Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

 



sábado, 14 de maio de 2011

Praça da Lagoinha e sua história ferroviária


Foto do dia da inauguração da Praça em 12 de julho de 1930.

Aquela quarta-feira, 12 de julho de 1930, seria de excitação geral. Pelas estreitas, imundas e nuas ruas do Oeste da cidade, mas também pelas avenidas belas, bem cuidadas e pavimentadas em paralelepípedos do lado Leste o assunto era um só: a inauguração da Praça Comendador Teodorico, enfeitada pelo aromático e colorido Jardim Thomas Pompeu com suas flores de mel, margaridas, rosas e até crisântemos refugiados da longínqua Ásia. Entretanto, a atração principal daquela noite seria a tal Fonte importada da Alemanha. Há meses os fortalezenses esperavam para ver de perto o mais novo brinquedo, comprado a peso de ouro, com o parco dinheiro dos munícipes e, como sempre, gasto a rodo pelos governantes. “Ora vejam! Gastar com um chafariz de ferro de enfeite enquanto os bairros mais pobres nem uma bica possuem e se valem da água de cacimbas imundas ou de córregos para onde também são enviados as águas servidas e os dejetos das latrinas”. (Livro A Ordem da Sereia - Em produção) - Leonardo Nóbrega.

Arquivo Assis de Lima

Lagoinha¹ ficava cerca de trezentos metros da rua das Trincheiras (Liberato Barroso), próximo a Praça Marquês do Herval (José de Alencar), com a rua da Intendência (Guilherme Rocha), pois era uma pequena lagoa, de onde os escravos traziam água para seus patrões.
A Pequena lagoa em seguida fora aterrada, reduzindo-se o espaço da mesma e dizem até com lixo.



Foto do acervo Assis de Lima

O trem na Praça da Lagoinha - Foto do acervo Assis de Lima

O Comerciante Abel Costa Pinheiro fornecia água para as casas, em carroças com barris através de uma cacimba que, era forrada com anéis de madeira, cuja construção data de 1850.

Arquivo Assis de Lima

Em 1860 houve a inauguração da Companhia de Água do Benfica; A Cacimba ficou ao abandono até que a Estrada de Ferro de Baturité a reconstruiu em alvenaria e passou a utilizá-la.

Casa de Saúde Dr César Cals - Foto do Acervo Assis de Lima

Arquivo Assis de Lima

Foi construída uma caixa d'água que foi pintada de vermelho. Tinha um cata-vento que acionava a bomba e, ao lado por onde passava os trilhos, tinha uma torneira, pois, era um dos pontos de abastecimento das locomotivas à Vapor.

Eram abastecidas neste local as locomotivas MaranguapePacatuba, Acarape e a pioneira Fortaleza, máquinas adquiridas na Inglaterra construídas por The Hunslet Company Leeds.


Após a inauguração da via férrea foram construídos prédios e, fora dada vida naquelas imediações.

Casa de Saúde São Lucas - Foto do Acervo Assis de Lima
No dia 30 de Abril de 1928 é inaugurada a Casa de Saúde São Lucas, sob direção do Dr. Abdenago da Rocha Lima, na Avenida Tristão Gonçalves, ao lado da Praça da Lagoinha 
(atual Capistrano de Abreu).

Arquivo Assis de Lima

Aos 16 de outubro de 1917 devido ao crescimento da cidade, a linha teve de ser retirada do centro; Houve o desvio no sítio Amaral, bairro de Porangabussu que cortara o Farias Brito (à época Matadouro), sendo acompanhada pela Av. José Bastos, tal como está.



Arquivo Assis de Lima

A Estação de Matadouro foi inaugurada em 30 de dezembro de 1922, homenageando posteriormente o Engº Otávio Bonfim (Chefe da Via Permanente RVC-1923) em 1926.

Voltemos a Lagoinha...

No dia 12 de julho de 1930 era inaugurada a Praça Comendador Teodorico com o Jardim Tomaz Pompeu; Esta praça recebeu do então prefeito Álvaro Weyne a Fonte dos cavalos² (Adquirida na Alemanha) que depois foi parar na Avenida 13 de Maio no cruzamento com a Avenida da Universidade e hoje está na Praça Murilo Borges (BNB).
Após a saída do trem dessa Rua Trilho de Ferro ( Avenida Tristão Gonçalves) ainda por muitos anos, assim continuou sendo chamada.


Casa da Família Pompeu - Foto do livro Centro Histórico de Fortaleza - Ensaio Fotográfico Mauricio Cals

Aos 03 de maio de 1965, na gestão de Murilo Borges, fora inaugurada a estátua do historiador Capistrano de Abreu, cearense de Maranguape.



Arquivo Assis de Lima

Finalizando prevalece a popularidade: Praça da Lagoinha, contudo guardando silenciosamente na etnologia/topográfica, uma página da História Ferroviária.



