imagens com raio-x, ultrassom e tomografia computadorizada 
  • Emergências adulta, pediátrica e traumatológica 
  • Salas de pequenas cirurgias 
  • Sala de reanimação 
  • Salas para pacientes em estado grave e estabilizados (Risco I e Risco II) 
  • Enfermaria 
  • Centro cirúrgico 
  • 4 UTI’s 
  • Hemodiálise 
  • Ecocardiograma 
  • Unidade para pacientes vítimas de traumatismo buco maxilo facial 
  • Centro de tratamento de queimados 
  • Banco de sangue 
  • Centro de assistência toxicológica 
  • Comissão de prevenção e atendimento aos maus tratos contra crianças e adolescentes 
  • Ambulatório da dor 
  • Comissão intra hospitalar de doação de órgão e tecido para transplante 


"A pedra fundamental no local hoje existente verificou-se aos 12 de setembro de 1938, e seria inaugurado em maio dois anos após. Já no final dos anos de 1960, a nomenclatura de Assistência Municipal desapareceu e, em homenagem ao Dr. José frota o nome adquiriu mais expressão.

No início o prédio era na esquina chamada “Pompéia”, afinal, era o cruzamento das ruas Senador Pompeu com Antonio Pompeu. Agora devido à construção ampliando o hospital, já na gestão Juraci Magalhães (Um dos Melhores Prefeitos de Fortaleza), em 1993 foi inaugurado por Antonio Cambraia o colossal Instituto José Frota, que devido ligar as ruas Senador Pompeu com Barão do Rio Branco, recebeu o apelido de Frotão." Assis Lima

Instituto Dr. José Frota
Rua Barão do Rio Branco, 1816  
Fone: 3255-5000




Créditos: Site Oficial do IJF, Blog do Guilhon e ao amigo Fernando Amora 

terça-feira, 20 de julho de 2010

Antiga Sé - Igreja de São José


A Ordem Régia de 16 de fevereiro de 1699 resolvia sobre a construção de uma igreja, que foi a primeira capela-mor da Matriz de Fortaleza, cuja construção foi autorizada por Ordem Régia de 12/2/1746.

A igreja foi terminada por volta de 1795, mas em 1821, foi demolida e em seu lugar levantada uma outra que foi inaugurada após 34 anos, em 1854 e é a que vemos na foto mais antiga que data de 1938.

Foi dia de festa em Fortaleza, em 2 de abril de 1854, quando foi inaugurada a Igreja de São José, que ainda não estava completamente pronta.

O primeiro bispo do Ceará foi Dom Luís Antônio dos Santos. Sua posse se deu no dia 29 de setembro de 1861, passando a antiga Matriz a Catedral.

Em 11 de setembro de 1938, ano da foto mais antiga, realiza-se a última missa na Catedral Metropolitana de Fortaleza (Igreja de São José), sendo transferida a imagem de São José para a Igreja do Rosário, para ser dado início a sua demolição que foi registrada em filme de 9.5mm (Pathé Baby) por Rubens de Azevedo, para a Sociedade dos Amadores de Cinema, mas as imagens perderam-se no tempo.

No dia 15 de agosto de 1939, é lançada a pedra fundamental da Catedral Metropolitana de Fortaleza (Igreja da Sé), a atual, que também levou mais de 40 anos para ser construída, no mesmo local da que fora demolida, cerimônia oficiada pelo Arcebispo Metropolitano Dom Manoel da Silva Gomes.
Na foto mais antiga, que data de 1938, colhida pela objetiva da Aba Film, vemos além da Igreja e da estátua de D. Pedro II, um bonde elétrico, combustores a gás, do lado direito casas que não mais existem e ao fundo, parte do Palácio do Bispo, hoje Paço Municipal.

A segunda foto, do fotógrafo Osmar Onofre, mostra a Catedral atual, a estátua de D. Pedro II e algumas árvores. A praça estava em obras, pois houve a implosão do Fórum Clóvis Beviláqua e a Praça Caio Prado ganhou aquele terreno, passando a ter espaço muito maior. A última foto já foi tirada após a reconstrução da praça.

Crédito:Portal da História do Ceará

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sociedade de Assistência aos Cegos - Tornando realidade o que parecia impossível


O casarão é em estilo clássico. É de cor rosa, cercado de árvores, de luz e belas sombras e uma brisa refrescante sopra suavemente. O espaço interno é enorme.

