Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Pirambu



Anos 70, construção da av. Leste/Oeste


O bairro do Pirambu localiza-se na zona oeste de Fortaleza em antigo terreno marítimo ocupado inicialmente por pescadores. A área foi povoada de forma mais intensa na década de 1950, principalmente com a vinda de migrantes do Interior na seca de 1958. Chegam em uma área de morro, com poucas condições para habitação. Nas décadas de 1960, torna-se o bairro mais populoso da cidade.

Av. Presidente Castelo Branco - Anos 80


A "favela" e o presidente: Ainda em 1957, o aparecimento de um grileiro motivou a população do Pirambu a se organizar contra a expulsão da terra. Moradores seguiram naquele ano até o Palácio do Governo para falar com o então presidente da República Juscelino Kubitschek, que estava visitando Fortaleza. Temporariamente, a ameaça de expulsão foi sustada.


"Vem vê ó Fortaleza
O Pirambu passar
Somos pessoas humanas
Temos direito que ninguém pode tirar"


Trecho do Hino do Pirambu composto por padre Gerardo Campos, irmão do padre Hélio Campos.


Milhares de pessoas saem da periferia e tomam as ruas do Centro de Fortaleza no primeiro dia do ano de 1962. O cortejo é acompanhado por uma população curiosa, que lota janelas e calçadas. Na multidão, o sentimento de luta contra as injustiças sociais. "É pecado mortal morrer de fome", "Queremos solidariedade". "Ricos e pobres, somos todos irmãos", "Defendemos a dignidade humana", anunciavam as faixas. A Marcha do Pirambu correu a cidade, foi destaque em rádios e jornais, e consagrou o movimento do bairro como um ícone de resistência à expulsão.
"Foi um marco. O povo estabeleceu um divisor de águas na busca de suas conquistas", afirma o professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), José Borzacchiello da Silva. O ato foi organizado durante dois anos antes, com uma preparação em cada quarteirão, e pregações durante as missas do vigário do bairro, padre Hélio Campos. Registros em jornais e pesquisas oscilam o número de participantes da passeata entre 20 e 30 mil pessoas. A resistência organizada e pacífica se tornou destaque na história da cidade, em um contexto em que trabalhadores tinham pouca expressividade.

Igreja Santa Edwiges


As ameaças de expulsão eram conhecidas dos moradores do bairro, com pressões da Marinha, polícia e grileiros. De acordo com a professora do Departamento de Sociologia da UFC, Irlys Barreira, o Pirambu tornou-se um bairro pioneiro por ter agregado o movimento fabril, de Igreja e de moradores. Ela ressalva que, embora o bairro não seja totalmente constituído de operários, houve a participação de lideranças sindicais na organização do movimento pela permanência na terra. "Por ser um bairro com adensamento de indústrias, seus moradores participaram das mobilizações sindicais, criando objetivamente uma ponte de ligação entre a luta pela terra e a luta na fábrica", comenta.

Quatro meses depois da realização da Marcha, o decreto federal desapropria 151,1 hectares para fins sociais. O bairro passa a ter uso coletivo. Vitória do movimento e início de uma nova fase de organização comunitária, com novas demandas e desafios.


Leste-oeste anos 70


O Bairro Pirambu está localizado na área litorânea da zona oeste da cidade.
Alguns mapas, quando referem-se ao bairro, abrangem áreas que se localizam além dos limites configurados pela Prefeitura de Fortaleza, incorporando os bairros do Pirambu e Cristo Redentor, além de uma parte da Barra do Ceará. Isto ocorre porque esta área, no passado, era denominada de Grande Pirambu.


Um dos primeiros momentos da História do Ceará, no qual o Pirambu é citado, é a seca de 1932, quando neste local foi instalado um dos Campos de Concentração no Ceará. O Campo do Pirambu ou Campo do Urubu, como ficou conhecido.


O Pirambu já foi divulgado na mídia como um grande favela que ocupava todo o litoral oeste de Fortaleza. Este cenário começou a mudar a partir dos anos 1960, quando os moradores contam com o apoio do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e da Igreja Católica junto à imprensa Jornalística. A Igreja desempenhou papel fundamental, com a criação do Plano de Recuperação do Pirambu em maio de 1960. A principal figura da igreja foi o Padre Hélio Campos, que contribuiu para chamar a atenção da Administração pública pelas emissoras de rádio e jornais para atender a demanda dos moradores do Bairro. Com a ajuda do Padre Hélio Campos, ocorreu no dia 01 de Janeiro de 1962, a Marcha do Pirambu, cujo o objetivo foi reivindicar a desapropriação das terras obtidas com o Decreto Lei nº1058 de 25 de maio de 1962. Esta passeata reuniu 20 mil pessoas no seu percurso até o centro da cidade.