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¹Antes era uma praça de areia, sem urbanização nenhuma, onde os escravos apanhavam água numa pequena lagoa existente no centro e que de seca em seca foi desaparecendo.
Em 1850 foi cavado um poço forrado de aduelas de madeira.
Com a inauguração dos poços do Benfica em 1860, a cacimba (poço) foi abandonada e o lixo da cidade passou a ser colocado ali.
Em 1884 a estrada de ferro mandou aterrar o restante da lagoa com areia do morro Croatá a fim de preservar a população do alastramento do cólera-morbus.
Foi levantado um cata-vento e uma caixa d`água para abastecimento das locomotivas que passavam pelo Trilho de Ferro, como era denominada a hoje Avenida Tristão Gonçalves.
Hoje existe, no centro da praça, uma estátua sem nome, de autoria de H. Leão Veloso, e na parte que fica a sudeste, uma herma com os dizeres: "Ao Dr. Abdenago da Rocha Lima, homenagem do Instituto de Proteção e Assistência à Infância, no Cinquentenário de sua fundação, 19/05/1963".


²Fonte importada, toda em bronze trabalhado, ornamentada de cavalos e sereias.
O arquiteto responsável pela obra foi Rubens Franco.




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Leia tbm o texto maravilhoso de MCals

Todos os créditos vão para o amigo e colaborador Assis de Lima

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bairro Joaquim Távora


Antigo Parque Americano na Rua Padre Valdevino

Grupo Escolar Joaquim Távora na Rua Visconde do Rio Branco 

O bairro Joaquim Távora tem limites definidos. São quatro avenidas bem conhecidas: Pontes Vieira, Barão de Studart, Padre Valdevino e Visconde do Rio Branco.

Uma das características do Joaquim Távora é ser um bairro predominantemente residencial. Muitas casas, poucos prédios. Tem também pequenos mercadinhos e grandes referências. O mercado do Joaquim Távora, é uma delas, fica na Avenida Pontes Vieira e existe há mais de 60 anos.


Foto do Arquivo Jangadeiro Online

No mercado do Joaquim Távora o movimento acontece bem cedinho, quando os moradores da redondeza vão até o mercado em busca de frutas, verduras e legumes. Lá tem ainda plantas medicinais, redes e até presentes. O mercado, assim como o Parque Rio Branco, são os locais mais conhecidos do bairro . Os dois ficam na avenida Pontes Vieira, um dos limites do bairro que leva o nome do engenheiro e militar Joaquim do Nascimento Fernandes Távora¹.

Parque Rio Branco -  Foto de Zemakila

No Parque Rio Branco, se encontra beleza e problemas também. São sete hectares de muito verde bem pertinho de uma das avenidas mais movimentadas de Fortaleza.

Trilha do Canal
Trilha do Canal - Foto de  Claudio Lima

De acordo com os moradores, a principal área verde do bairro, ainda precisa de reforço policial. Sem um policiamento fixo no local, ainda tem muita gente que não frequenta o parque porque tem medo.

Parque Barão do Rio Branco
Foto de  Claudio Lima

De acordo com a coordenadora do movimento Pró-Parque, apenas uma dupla de policiais de vez em quando aparece no local.

Segundo o organizadores do movimento Pró-Parque, os guardas que atuavam no parque foram transferidos para outro ponto da cidade.

A Guarda Municipal de Fortaleza disse que realiza a segurança no local com quatro guardas que abrem e fecham o parque das cinco da manhã as dez da noite. Ainda durante o dia, a moto patrulha, com quatro homens, realiza a ronda dentro do parque, monitorando e observando o movimento por lá.



¹Joaquim do Nascimento Fernandes Távora nasceu em Jaguaribe, no ano de 1881. Seu irmão Juarez Távora participou dos movimentos rebeldes da década de 20 e teve destacada participação na vida política nacional após a Revolução de 1930.


Militar e engenheiro civil, Joaquim Távora freqüentou a Escola Militar de Porto Alegre. Em 1922, comandava o 17º Batalhão de Caçadores, sediado em Corumbá (MT), quando liderou a rebelião nesse estado, em solidariedade ao levante deflagrado no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, contra o governo de Artur Bernardes, dando início ao ciclo de levantes tenentistas daquela década. Preso nessa ocasião, foi libertado em fevereiro do ano seguinte através de habeas-corpus concedido pelo Supremo Tribunal Militar (STM) a todos os implicados no movimento de 1922.