A Sociedade de Assistência aos Cegos, fundada em 29 de setembro de 1942, é uma sociedade civil sem fins lucrativos, que atua nas áreas de educação, saúde, profissionalização e inserção social da pessoa portadora de cegueira.Com uma abordagem da problemática da cegueira nos aspectos biopsicossociais, a SAC promove uma perfeita integração do deficiente visual na sociedade. Através de sua equipe multidisciplinar trabalha na prevenção à cegueira. Na escola, educa e socializa alunos cegos e portadores de visão subnormal. Além da assistência social, no final do processo a instituição profissionaliza e proporciona a conquista da cidadania para o deficiente visual abrindo-lhes as portas do mercado de trabalho.

A história da Sociedade de Assistência aos Cegos - SAC, é feita de inúmeros atos de amor, coragem e acima de tudo, da crença de que todos os seres foram criados por Deus, não importando sua cor, raça, credo ou limitações.

Fundada em 1942, vivia o mundo sob os auspícios da 2ª Grande Guerra Mundial, época em que a marca qualitativa da valorização do homem dava-se em razão de determinados requisitos estéticos hereditários e não em razão de seus valores morais.
Foi exatamente nesse conturbado período da humanidade que o oftalmologista Dr. Hélio Góes Ferreira e seu grande amigo Padre Arquimedes Bruno, iniciaram esse sublime trabalho em favor do ser humano, visando libertá-lo de sua obscuridade e limitações, dedicando assim, grande parte de suas existências no sentido de vencer os desafios que lhes foram impostos e de provar que o HOMEM enquanto SER, é capaz de transpor qualquer obstáculo.



Portanto, no dia 02 de Agosto de 1942, foi instalada a Assembléia Geral de Fundação da Sociedade de Assistência aos Cegos, no Clube Iracema, situado à Rua Coronel Bezerril, 751 - 2º andar em Fortaleza-CE.

1ª DIRETORIA: Presidente - Padre Arquimedes Bruno; Vice Presidente - Edite da Costa Braga; Secretária - Hélia Elery Barroso; Tesoureira - Elezira Elery; Diretor Geral - Dr. Hélio Góes Ferreira.

CONSELHO: Yanie Fontenelle Porto, Dr. José Leite Maranhão, Beatriz de Araújo Ferreira, Dr. Abner Amaral, Regina Bulhão Ramos, Maria José Moreira da Rocha, José Oriano Menescal Netto, Dr. Eugênio Avelar Cavalcante da Rocha, Dr. João Mendes Filho, Dr. Fernando Leite, Dr. Antonio Barros dos Santos, Maria José Menescal de Góes Ferreira, Dr. Sylvio Ildeburgue Leal, Luzita Albano, Lúcia Rocha, Alfeu Aboim, João Batista Saraiva Leão e Joaniuba Amaral.


A tenacidade dessas Diretorias em promover o cumprimento das metas estatutárias da SAC, fez com que cada uma delas usando os recursos existentes em seus respectivos períodos, conseguissem com muita dedicação: criar, implantar, promover a independência financeira e modernizar esta entidade, a ponto torná-la ao longo do tempo, um modelo moderno de entidade filantrópica, com atuação nas áreas de EDUCAÇÃO e SAÚDE.

ÁREA DE EDUCAÇÃO

1. INSTITUTO DE CEGOS DO CEARÁ: fundado em 1943 - escola pioneira no estado do Ceará para a educação de deficientes visuais e portadores de visão subnormal. Após o falecimento do Dr. Hélio Góes Ferreira em 1976, passou a chamar-se INSTITUTO HÉLIO GÓES, por sugestão do Dr. Fco. Waldo Pessoa de Almeida.

2. PROFISSIONALIZAÇÃO: esse setor foi criado também na época da fundação desta entidade visando promover o desenvolvimento profissional de pessoas cegas e/ou portadoras de visão subnormal. Hoje são ofertados grande número de cursos: Operador de Câmara Escura, Áudio Locução, Telefonia, Bijuteria, Massoterapia, Telemarketing, Artesanato, DOSVOX.

3. BIBLIOTECA BRAILLE JOSÉLIA ALMEIDA: criada nos anos 70, recebeu em 1994 o nome que hoje detém, em homenagem a essa Diretora, por seu empenho ao crescimento e modernização dessa biblioteca que continua a ser a única biblioteca Braille existente no Ceará.

4. IMPRENSA BRAILLE ROSA BAQUIT: instalada em 1993. Sua finalidade prioritária é suprir a carência de livros didáticos e curriculares em Braille. Atende a todos os deficientes visuais indistintamente no que diz respeito a transcrever livros de línguas estrangeiras, bem como na elaboração de apostilas dos diversos cursos ofertados pela SAC. Foi a partir da implantação dessa imprensa que os deficientes visuais do Ceará (ou do Brasil?) puderam ter acesso a leitura diária dos jornais “Diário do Nordeste" e “O Povo” e receberem suas contas de Energia e Água em Braille, tornando realidade o que parecia impossível.