Postal de 02 de julho de 1974

Após a Marcha do Pirambu, o Bairro contou com o apoio de políticos influentes, como o então Ministro de Viação e Obras Públicas do governo de João Goulart, senhor Virgílio Távora. Neste momento, as terras passaram a pertencer à União. Esta instância concedeu à igreja a responsabilidade de administrá-las. Não suportando as ações impostas pela Congregação, os moradores entraram em conflito com esta. Na tentativa de apaziguar e desarticular o movimento, o Padre Hélio Campos foi transferido para o Maranhão, e o Grande Pirambu foi dividido com a construção de duas paróquias, originando dois bairros com seus respectivos nomes, a paróquia da Nossa Senhora das Graças e a do Cristo Redentor. Esta divisão também promoveu a origem de líderes comunitários que formaram várias associações na luta pela melhoria do Pirambu.


Francisco Hélio Campos nasceu no dia 24 de julho de 1912 em Quixeramobim, município a 224 quilômetros de Fortaleza. Ordenado padre em 5 de agosto de 1937, foi vigário do Mucuripe, município de Senador Pompeu, Pedra Branca, Minerolândia, capelão do Hospital Psiquiátrico e Instituto Beneficente São José, entre outras funções. Em 1958, chegou para assumir a função de vigário da recém criada paróquia de Nossa Senhora das Graças e Pirambu. Faleceu no dia 23 de janeiro de 1975.



Em 1973 foi construída a avenida Presidente Humberto de Alencar Castello Branco (Leste-Oeste), com o objetivo de ligar a zona industrial na Barra do Ceará à zona portuária do Mucuripe. A partir deste momento, o Pirambu recebe nova delimitação, passando a ser dividido pela avenida Leste-Oeste. Deste modo, Pirambu é somente a parte do lado do mar, enquanto que os moradores do lado oposto tentam se distanciar da imagem ruim associada ao lado do litoral. Neste momento ocorre a transformação da praia da Leste-Oeste em local de lazer popular.


Curiosidade: Pirambu, em tupi-guarani, quer dizer peixe-roncador, daqui vem o nome deste bairro, o qual foi dado devido ao peixe Sargo-de-beiço, também conhecido como Pirambu.


Há vários projetos sociais ligados ao bairro, dentre estes, existem escolinhas de futebol de salão, onde os treinos ocorrem, principalmente, no parque da Costa-Oeste. O Pirambu também contempla vários times de futebol amador, tanto futebol de campo como de praia.


O principal ponto para práticas esportivas é o parque da Costa Oeste, o qual abrange duas quadras para futebol de salão e um campo.


No Pirambu encontra-se o Centro Cultural Chico da Silva, onde organizam-se encontros, eventos, cursos de dança, música, teatro, folclore, lazer, reciclagem com arte, embalagem e o cursinho alternativo.


Em uma história em quadrinho da Marvel Comics  publicada em 2006, o personagem do X-men chamado Wolverine passa suas férias em Fortaleza, mais precisamente, no bairro Pirambu. Apesar de não identificar em qual período histórico se passa a trama, os elementos culturais dão pistas de que tenha sido na de década de 1950, quando o Pirambu já era uma grande área de retirantes de secas, tendo sido alvo prioritário do recrutamento de mão-de-obra barata para trabalhos em condições desumanas em várias regiões do Brasil. No enredo, ele se depara com a vida dura dos meninos de rua.

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Observação (26/10) - Recebi um e-mail me alertando que essas fotos da postagem, na verdade não são do Pirambú e sim do bairro Arraial Moura Brasil.
Colocarei agora algumas fotos do bairro:






Pirambú, Fortaleza, Ceará, Brasil


Fonte: OPovo, Pesquisas na internet

domingo, 16 de maio de 2010

Bairro Monte Castelo


O bairro em 1993

Este ano de 2010, o bairro vai completar 65 anos de existência. A comunidade foi batizada de Monte Castelo, no dia 15 de junho de 1945, após um decreto municipal, assinado pelo prefeito da época (Raimundo Alencar Araripe).


Praça Coronel João Pontes

Antes, o bairro era chamado Açude do João Lopes. No Monte Castelo, funcionou durante muitos anos o Primeiro lixão da cidade, na realidade um forno crematório.