Em fins de 1923, após desertar do Exército, aderiu a uma nova conspiração contra o governo federal, articulada sob o comando do general Isidoro Dias Lopes. Viajou, então, pelos estados de Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais em busca de apoio ao movimento. Na capital paulista estabeleceu contato com o major Miguel Costa, da Força Pública estadual. Após sucessivos adiamentos, o levante foi iniciado na cidade de São Paulo em 5 de julho de 1924, data escolhida em homenagem ao levante do Forte de Copacabana. Joaquim Távora, ocupando posição de destaque na rebelião, foi o responsável pela prisão do general Abílio de Noronha, comandante da 2ª Região Militar. A capital paulista caiu sob o controle dos rebeldes por três semanas e o presidente do estado, Carlos de Campos, abandonou a cidade. Em seguida, Joaquim Távora foi ferido quando comandava um ataque ao 5º Batalhão de Polícia.

Morreu dias depois, em consequência dos ferimentos, em São Paulo. 




Fonte: CETV, Wikipédia

sábado, 7 de maio de 2011

Hotel do Norte - Clube, Hotel e Museu – Um prédio, várias histórias!



Hotel do Norte

Durante o período imperial, mais precisamente em 1871, foi construído o belo sobrado da Rua Dr. João Moreira, 143 (esquina com a Rua Floriano Peixoto). Situado em frente ao Passeio Público, emoldurando o logradouro mais elegante da cidade, foi inicialmente a segunda sede do primeiro clube social de Fortaleza, o Sociedade União Cearense (Club Cearense), que antes esteve instalado num sobrado residencial na rua senador Pompeu.

O prédio em 1908.
(Ao lado, o prédio em 1910). Com a ida do Club Cearense para o palacete da esquina seguinte (hoje ocupado pela Associação Comercial do Ceará), instala-se no sobrado, em novembro de 1882, o Grande Hotel do Norte, de Silvestre Rendall, que no mesmo ano recebeu como hóspede o ilustre casal José Carlos do Patrocínio (abolicionista José do Patrocínio) e D. Maria do Patrocínio. Depois o hotel pertenceu ao francês Norberto Paulo Golignac (Norberto Golignac). Interessante salientar que no hotel foi instalada a primeira sorveteria do Ceará.  


(Ao lado, o prédio em 1930). Com a desativação do hotel, o prédio serviu de sede para a repartição dos Correios e Telégrafos (Adquirido por contrato de 24 de setembro de 1894 celebrado entre o administrador dos Correios Antônio Moreira de Sousa, e o representante da associação “União Cearense”, Alfredo Salgado - Este Contrato foi aprovado pelo Diretor Geral dos Correios em ofício de 13 de dezembro do mesmo ano). Nos cômodos do andar superior ficaram a primeira seção (Expediente) dirigida pelo Administrador e a segunda seção, a Contadoria; e no andar inferior a terceira seção, a Pagadoria e a quarta seção, compreendendo a Posta Restante e a Expedição das malas. A repartição dos Correios esteve no prédio de 04 de março de 1895 até 1935, quando é adquirido pela companhia inglesa The Ceará Tramway Light & Power Co. Ltda, que explorava o serviço de energia e bondes elétricos de Fortaleza. A partir de 1948, pela Lei Federal nº 25.232, os serviços elétricos da capital cearense ficaram a cargo do governo municipal e com a nacionalização, a companhia passou a se chamar Serviluz - Serviço de Luz e Força do Município de Fortaleza. Com o decorrer dos anos, a empresa teve outras denominações: Companhia Nordeste de Eletrificação de Fortaleza (CONEFOR), Companhia Elétrica do Ceará e atualmente Companhia Energética do CearáCoelce.

O prédio ocupado pelos Correios.

Prédio espaçoso e elegante, com dois pavimentos, a edificação tem planta de forma retangular, ligados por escadaria trabalhada em ferro fundido, importada da Europa. Construída no sistema de alvenaria autoportante e com coberta em telha de barro e estrutura de madeira oculta pelas platibandas das fachadas. O prédio possui características da arquitetura eclética cearense. Em seu interior merecem destaque os amplos salões do pavimento superior, que ainda conservam o piso original, em tábua corrida. Apesar das seguidas reformas e alterações no prédio, suas fachadas ainda mantém as linhas originais. As aberturas são todas com vergas em arco pleno, sendo as do piso superior protegidas por balcões de ferro. Na fechada principal, voltada para o Passeio Público, uma armação em ferro fundido marca as portas centrais. O coroamento do prédio é feito por cornija e platibanda, onde, na parte central, é interrompida por elementos metálicos. Sobre a platibanda, pináculos de alvenaria trabalhados fazem os arremates. 


Na parte interna, foram feitas obras de importância como, a construção do mezanino que comprometeram especialmente a edificação, e em fachadas a marquise foi um agregado que comprometeu o prédio não só no aspecto estético, mas também no aspecto estrutural.
No ano de 1995, o prédio foi finalmente tombado pelo patrimônio histórico do estado, que reconheceu seu valor histórico e arquitetônico. Em abril de 2001, abandonado, o prédio desmoronou parcialmente durante uma chuva de inverno. As causas que provocaram a deterioração foram centradas fundamentalmente na falta de manutenção, provocando infiltrações na coberta, o que ocasionou o deterioro da madeira das vigas da estrutura do telhado, pisos, etc. com o conseguinte derrube. Ressaltando que, segundo o Jornal O Povo, em 1991, parte da estrutura interna do prédio já havia desabado. 