5. ESPECIALIZAÇÃO DE DOCENTES NA ÁREA DE DEFICIÊNCIA VISUAL: criado em 1996, esse setor promove, sem nenhum ônus para o governo, a especialização de professores na área da Deficiência Visual, preenchendo uma lacuna existente na educação especial no estado do Ceará. A SAC, é a única entidade não governamental, reconhecida pelo Conselho de Educação do Ceará, para promover essa especialização.

ÁREA DE SAÚDE:

1. HOSPITAL ALBERTO BAQUIT JUNIOR: criado em 1966 pela Casa da Amizade. Em 1980 foi totalmente reformado e equipado sob os auspícios do Sr. Alberto Baquit, recebendo o nome que hoje detém numa homenagem póstuma a seu filho primogênito. Esse hospital é responsável por todos procedimentos cirúrgicos oftalmológicos de pequeno, médio e grande porte, inclusive transplante de córnea, cirurgias a laser e exames especiais. Sua clientela é oriunda de Convênios, Particulares e SUS.

2. UNIDADE DE PREVENÇÃO À CEGUEIRA CEL. JOSÉ BEZERRA DE ARRUDA: a prevenção à cegueira, foi a primeira atividade da SAC, atendimento a portadores de deficiência visual para posteriormente encaminhá-los ao Instituto Hélio Góes que como já dissemos, foi a primeira escola especializada para o deficiente visual no Ceará. Nesse setor, todos os alunos da escola, são atendidos por técnicos em Estimulação Visual / Estimulação Precoce / Fonoaudióloga / Psicóloga / Odontóloga / Terapeuta Ocupacional e Fisoioterapeuta.

3. BANCO DE OLHOS DO CEARÁ: fundado em 1976, pelo oftalmologista Dr. Francisco Waldo Pessoa de Almeida. Foi o primeiro banco de olhos do Ceará. Posteriormente, tornou-se clínica de transplantação, com o advento da central única de captação de órgãos do estado. Pela LEI Nº13.985, de 26 de outubro de 2007 ficou denominada de Doutor Francisco Waldo Pessoa de Almeida a Central de Transplante do Estado do Ceará numa justa homenagem ao seu pioneirismo.

4. UNIDADE OFTALMOLÓGICA IÊDA OTOCH BAQUIT: criada em 1985, recebeu numa homenagem póstuma o nome dessa Diretora, que durante algum tempo, ficou a frente da Tesouraria desta entidade. Modernamente equipada, atende a clientes particulares, Convênios e SUS.

"Tivemos a imensa felicidade de ter confirmada ao vivo grande parte da trajetória da SAC com imensa riqueza de detalhes, pelo seu 1º Presidente, Padre Arquimedes Bruno (1942/1946), quando visitou esta casa, em outubro/1997. Morando na França desde os anos 60, Padre Arquimedes ficou visivelmente emocionado ao rever esta entidade e definiu a SAC, como uma obra “fruto de uma série de corações sensíveis às necessidades do próximo e de vontades decididas em provar o valor do homem diminuído numa parte do seu esforço, mas íntegro na capacidade do seu espírito.” Portanto, não é a toa que dizemos: SAC, uma história que Só o Amor Constrói ..."



Fortaleza, 28/7/2008
Maria Josélia Sá e Almeida Presidente


Revista Histórias da SaúdeESPECIAL SUS 20 ANOS - Ano XI nº 17
Outubro, Novembro, Dezembro 2008
Fortaleza - Ceará - BrasilSAC - Breve histórico
Sociedade de Assistência aos Cegos




Assaltantes tiram a vida do “Anjo dos Cegos”

Dirigindo a Sociedade de Assistência aos Cegos, Dr. Waldo era o anjo daqueles que perderam a visão. Para uns, através de suas mãos divinas restaurou o milagre da visão. Para outros, irrecuperáveis, foi a solução ao mostrar que podiam exercer a cidadania plena pela capacitação para o trabalho.
Waldo deixa um vazio, pela perda de um amigo, e de um líder do servir.
O maior tributo que poderíamos prestar cidadão Waldo Pessoa, era iniciarmos imediatamente uma “Campanha pela Segurança e pela Paz”, tendo Waldo como patrono. Ela seria dirigida às crianças e adolescentes, objetivando por todos os meios evitar que eles se transformem nos marginais do futuro.