O tradicional e famoso "Alicate" do Monte Castelo

Um dos lugares mais conhecidos do Monte Castelo é a Praça Redonda. Esse é o nome popular, porque o nome oficial da praça é Coronel João Pontes. Lá, são realizados os festivais de quadrilha e vários eventos do bairro. O arraial será no começo de Julho. E o bairro tem algumas curiosidades. Por exemplo, era no Monte Castelo que ficava o crematório de lixo da capital. Isso entre as décadas de 40 e 50.
Antigo João Lopes. O primeiro nome veio por causa do açude que fica no bairro e abastecia os moradores. Era ainda a área de lazer e até a fonte de renda. Nas décadas de 50 e 60 todos conheciam as lavadeiras do Monte Castelo. A lavadeira, Maria José Ancelma era uma delas. Há 30 anos, lavava roupa nos riachos que vinham do açude. “Naquela época as lavadeira viviam andan do com trouxas. Algumas deixavam os filhos largados em casa, lavavam roupa alí no corrente da marinha. As lavadeira eram muito conhecidas; aqui no bairro tinham várias”, lembra Ancelma.

O nome Monte Castelo, foi uma homenagem à batalha vencida pelos brasileiros na Segunda Guerra Mundial.
A Praça Redonda, no limite do bairro com São Gerardo é referência. Nela ficava o Clube do Internacional, que agora só existe na memória dos mais antigos. Como a pensionista, Maria de Lima Albuquerque, que frequentava o clube com a família. A saudade fica mais forte neste mês de junho. “A gente dançava muito no São João, eu lembro”, diz a pensionista.
A dona-de-casa, Nícia Coelho, sempre pára em frente ao antigo clube. Ela e todas as amigas do bairro gostavam dos dias de festa. “A gente sempre ia com as amigas. Todo mundo ia. Ave Maria! Era tanta gente nessa festa…era muito animado”, conta a dona-de-casa.

O Monte Castelo tem ainda a fé no Senhor do Bonfim. A igreja já mudou de endereço, mas a paróquia é tradicional, tem 52 anos. Os moradores também se orgulham da capela Mãe Rainha, que fica no limite com o São Gerardo. E eles ajudaram a construir. Mas o que o bairro guarda como a maior riqueza é a memória dos moradores mais antigos. Gente como o aposentado, José Geraldo, de 85 anos. Os 55 últimos vividos no Monte Castelo. Ele se lembra por exemplo de onde asisstiu a Copa do Mundo de 1970, quando a única televisão era preto e branca e pública. “A televisão ficava alí onde tinha um chafariz e era na areia. Ela era colocado em uma coluna que fizeram e algumas pessoas ficavam em pé, outras levavam cadeiras, sentavam alí até 9h ou 9h30 da noite”, lembra o aposentado.

Monte Castelo é um dos bairros mais antigos da Capital, onde segundo os moradores muitos costumes não mudaram.
Dona Zuleide Pontes é aposentada. A ligação dela com a Praça João Pontes, no bairro Monte Castelo, não é mera coincidência. Ela conta que não só a praça, mas toda área que compreende o bairro Monte Castelo, pertencia ao sogro. Os lotes foram vendidos aos poucos e o lugar, ganhando características próprias.
Em 1945, já como bairro, ele ganhou o nome que tem até hoje. Foi uma homenagem do então prefeito Raimundo Araripe à vitória dos brasileiros no norte da Itália durante a batalha de Monte Castelo.
Mais de 60 anos depois, os moradores do Monte Castelo se orgulham do lugar e dizem que motivos não faltam.
Para seu Raimundo Holanda, o tempo passou rápido, mas alguns costumes não mudaram.
A amizade entre os antigos moradores também é preservada. Um forte motivo para muita gente não querer sair do bairro.








Fonte: Tv Verdes Mares, pesquisa na internet e fotos de Paulo Campelo

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ceará o Wellington Muniz :D


Francisco Wellington de Moura Muniz, mais conhecido por Ceará.

Integrante do programa Pânico na TV e do Pânico, na rádio Jovem Pan, imita diversos personagens, sendo Sílvio (imitação do apresentador Silvio Santos que, junto com o Repórter Vesgo, apresenta quadros de sátiras dos artistas), seu principal personagem.
Wellington Muniz começou sua carreira de humorista apresentando-se em bares de Fortaleza. Posteriormente, apresentou um programas na Rádio Cidade e outro na Rádio Verdes Mares AM . Um dos seus personagens mais conhecidos, até então, era Paulo Jalaska.



Em 1997, foi convidado para atuar na Jovem Pan FM, em São Paulo. Foi nesta época que recebeu o apelido de Ceará, em alusão ao seu local de nascimento. Na rádio, tornou-se um dos integrantes do programa Pânico, além de apresentar seu próprio programa, intitulado Paulo Jalaska.