A situação em que se encontrava o prédio ao ser adquirido pela FIEC.
 Foto de Luís Carlos Sabadia.

Após 20 anos sem uso (Desde a saída da Coelce), no final de 2001 o prédio é adquirido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará FIEC. Suas obras de restauração são iniciadas em 2005 com apoio de leis de incentivo. Obra concluída, o prédio permaneceu fechado– com um único período aberto, para receber a Casa Cor de 2007 – mostra anual de arquitetura e decoração. As ações de restauro foram pensadas aliando a permanência das características originais às adequações de usos.  Para melhor compreensão desse processo de restauração, as intervenções do prédio que estão nas cores verde e branca são restauros e as novas intervenções estão na cor vermelha.

O prédio durante a restauração. Foto de Luís Carlos Sabadia.

Editado em 2014:

Nove anos após o início das obras de restauro – o espaço reabre em 10 de setembro de 2014, dando abrigo ao Museu da Indústria, projeto da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Serviço Social da Indústria (SESI). O prédio do Museu é um equipamento que conta com salas de exposição, espaços para realização de palestras, desfiles, espetáculos, seminários e eventos sociais. Também possui salas para apresentações de teatro, cineclubes e biblioteca. Possui ainda dois ambientes para encontros: o jardim e o bistrô que tem funcionamento independente do museu, com cardápio diversificado e apresentações musicais. A edificação possui mais de dois mil metros quadrados de área disponível, distribuídos em espaços diversos, voltados para ações museológicas e culturais em geral. Foi devolvido para a cidade o centenário casarão todo restaurado!

O Museu da Indústria fica aberto de terça a sábado, das 09 às 19h.

Cronologia do Monumento: 

A edificação foi construída no final do século XIX . Inicialmente sediou a Sociedade União Cearense. Entre 1895 e 1935, serviu de sede para a Repartição dos Correios. 
Neste ano, o edifício foi adquirido pela “The Ceará Tramway Light & Power Co. Ltda”, companhia inglesa que explorou a energia elétrica e o serviço de bonde na cidade.

A partir de 1948, pela Lei Federal nº 25.232, os serviços elétricos da capital cearense ficaram a cargo do governo municipal. A companhia passou a se chamar SERVILUZ, Serviço de Luz e Força do Município de Fortaleza
Com o decorrer dos anos, a empresa teve outras denominações: Companhia Nordeste de Eletrificação de Fortaleza (CONEFOR), Companhia de Eletrificação do Ceará (COELCE), e atualmente foi privatizada para uma empresa espanhola.
“Num prédio particular, o de nº 1 da Praça dos Mártires e nº2 da Rua da Boa Vista (Rua Floriano Peixoto), funciona o Correio”.

É um edifício espaçoso, com dois pavimentos, se prestando perfeitamente ao fim a que é destinado, e nesse sentido não tem igual nos estados, sendo somente excedido pelo o que funciona a repartição chefe no Rio de Janeiro.

Fachada Rua João Moreira

Foi adquirido por contrato de 24 de setembro de 1894, celebrado entre o administrador
Antônio Moreira de Sousa, e o representante da associação “União Cearense”, Alfredo Salgado, por nove anos. 
Este Contrato foi aprovado pelo Diretor Geral dos Correios em ofício de 13 de dezembro do mesmo ano. 
Mudou-se a repartição do correio do pavimento térreo do edifício da Assembléia Legislativa, onde estava, para este no dia 7 de março último, como da alta da instalação.

Depois instalou-se The Ceará Tramway Light and Power Co., cujo contrato foi rescindido na Interventoria do Capitão, depois Major Roberto Carneiro de Mendonça (1934). Substituiu na exploração da iluminação pública e particular o Serviço de luz e Força de Fortaleza (SERVILUZ), depois chamado Companhia de Eletrificação de Fortaleza (CONEFOR), mais tarde Companhia de Eletricidade de Ceará (COELCE).” 

Notas de: Raimundo Girão.
Antônio Bezerra de Menezes.
Descrição da Cidade de Fortaleza.

Fachada Rua Floriano Peixoto

Modificações realizadas:

Se adicionou mezanino, em a parte este da edificação, Rua Floriano Peixoto, e marquise corrida na esquina, abarcando as duas fachadas o que interferiu na arquitetura da edificação resultando um elemento totalmente anacrônico.

Análise dos elementos componentes da edificação: 


Edificação de dois pavimentos com mezanino, portas, e janelas ao largo de ambas fachadas e portas e janelas no andar superior, de arco pleno.

Análise da estrutura e possibilidades de recuperação:


O Monumento necessitava de uma intervenção urgente, já que se derrubou parte dele com as chuvas de inverno. Foram realizados alguns trabalhos de emergências, mas que precisava continuar em outras área do prédio.