Drs. Waldo Pessoa e Sérgio Augusto Carvalho

Diretor de saúde da Sociedade de Assistência aos Cegos, fundou o primeiro banco de olhos do Ceará e foi o pioneiro no transplante de córnea neste estado. Idealizou e implantou em 1970 o Programa de Prevenção a Cegueira nas Escolas, e o Centro de Estudos DOSVOX na entidade que dirigiu.Colecionou títulos como o de Reconhecimento por serviços prestados pelo Rotary Clube de Fortaleza e pela Polícia Militar do Ceará. Recebeu o Prêmio Sereia de Ouro em 1990 e Título de Cidadão de Fortaleza pela, Câmara Municipal. Homenagem postuma ao ilustre colega que na sua vida profissional dignificou o exercício da oftalmologia no nosso estado, reitera Dr. Sérgio Augusto Carvalho Pereira - Presidente da Sociedade de Oftalmologia do Ceará.

O crime. Dois bandidos entraram na clínica oftalmológica de Waldo Pessoa, localizada na Avenida Bezerra de Menezes, no bairro São Gerardo, por volta de 17 horas do dia 14 de dezembro de 2006. Eles se passaram por pacientes e depois anunciaram o assalto. Um deles entrou no consultório do médico e o ameaçou com um revólver calibre 38. Roubou uma quantia em cheques e fugiu. Waldo Pessoa, em virtude de ter sido anteriormente vítima de roubo, tinha uma arma guardada no consultório e trocou tiros com o bandido.
Já do lado de fora da clínica, o oftalmologista disparou tiros contra o assaltante, que caiu morto, ao lado do posto de combustível que fica a menos de 100 metros da clínica. O outro bandido também saiu do consultório e atirou nas costas do médico, que foi encaminhado às pressas ao Instituto Doutor José Frota (IJF) , porém não resistiu à gravidade dos ferimentos.


O oftalmologista passou nove anos à frente da Sociedade de Assistência aos Cegos, mais conhecida como Instituto do Cegos. Foi presidente da entidade de 1980 a 1986, e de 2003 até ser assassinado. Pouco tempo antes do crime, Waldo Pessoa tinha iniciado um projeto de consulta popular, no valor de 30 reais. Ele dedicou grande parte da vida profissional à filantropia.



Dr. Waldo Pessoa
recebe homenagem na
festa do RC Fortaleza
Centenário



Sexta-feira - 16-04-2010

“Uma esmolinha para um pobre cego”. É comum o pensamento de que a mendicância ou o isolamento social são as únicas saídas para um cego. As próprias famílias dos deficientes visuais, na maioria das vezes, procuram afastá-los da presença das outras pessoas, às vezes por vergonha, às vezes por querer proteger o cego contra o preconceito da sociedade. Entretanto, várias são as provas de que os cegos são pessoas capacitadas para desenvolver as atividades mais difíceis, inclusive atividades profissionais. Dessa maneira, separar o cego do meio social ou condená-lo a viver à custa de favores pode parecer uma alternativa pouco conveniente.


Exemplos de superação:


História de um Visionário

Uma vida no escuro, uma existência nas trevas, um mundo sem luz... O que você faria se não conseguisse enxergar? Eliano Gino de Oliveira, mais conhecido como Gino, é assessor de imprensa da Prefeitura Municipal de Fortaleza, deficiente visual desde que nasceu e fez isso: foi aprender Braile na Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC); depois fez um curso de orientação e mobilidade para aprender a caminhar sozinho pela cidade; estudou datilografia e computação; entrou para um curso técnico na área de turismo no IFCE (antigo CEFET), mas acabou se formando em Comunicação Social pela UFC (Universidade Federal o Ceará); já foi candidato a prefeito de Fortaleza e, atualmente, além de trabalhar no setor de Comunicação da Prefeitura, está estudando Pedagogia na UECE (Universidade Estadual do Ceará).

Diante do computador, os dedos ágeis digitam com facilidade. Diante das outras pessoas, um jeito de conversar e se comportar capaz de conquistar muitos amigos; tanto é que todos que entram na sala de trabalho de Gino não deixam de comentar a incrível capacidade que ele tem de “enxergar”. Uma memória capaz de gravar as datas mais improváveis e os menores detalhes. Com o rádio como companheiro desde pequeno e o amor à leitura, Gino é um jornalista que se orgulha em já ter produzido, juntamente com a sua equipe, até cinco pautas por dia.

Gino foi estudar na SAC (Sociedade de Assistência aos Cegos) ainda criança. “Lá era uma nova perspectiva de vida. Criado menino pobre do subúrbio, para enfrentar uma selva de concreto e opiniões”, lembra Gino. Na SAC, ele aprendeu com professores cegos a ler e a escrever em Braile, um sistema de leitura e escrita adaptado para deficientes visuais e no qual se utiliza o tato. Gino também teve lições de mobilidade e de como comportar-se em sociedade.
Quando concluiu os primeiros anos de escola, teve que sair em busca de uma instituição de ensino que aceitasse estudantes cegos. A falta de preparo das escolas fez com que Gino se deparasse com muitos preconceitos, vindos inclusive dos professores. E, segundo ele, a situação não melhorou muito desde essa época. “Até hoje o sistema [de ensino] é quase o mesmo”, diz Gino.

Ainda jovem, o assessor de comunicação fez um curso de locomoção na SAC, aprendendo a andar sozinho pela cidade apenas com a ajuda da bengala. Depois disso, estudou datilografia e até hoje é capaz de escrever no computador com uma velocidade impressionante. “Esses foram dois cursos [mobilidade e datilografia] que alavancaram a integração e a independência dos cegos em Fortaleza, afirma.
Aos 22 anos de idade, em 1975, Gino entrou para o curso de Comunicação Social, na UFC, fato que, pelo seu ineditismo, lhe rendeu uma colocação no Anuário do Ceará (publicação anual que fornece dados culturais, econômicos, sociais, geográficos, históricos, etc. sobre o Estado do Ceará). Mas, para fazer a prova do vestibular e ingressar na universidade, ele lembra que teve de enfrentar o preconceito de muitas pessoas, que não conseguiam entender como um cego seria capaz de fazer o vestibular.
Na universidade, Gino também teve de lidar com muitas dificuldades, como a falta de textos adaptados para deficientes visuais. E a solução era pedir a ajuda dos colegas, que liam os textos e gravavam para Gino escutar. “Talvez eu não tenha aproveitado cem por cento, como um colega qualquer, mas eu conseguia ser um aluno ‘normal’, diz Gino. E não parou por aí: instigado por uma amiga, fez vestibular para Pedagogia na UECE, curso no qual já está no sexto semestre e, mesmo assim, diz que ainda há professores que não sabem lidar com os deficientes visuais.
Um mundo sem luz talvez seja o de quem não consegue ver nos deficientes visuais um ser humano como qualquer outro, que tem direito a estudar e trabalhar e é competente o suficiente para desenvolver qualquer atividade.

Reportagens antigas sobre a Sociedade de Assistência aos cegos:

Aprovados os Estatutos e indicada a 1ª Diretoria da S. A. C.

Reuniram-se ontem pela manhã, no "Clube Iracema", os elementos que tomaram a seu cargo fundar nesta capital a Sociedade de Assistência aos Cegos.
O dr. Helio Gois Ferreira procedeu à leitura do projeto dos Estatutos, artigo por artigo, sendo discutida e aprovada a lei orgânica da nova entidade filantrópica, cuja vida era uma grande necessidade em nossa terra.
Foi Bastante animada a discussão, o que demonstra a boa vontade de quantos ali se reuniram.
Depois de aprovados os Estatutos, os socios presentes indicaram a diretoria a ser constituida, a qual é composta das seguintes pessoas:
Presidente: pe. Arquimedes Bruno, vice-presidente: d. Edith da Costa Braga, secretario: d. Helia Barroso, tesoureiro: snha. Elezira Ellery, diretor geral: dr. Helio Gois Ferreira.
A SAC. vai publicar, na forma da lei, os seus Estatutos adquirir personalidade juridica.
Como já foi publicado, o benemérito capitalista cearense sr. cel. Antonio Nunes Valente, por intermedio d`O POVO ofereceu meia quadra de terreno no bairro da Aldeiota para ali ser construido o edifício da Escola dos Cegos.



Como decorreu a solenidade

Revestiu-se de grande brilhantismo, o ato inaugural ontem, pela manhã, da "Casa dos Cegos" confortavelmente, instalado em amplo edifício da Avenida Bezerra de Menezes.
Às 8 hs. 30, precisamente, teve lugar e benção do predio por D. Manuel da Silva Gomes, ex-arcebispo de Fortaleza.
A seguir o padre Arquimedes Bruno celebrou missa á qual estiveram presentes os cegos e numerosas pessoas da sociedade cearense, especialmente convidadas.

A INAUGURAÇÃO

A inauguração da "Casa dos Cegos" ocorreu depois de 9 horas.
Aberta a solenidade pelo exmo. sr. interventor federal, dr. Francisco de Menezes Pimentel, falando o dr. Raimundo Girão, em nome da diretoria do núcleo cearense da Legião Brasileira de Assistência e o padre Arquimedes Bruno.
Finalmente, falou o cego José Esmeraldino de Vasconcelos, que em seguida, executou em um serrote, números de música, recebendo entusiasticos aplausos.

VISITA ÀS DEPENDÊNCIAS
DA "CASA DOS CEGOS"

Encerrada a cerimonia inaugural a nossa reportagem visitou as diversas dependencias da "Casa dos Cegos".