Critérios específicos de recuperação:

Os critérios para a recuperação das fachadas principais foram fundamentados na restauração em linhas gerais, recuperação de alguns elementos perdidos e recomposição formal de outros.

  •  Manutenção geral de fachadas: rebocos, limpeza, eliminar plantas, parasitas, etc.
  •  Revisão e recuperação de coberta.
  •  Finalizar trabalhos de recuperação na parte demolida.
  •  Revisão e recuperação de calhas.
  •  Revisão de pontos de drenagem pluvial.
  •  Recuperação de janelas no térreo, ver projeto.
  •  Recuperação de aberturas de portas originais.
  •  Recuperação de grades de ferro.
  •  Eliminar revestimento de pedra em molduras de portas.
  •  Restaurar calçada com materiais originais.
  •  Eliminar e redesenhar entradas de fiação de redes elétricas e telefônicas.
  •  Recuperação de portas e janelas originais.
  •  Completar portas e janelas, com materiais e desenhos indicados em    projetos.
  •  Recuperar cores originais nas 4 fachadas do prédio.


O prédio completamente restaurado. Foto de Luís Carlos Sabadia



Fonte: Secult, Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Jornal O Povo, Site oficial do Museu da Indústria e http://www.ofipro.com.br



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Chico Albuquerque - O talento



Chico Albuquerque manifestou cedo o talento para a fotografia. Em Fortaleza, cidade onde nasceu em 1917, aventurou-se no cinema aos 15 anos fotografando um documentário  de curta-metragem. Aos 17 já figurava entre os fotógrafos profissionais. Mas foi em 1942, aos 25, que aprendeu a compor fotografia, ouvindo falar pela primeira vez em divisão áurea do retângulo. O professor: o cineasta Orson Welles, para quem fez still do filme "It's All True".

Fortaleza dos anos 40 ficou pequena para o universo fotográfico de Chico Albuquerque e, em 1945, mudou-se de mala e câmeras para São Paulo. A conquista do mercado veio rápida. Em 1948 fez a primeira fotografia publicitária no Brasil, ao registrar modelo e produto para uma campanha da Johnson & Johnson, da agência J.W. Thompson.

Dez anos depois de sua chegada a São Paulo, Chico Albuquerque já ocupava posição privilegiada no mercado, antes exclusivo para retratos. Assinou portraits de personalidades como o presidente Juscelino Kubitschek, o paisagista Burle Marx, o pintor Aldemir Martins, as atrizes Odete Lara e Cacilda Becker e tantos outros.

De volta ao Ceará 30 anos depois, teve papel decisivo na estruturação e expansão do mercado publicitário, assim como na transformação do fotojornalismo local. Paralelo a toda esse universo comercial, Chico Albuquerque produziu ensaios autorais que se tornaram célebres e lhe renderam prêmios no Brasil e no exterior.

Chico Albuquerque fez escola e foi mestre dos grandes fotógrafos de hoje na publicidade nacional. Ele nunca deixou a fotografia. Seu último trabalho foi aos 83 anos, em 2000, quando assinou campanha publicitária nacional para a Del Rio.

Uma das lendas da fotografia brasileira é sem sombra de dúvida o mestre Chico Albuquerque. Nascido em 1917, em Fortaleza, teve seu nome projetado nacionalmente graças à sua intensa atuação profissional. Mas, como ele mesmo afirmava, começou sua carreira de maneira invertida. E explicava: iniciou-se timidamente com o cinema, aos 15 anos de idade, atendendo a um pedido do seu pai, o também fotógrafo Adhemar Albuquerque, que necessitava filmar algumas sequências sobre o drama da seca no nordeste brasileiro, mas estava com problemas que o impediriam de participar do trabalho. Esse aprendizado inicial de dez dias transformou a vida do então adolescente Chico Albuquerque, que se tornou um exímio profissional e um profundo conhecedor dos mistérios da luz. A ligação com o cinema se fortaleceu e o levou à fotografia. Criar imagens passou a ser prioridade e, mesmo habituado com o ofício paterno, saiu em busca de seu próprio caminho. Para isso, passou por um longo percurso de aprendizado. Isso o levou até o Rio de Janeiro, em duas diferentes ocasiões, entre 1934 e 1946, para aprofundar os conhecimentos e melhorar sua técnica. 

Os responsáveis diretos nesse segundo momento da sua formação profissional foram Erwin Von Dessauer e Stephan Rosenbauer, em períodos distintos. Em 1942, aos 25 anos, Chico Albuquerque foi o responsável pelo still do filme documentário É Tudo Verdade (It’s All True), do cineasta norte-americano Orson Welles, que havia se instalado momentaneamente em Fortaleza. Foi exatamente nessa experiência que aprendeu com o próprio Welles os princípios estéticos mais importantes que irão posteriormente direcionar sua fotografia para um inquestionável padrão de qualidade. O documentário foi realizado na Praia do Mucuripe, em Fortaleza, cenário de seu primeiro grande ensaio realizado dez anos mais tarde, quando retornou com o objetivo de produzir uma coleção de imagens em preto e branco que documentasse o cotidiano dos jangadeiros da aldeia.