Aspecto da sessão solene realizada ontem pela manhã no Instituto dos Cegos do Ceará, por ocasião do encerramento do ano letivo e a inauguração de três novos pavilhões. Vê-se ao lado a mesa que dirigiu os trabalhos, sob a presidência do governador Faustino de Albuquerque, o dr. Hélio Góes, quando pronunciava o seu discurso, em nome da diretoria da instituição
A história da humanitária instituição - um grupo de abnegados a serviço dos que não vêem - Seis anos de sacrifícios e luta - As primeiras vitórias - O que foi o dia de ontem no estabelecimento da Avenida Bezerra de Menezes.

O dia de ontem foi um grande dia para o Instituto dos Cegos do Ceará. É que se comemorou, solenemente, dois grandes acontecimentos: o encerramento do ano letivo e a inauguração de três novos pavilhões. Grande número de autoridades, à frente das quais se encontrava o governador Faustino de Albuquerque, e de pessoas de nossa aristocrática sociedade, com predominância do elemento feminino, compareceram aquela utilíssima instituição, levando o seu apoio moral e material aos nossos infelizes irmãos que vivem no mundo das trevas. Lá se demoraram por varias horas, acompanhando todos os festejos, que tiveram inicio com a missa e terminaram com um lauto almoço. Vale salientar, entretanto, que a parte mais atraente do programa da festas foi a sessão litero-músical no decorrer da qual os cegos demonstraram as suas habilidades: uma executando número de música e outros lendo discursos, pelo método Braille. Diante de espetáculo tão belo e comovente, todos os visitantes se mostraram impressionados, sem esconder o seu entusiasmo. Para se ter uma idéia da magnificância da festa, nada melhor do que citar uma frase do Chefe do Executivo, quando pronunciou entusiástica oração de encerramento:
- Não conheço outra instituição no Ceará que com tão, pouco renda tanto.

A HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO

Durante a nossa permanência no Instituto dos Cegos, localizado no bairro do Alagadiço, à Avenida Bezerra de Menezes, aproveitamos a oportunidade para fazer uma reportagem, com o objetivo de mostrar aos nossos leitores o que é aquele conceituado estabelecimento. Principalmente com a sua história. A Instituição foi criada no ano de 1943, por um grupo de particulares e com o auxilio da Legião Brasileira de Assistência, com a denominação de Casa dos Cegos. Destinava-se a abrigar os que não vêem, sem distinção de idade e sexo. Era uma espécie de asilo. No ano seguinte, os seus dirigentes idealizaram transformar a Casa dos Cegos em Instituto dos Cegos, com outro objetivo mais útil, qual seja o de adaptar os asilados à sociedade. Tarefa difícil, muito afanosa, mas que tem logrado êxito, pois no curto período de seis anos, aquela organização já tornou dezenas de cegos úteis à sociedade. Numerosos exemplos teríamos que citar, se fossemos enumerar os casos de cegos adaptados pelo Instituto, durante este espaço de tempo. Citamos, porém, dois casos bem curiosos: o primeiro é de Sebastião Belarmino mais conhecido por "Ceguinho da PRE-9", que ali tirou o seu curso e foi se aperfeiçoar no Rio, no Instituto Benjamin Constant. Depois de Concluir os estudos com brilhantismo, foi convidado pelo governador da Paraíba para lecionar numa escola de cegos. O segundo é o de Jose Alencar Bezerra, vindo do Piauí, que após a conclusão do curso, daqui também se transportou à capital da Republica, onde se diplomou seguindo posteriormente para São Paulo, onde trabalha na imprensa e no rádio.
Maiores se tornam os sucessos do Instituto dos Cegos do Ceará, ao conhecemos detalhes de sua história, toda cheia de vicissitudes. Tem sido na realidade uma luta pela subsistência. Com uma subvenção anual de dez mil cruzeiros do governo Federal e um pequeno auxílio da Legião Brasileira de Assistência, tem-se erguido aquela instituição, da qual os cearenses podem se orgulhar. É que um grupo de abnegados, à frente dos quais os drs., João Matos, Hélio Góes, Raimundo Piquet, Valdemar Alcântara e Silvio Leal e d. Maria Braga, têm sabido dirigir a nau no mar porceloso. João Matos é um grande capitão, habilíssimo na arte de arrancar donativos do nossos ricos, principalmente do Rotary Club, que sempre acorre com recursos financeiros quando o Instituto atravessa momentos dificultosos. Os drs. Hélio Góes e Raimundo Piquet, por sua vez, fazem render as contribuições conseguidas. E d. Maria Braga, finalmente, sabe apertar o cinto, dirigindo a economia interna no Instituto, sem deixar os seus pupilos e as suas pupilas passarem necessidade. Não fosse o espírito abnegado dos administradores, aquela obra grandiosa, como muitas outras de nossa terra, já teria ido de água abaixo.