Depois da experiência com Orson Welles, organizou seu portfólio e criou coragem para enfrentar o mercado do Rio de Janeiro. Mas foi o fotógrafo alemão, Stephan Rosenbauer, que o estimulou a se instalar em São Paulo. Em 1947, Francisco Albuquerque chega a São Paulo e começa a apresentar o seu trabalho para diferentes pessoas da cena fotográfica local. Trazia algumas recomendações e uma indicação do Foto Cine Clube Bandeirante, local onde poderia encontrar algum auxílio para iniciar suas atividades profissionais e aperfeiçoar-se. Os amadores do clube ficaram surpresos com as fotografias apresentadas, basicamente retratos e algumas paisagens. Pouco tempo depois já circulava com alguma desenvoltura no circuito paulistano das artes visuais. O Boletim Foto Cine Clube Bandeirante publicou a primeira capa assinada por F. Albuquerque na edição de nº 15, de julho de 1947. Era um retrato muito bom, denominado “Marujo Americano”, e a página 12 da mesma edição registra um comentário não assinado de uma mostra que se realizava na Livraria Jaraguá, ponto de encontro de artistas e intelectuais da cidade de São Paulo. Sob o título Exposição F. Albuquerque. Abaixo o comentário na íntegra: 



“Desde 10 de julho p. p. está aberta com o patrocínio do F. C. Bandeirante, na Livraria Jaraguá, à R. Marconi, uma exposição individual de “RETRATOS ARTÍSTICOS” de autoria de F. Albuquerque, a qual vem atraindo grande interesse. O jovem artista patrício que acaba de montar seu estúdio fotográfico nesta Capital não é desconhecido entre nós, pois já vem aureolado pela consagração da crítica no norte do país e no Rio de Janeiro. Com efeito, seus retratos vigorosos e fortes uns, delicados e suaves outros, dizem bem o quanto Albuquerque se identifica com a personalidade do modelo que consegue traduzir fielmente, imprimindo ao mesmo tempo ao trabalho aquelas características próprias que o distinguem desde logo dentre os melhores profissionais aqui radicados.
Dominando a técnica com maestria ímpar, as composições e paisagens expostas ao lado dos seus retratos, de elevado teor artístico, estão a demonstrar que Albuquerque não encontrou na fotografia um simples meio de vida, mas a satisfação de suas inquietudes espirituais por onde se reconhece o verdadeiro artista.”

A família e a fotografia

No livro O Ceará, datado de 1939, constata-se a presença de dois grandes estúdios de fotografia em Fortaleza através dos seus anúncios. Na página 447, o Foto Brasil se declara como “o mais antigo da cidade e produz retratos artísticos e inalteráveis”, localizado na rua Major Facundo, 665; e a Aba Film, fundada em 1934, se propaga como “a mais moderna foto do Ceará”, situado na mesma rua Major Facundo, 660, telefone 1526. O fato de disponibilizar o número do telefone em anúncio público talvez signifique certa modernidade em relação ao “mais antigo da cidade”. O pai transmitiu ao então adolescente Francisco as primeiras noções básicas de cinema para que ele pudesse realizar o seu primeiro trabalho. Depois disso, ele se aprimorou no mundo da fotografia. Além de Chico, três dos nove irmãos também se dedicaram à fotografia: Antonio Afonso, que sucedeu o Chico na empresa, Paulo, que se tornou fotógrafo profissional em Belo Horizonte, especializando-se em cartões postais, e Luís, que optou pelo fotojornalismo, atuando em Brasília. Enfim, uma família de fotógrafos. O pai, Adhemar Albuquerque, também foi o responsável por instruir e preparar o comerciante sírio Benjamin Abrahão, de Juazeiro, responsável pela primeira série de fotografias de Lampião e seu bando, datada de 1936. Mais tarde realizou um pequeno filme documentário que posteriormente foi confiscado pela polícia política de Getúlio Vargas e se perdeu para sempre.