FESTIVAMENTE COMEMORADA A AUSPICIOSA DATA - A REUNIÃO DE ONTEM NA BENEMERITA INSTITUIÇÃO
Viveu ontem o Instituto de Cegos do Ceará um dos seus grandes dias, com a passagem do seu 7º aniversário de existência, fundado que foi, a 19 de Setembro de 1943, por um grupo de devotados da visão.
Comemorando o grato acontecimento, a direção do Instituto, em cooperação com os professores e alunos, promoveu interessante e movimentado programa litero-musical, fazendo-se ouvir, além de atraentes numeros de recitativos e discursos, o harmonioso conjunto músical do Instituto, tão bem orientado pelo prof. José Esmeraldino de Vasconcelos.

POSSE DO CONSELHO DELIBERATIVO E ELEIÇÃO DA DIRETORIA EXECUTIVA

Aproveitando a auspiciosa data, realizou-se, antes da sesseão litero-musical a que acima nos referimos, a solenidade de posse do Conselho Deliberativo e a eleição da Diretoria Executiva da Sociedade de Assistência aos Cegos, que norteará os detinos da humanitaria entidade no biênio 1950-1952.
Por aclamação geral de todos os associados presentes, foi reeleito presidente o sr. João Matos, a quem a sociedade deve a sua properidade e o seu renome.Para a vice-presidencia foi escolhido, também por unanimidade, o dr. Silvio Ildeburque Leal, que, como secretario, teve, na diretoria passada, uma atuação digna de nota.
O nosso companheiro prof. Mozart Sobreira Bezerra foi distinguido com sua eleição para secretario da sociedade, o mesmo acontecendo com os srs. Aluisio Riquet, que foi reeleito tesoureiro, e o dr. Helio Gois Ferreira, que, pela sua relevante folha de serviços prestados a benemerita agremiação, foi conservado, por aclamação geral, no alto cargo de Diretor-Geral.
Para o Conselho Fiscal foram escolhidos o desembargador Eugênio Avelar Cavalcante Rocha, o padre Arquimedes e o sr. Afonso Cavalcante.
No final da reunião, que decorreu num ambiente de distinção e franca cordialidade, foi servido aos presentes uma taça de finas bebidas e saborosas iguarias.
A noitada de ontem deixou, como sempre, a mais grata das impressões a todos quantos compareceram a sede da grande e conceituada instiuição da Avenida Bezerra de Menezes.


Foi sepultado, às 17 horas de ontem, no Cemitério São João Batista, o conhecimento oftalmologista Hélio Góes Ferreira de 76 anos de idade. Sua morte ocorreu às 8h40min, nesta Capital, 53 dias após ser vitimado por um acidente vascular cerebral. Estava internado por na Casa de Saúde de São Raimundo, mas seu passamento verificou-se em sua residência, a avenida Tristão Gonçalves, 352 em presença de seus familiares.
Formado pela Faculdade Nacional de Medicina, em 1924, com a tese "Simulação em Oftalmologia" aprovada com distinção, o Dr. Hélio Góes Ferreira, fundou, além da Sociedade de Assistência aos Cegos, a Sociedade de Oftalmologia do Ceará, a clinica de Olhos do Instituto de Proteção à Infância do Ceará e a Casa de Saúde São Lucas, da qual foi Diretor durante 20 anos: Chefe, da Clinica Oftalmológica da Santa Casa de Misericórdia, durante 45 anos, médico da Saúde Pública, hoje Secretaria de Saúde do Estado, Presidente da Entidade de Classe dos Médicos Oftalmologistas do Ceará e Diretor do Clube Iracema.

LÍDER

Por três vezes o Dr. Hélio Góes Ferreira representou o Ceará em congressos Brasileiros de Oftalmologia, dois em São Paulo (1945 - 1950) e um no Recife (1947). Apresentou os seguintes trabalhos: “O Tracoma na Escolas de Fortaleza” e 25 anos de Cirurgia de Catarata e “Valor Social dos Cegos”.
A morte do Dr. Hélio Góes Ferreira foi bastante lamentada por todos que o conheciam. Durante o exercício de sua várias atividades ia diariamente à Sociedade de Assistência aos Cegos, que mantém o Instituto dos Cegos do Ceará. Ao seu sepultamento compareceram o vice-governador Waldemar de Alcântara, representando o governador Adauto Bezerra, os Secretário de Saúde, Segurança Pública, Industria e Comercio e Cultura e outras autoridades, colegas médicos e admiradores. O Dr. Hélio Góes Ferreira era casado com a Sra. Maria José Menescal de Góes Ferreira e deixou quatro filhos: Carmen Góes Ferreira de Arruda, casada com o Coronel José Bezerra de Arruda; Helena Menescal Góes Ferreira (solteira); Maria Lúcia Góes Ferreira de Filgueiras Lima; e Hélio Góis Filho, assessor parlamentar do Ministro de Industria e Comercio, casado com Rita Gonçalves de Góes Ferreira.