O Turco, apelido de Benjamin Abrahão, foi encaminhado ao fotógrafo que se encarregou de fazer os contatos para que tudo fosse feito com o máximo de segurança. Em relação ao filme desaparecido, conhecemos o depoimento de 1970 que Chico Albuquerque deu a George Love: “Em 1941 os sócios da Aba tentaram reaver o filme: receberam 20 contos de indenização (não pagava nem um décimo dos gastos). Em 1950, nova tentativa, mas o filme tinha desaparecido dos arquivos do antigo DIP. Acreditase que seu paradeiro seja conhecido por um fotógrafo do Rio de Janeiro, Alexandre Wolff, cinegrafista na época de Getúlio. Uma cópia andou em poder dos irmãos Marvin, ex-proprietários da empresa Brasil Oiticica. Em seguida, no mesmo depoimento, Albuquerque fez um apelo: “Embora ingênuo, é um documentário de excepcional valor histórico. Peço ao governo todas as providências para recuperá-lo. É digno de figurar entre as relíquias do Museu da Imagem e do Som”. Na verdade, trata-se de uma experiência singular na fotografia brasileira. Um fotógrafo instalado profissionalmente, após passar as instruções mínimas de funcionamento da câmera ao comerciante, financiou e viabilizou um trabalho de documentação fotográfica. Tudo foi feito em segredo e o resultado representa um documento inédito do ponto de vista da sua realização, sem precedentes para o país e particularmente significativo para a história da fotografia brasileira. Parte do material fotográfico pertence hoje ao Instituto Cultural Chico Albuquerque.

Estúdio da Avenida Rebouças

Logo após estabelecer as novas relações de amizade e tornar-se conhecido profissionalmente na cidade de São Paulo, Albuquerque instalou-se na avenida Rebouças, 1700, numa ampla casa que servia de residência e de estúdio. Foi ali que realizou parte significativa de sua produção de retratos e sua fotografia publicitária, uma passagem que ocorreu naturalmente. Lorca lembra que o estúdio da Rebouças mudou o tom da qualidade fotográfica profissional que se praticava em São Paulo. Chico Albuquerque era “um exímio retocador e conseguia aplicar luzes no retrato, macetes que aprendeu com Otto Schiedanz, o grande laboratorista da Kosmos Foto, loja situada na rua São Bento, centro”. Por tudo isso é que seu trabalho teve plena aceitação nas agências de publicidade, tornando-se um profissional bastante requisitado e uma referência num mercado que estava começando a ganhar visibilidade”. Os seus retratos são assumidamente produzidos e eram maneiristas segundo ele mesmo, pois sua mão forte está na direção, no tratamento da iluminação e até mesmo na apresentação final para o cliente. Por tudo isso ganhou espaço entre a burguesia paulistana e criou fama.



Ele soube impor seu estilo, sua competência técnica e sua eficiência para resolver problemas de toda ordem, o que lhe valeu no mercado profissional a referência como fotógrafo que conseguia realizar o impossível. Seu desempenho na publicidade o levou a montar um invejável conjunto técnico de equipamentos – câmeras de grande formato 4x5 e 13x18, de médio formato, a Rolleiflex e a câmera 35mm Leica, todas com conjunto de lentes específicas para enfrentar qualquer tipo de trabalho. Lorca lembra também que Chico foi o primeiro profissional de São Paulo que comprou um sofisticado conjunto de flash eletrônico, abandonando as altas temperaturas da luz contínua e criando com isso novas possibilidades de produzir efeitos de luzes que diferenciaram a sua fotografia e caracterizaram seu estilo forte e sintonizado com seu tempo. Sua versatilidade, associada ao seu conhecimento técnico, o transformou num profissional de alto gabarito. “Um clássico da fotografia brasileira”, segundo palavras de German Lorca, opinião que é compartilhada por vários dos fotógrafos que foram seus assistentes em diferentes momentos, principalmente após a experiência do Estúdio Abril, entre eles Sergio Jorge e Bob Wolfenson.

As experiências do Estúdio Abril e do jornal O Povo

Depois do reconhecimento e do sucesso profissional, o cearense Chico Albuquerque começa a ser solicitado para assumir outros desafios. O primeiro deles foi assumir o Estúdio Abril entre 1967 a 1973, período em que foi o responsável direto pelo mais ousado projeto de formação profissional que temos conhecimento na história da fotografia brasileira. Convidado pela Editora Abril para coordenar um grupo de fotógrafos e criar uma identidade visual, no caso fotográfica, para cada revista publicada pela editora, Chico elaborou um projeto baseado numa formação centrada na excelência técnica e num profissional que fosse capaz de produzir a fotografia no prazo determinado, independentemente das dificuldades. Essa versatilidade, somada à competência técnica e eficiência, espelhava de certa forma toda sua trajetória profissional com a fotografia. Primeiramente, o Estúdio Abril ocupou o endereço da avenida Rebouças, centro nervoso do estilo e da produção fotográfica de Chico Albuquerque.