Comemorando, ontem, seus 38 anos de existência, o Instituto do Cegos do Ceará prestou homenagem ao Governador Virgílio Távora, com a aposição do seu retrato na sala destinada às fotografias das personalidades que colaboraram e apoiam aquela instituição. Além do Governador e da Primeira Dama do Estado, dona Luíza Távora, estiveram presentes o prefeito Lúcio Alcântara, o Secretário de Educação, Antonio de Albuquerque e Souza Filho, o Secretário de Obras, Luiz Marques, e outras autoridades, bem como o presidente daquela instituição, Francisco Valdo Pessoa de Almeida.
A sociedade foi aberta com um discurso de um ex-integrante e interno do Instituto, hoje cursando universidade. Falou, em seguida, o presidente da instituição, que se referiu a aposição do retrato do Governador como uma manifestação que representa ser ele um novo "filho da casa". Ressaltou a ajuda governamental ao Instituto dos Cegos, lembrando o apoio que Virgílio Távora também vem prestando.
Finalmente, falou o governador Virgílio Távora, que agradeceu a homenagem, lembrando o apoio que vem procurando dar as obras sociais do Estado, através do trabalho da Primeira Dama. Prometeu ajuda ao Instituto, com empréstimo que está contratando com o Banco Mundial.
Terminada a solenidade, o Governador do Estado e a Primeira Dama, acompanhados das demais autoridades e convidados, percorreram as dependências da instituição, visitando a biblioteca, salas de aula, refeitório e outros setores.
Em seguida, internos e externos do Instituto dos Cegos fizeram uma apresentação musical, cantando o "Manero o Pau" e, depois, um jogo de futebol de salão, disputado por times de cegos, que foram bastante, aplaudidos, em alguns lances, inclusive pelas autoridades. A banda de música juvenil da Polícia Militar do Ceará animou toda a festa.


A História da Sociedade em fotos:


Inauguração de um novo Pavilhão, aparecendo dois grandes beneméritos da Casa, Hélio Góes e Aluísio Riquet -anos 60


Rotary Club - Março 2007 - Dr. Waldo Pessoa e o ex-presidente Wellington Malta.

Jornal O Povo 02/07/1991 - Clínica Ieda Otoch Baquit conta com equipamentos ópticos modernos para atender aos cegos.

 Jornal O Povo 02/07/1991 - Waldo Pessoa acha que é hora de acabar com paternalismo no cego.

Jornal O Povo 12/08/1974 - Peça filatélica impressa em Braille.

Jornal O Povo 20/09/1978 - No instituto, as crianças aprendem a conviver naturalmente com seus colegas normais - 1978.

Jornal O Povo 08/01/1981 - Deficientes e seus familiares prestigiaram a solenidade da campanha do Ano Internacional do Deficiente.

Jornal Diário do Nordeste 30/08/1984- Instituto dos Cegos inaugura o Hospital Alberto Baquit Júnior.

Jornal Tribuna do Ceará 30/08/1984- Inaugurado o primeiro hospital para doenças de olhos do Estado.


Diário do Nordeste 07/11/1986"É crescente o índice de cegueira, principalmente a cegueira carencial. A cada ano aumenta o número de crianças com idade entre 10 e 12 anos que ficam cegas completamente pela falta de consumo de leite, carne e demais proteínas. a Secretaria de Saúde como a de Educação têm planos de prevenção da cegueira, mas não são executados. E o que vemos é o aumento significativo de crianças cegas." Dr. Waldo Pessoa de Almeida.

Diário do Nordeste 25/09/1990 - Waldo de Almeida recuperou a visão de mais de mil pacientes.

Diário do Nordeste 29/09/1990 - Sereia de Ouro - Oftalmologista Francisco Waldo Pessoa de Almeida foi apadrinhado por Alberto Baquit.

Diário do Nordeste 29/09/1990Sereia de Ouro 90: Industrial Walder Ary, jornalista Eduardo Campos, os médicos Waldo Pessoa e Aluysio Aderaldo.

Diário do Nordeste 02/08/1992 - Dr. Waldo Pessoa mostra os modernos equipamentos adquiridos pela SAC.

Diário do Nordeste 21/05/1994 - Instituto dos Cegos com Impressora para Braille - É o segundo equipamento no País. O equipamento importado da Noruega, representa um progresso na educação dos cegos.

Diário do Nordeste 14/08/1994 - Operação de catarata - Médico Valdo Pessoa: "Momento da cirurgia quem decide é o próprio doente".



Créditos: Jornal OPovo, Site do Sac e pesquisas na internet


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