Depois se transferiu para um espaço muito mais amplo, situado à rua do Curtume, e neste momento ele passou a ser o Diretor Técnico assessorado por Sergio Jorge e pelo inglês Roger Bester, então Diretor Criativo. Esse passo inovador da editora foi possível graças à dedicação do seu Chico, como era carinhosamente tratado pelos jovens fotógrafos, entre eles Bob Wolfenson que naquele momento se iniciava na fotografia. A direção de pulso forte e exigência técnica impecável transformaram aos poucos o Estúdio Abril na primeira grande escola de fotografia do Brasil. E lá estava Chico Albuquerque, fazendo exatamente o que mais gostava, ou seja, experimentando equipamentos, testando novas situações de iluminação, montando cenários e criando soluções que atenderiam às diferentes demandas do estúdio. O projeto do estúdio ganhou projeção internacional e criou uma espécie de sinergia onde todos estavam aprendendo a aprender sob a batuta inquestionável de Chico Albuquerque.

Em 1975 retornou a Fortaleza, mas não parou, pois realizou o segundo ensaio sobre o Mucuripe e um ensaio sobre frutas tropicais da região. Em 1981, foi convidado a assumir, como consultor, a coordenação de um grupo de 12 repórteres fotográficos do jornal O Povo, que deveria ser transformado numa equipe de trabalho. Iniciou alterando radicalmente o laboratório, espaço fundamental para desenvolver o trabalho com qualidade. Depois colaborou na formação técnica dos fotógrafos. Um dos jovens fotógrafos participantes deste projeto, Ed Viggiani, lembra que sua presença naquele momento no jornal era inspiradora e que essa experiência foi fundamental para sua formação. Salienta que seu Chico “era uma universidade da fotografia viva, ali presente e ensinando a todo momento. Apesar de trabalhar muito no estúdio, soube aproveitar e explorar a luz ambiente. Dizia sempre que nunca havia luz ruim, apenas falta de inspiração. (...) Seu Chico era modesto e sincero. Não fazia elogios gratuitos e nem era dado a modismos”. Como vemos, tanto nas oficinas do Fotoclube no final dos anos 1940, como nas experiências da Editora Abril e no jornal O Povo, temos um profissional disposto a compartilhar informações técnicas e estéticas, além de enfatizar a importância de construir um repertório cultural amplo e diversificado para poder dar conta das mais diferentes situações enfrentadas pelo fotógrafo profissional.

O livro

No Brasil, nós não temos a tradição do livro de fotografia autoral. Só mais recentemente é que vimos aflorar uma indústria gráfica de qualidade, um avanço na pesquisa da história da fotografia e a necessidade de publicar livros autorais, com trabalhos de artistas que marcaram época na fotografia brasileira. Apesar de ter produzido uma fotografia quase que essencialmente utilitária, centrada no retrato, na publicidade e na fotografia comercial, Chico Albuquerque tem sua fotografia presente em poucas publicações. Em 1951, constatamos sua presença no livro Isto É São Paulo, Edições Melhoramentos, que publicou uma série de livros sobre os estados brasileiros, ao lado de fotógrafos como Alice Brill, Leon Liberman, entre outros. Outra edição importante é Brazil – portrait of a great country, de 1959, editado pela Colibris Editora Ltda., destinado a divulgar a imagem do país.
Depois temos as duas edições do livro Mucuripe, que contam com os ensaios realizados em 1952 e 1988. Mais recentemente, foi incluído nos livros Mar de Luz – litoral do Ceará, da editora Tempo d’Imagem, de 2000, e Ceará Terra da Luz, publicado pela Terra da Luz Editorial, em 2005. Ambos reúnem praticamente os fotógrafos da terra e são bastante eloquentes do ponto de vista imagético.

Como deixou claro em inúmeras entrevistas, fotografia é domínio técnico e para isso é preciso saber enxergar e saber dar importância ao assunto, ao fundo e à luz que incide sobre os objetos e sobre as pessoas. Essa é a condição mínima para despertar a emoção e a criatividade, romper as convenções e transpor os limites da imaginação. Francisco Albuquerque, por todas as razões expostas ao longo deste texto, pela sua incrível trajetória no mundo da luz, por sua disponibilidade em compartilhar os seus momentos especiais em magníficas fotografias, por sua fiel amizade com outros artistas e intelectuais, pela sua ousadia e competência, está entre os grandes nomes da fotografia do século XX produzida no Brasil.


Vítima de um enfarte fatal, Chico Albuquerque faleceu em 26 de dezembro de 2000 sem assistir ao lançamento de Mucuripe – livro coletânea de 63 fotos em preto e branco registradas na praia da capital cearense, dez anos após as filmagens de It’s All True. Chico Albuquerque faleceu na madrugada seguinte ao dia em que conferiu a prova do livro que estava fazendo.Vítima de um enfarte fatal, Chico Albuquerque faleceu 26 de dezembro de 2000 sem assistir ao lançamento de Mucuripe – livro coletânea de 63 fotos em preto e branco registradas na praia da capital cearense, dez anos após as filmagens de It’s All True. Chico Albuquerque faleceu na madrugada seguinte ao dia em que conferiu a prova do livro que estava fazendo.


Fotos da Galeria Mucuripe



Vídeo Terra da Luz Editorial 



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