Em setembro de 2003, começou a se destacar ao imitar o apresentador Sílvio Santos no programa Pânico na TV. Faz grande sucesso quando une-se, em 2004, ao personagem Repórter Vesgo, interpretado pelo humorista Rodrigo Scarpa. Juntos, começaram a invadir festas para as quais não eram convidados, importunando celebridades, pseudo-celebridades e anônimos com perguntas e atitudes politicamente incorretas. O sucesso da dupla foi tão grande que logo se tornaram a principal atração do programa.

Em 2005, Wellington Muniz foi proibido por Sílvio Santos de interpretar seu personagem principal homônimo. No entanto, após exibirem, no programa Pânico na TV, a busca pela autorização da utilização do personagem, em um quadro chamado "Renova Sílvio", Wellington e seu companheiro conseguiram a assinatura do contrato de Sílvio Santos, válido por dois anos. Com a expiração do contrato, em 2007, a dupla lançou-se em nova incursão, resultando na renovação da autorização, ocorrida durante uma entrevista com Sílvio Santos em Los Angeles, nos Estados Unidos.


Bem novinho na Rádio Jovem Pan



 Ainda em 2007, Wellington Muniz deixou a Jovem Pan para dedicar-se exclusivamente ao Pânico na TV.

Wellington Muniz também atuou como dublador em dois filmes: A Terra Encantada de Gaya, dando voz ao personagem Boo, e Asterix e os Vikings, fazendo a voz de Obelix.
Ele se arriscou várias vezes ao longo dos anos no programa Pânico na tv. Ele já teve de colocar dez pinos de titânio e duas placas em seu punho esquerdo, após sofrer uma agressão durante a gravação do programa Pânico na TV, em 2005.


Wellington tem quatro irmãos, sendo que o caçula, João, é cantor profissional aqui em Fortaleza.


Curiosidades do Ceará


Wellington já foi tímido:

Quando criança, era muito introspectivo, não se enturmava. Até que seu pai o matriculou em um curso de mecânica. Lá, ele descobriu o verdadeiro dom do humor.
Com 13 anos, Wellington teve a certeza que queria ser humorista e não desistiu do seu sonho.
O início: aos 16 anos, junto com o amigo Ivan, Wellington passou a se apresentar em bares de Fortaleza, fazendo shows de humor. Nesta época, Wellington se apresentava caracterizado: rosto pintado e peruca. A dupla durou um ano e meio.
A mudança: queria fazer o pessoal rir de cara limpa”, conta o humorista. Com este objetivo, Wellington montou um show onde cantava, contava piadas e fazia imitações, em hotéis e bares.
Dificuldades: esta foi uma época difícil, muitas vezes por causa da falta de público e problemas técnicos, entretanto, nem nestas horas ele desanimava.
Foi difícil, mas fazia piada com as dificuldades, como falta de público, problemas no som”, acrescenta.
Rádio: Wellington conseguiu superar a má fase e passou a apresentar dois programas, um na rádio Cidade e outro na rádio Verdes Mares AM. Um dos seus personagens mais conhecidos era Paulo Jalaska.






O convite para Jovem Pan: Sucesso em Fortaleza, Wellington foi chamado pelo pessoal da rádio para integrar a equipe de São Paulo, em 1997. Segundo ele, foi uma oportunidade, pois veio para capital paulista com contrato assinado e lugar para morar.
Origem do nome Ceará: quando Welligton foi conhecer a equipe da Jovem Pan, logo ganhou o apelido de Ceará – em razão de ser cearense. O humorista gostou da idéia, já que seu nome é muito grande (Francisco Wellington de Moura Muniz). Já Ceará é mais fácil de escrever e memorizar.
Além de participar há 10 anos do programa Pânico, Ceará também apresenta há nove anos o programa Paulo Jalaska – transmitido nas filiadas da rádio Jovem Pan toda manhã, menos para São Paulo.

Em setembro de 2003 começou a se destacar ao imitar o apresentador Silvio Santos no programa Pânico na TV.


Caracterização: Ceará não se apresenta no Pânico na TV sem a sua dentadura.
A dentadura: Welligton costumava usá-la em seus shows, quando imitava o Anderson, do grupo Molejo. Um dia, quando estava imitando Silvio Santos no programa da rádio, acabou colocando a dentadura para brincar. Todos adoraram. Então, passou a usar esta caracterização no Pânico na TV, já que quando gravou o piloto da atração, não se sentiu à vontade ao fazer o quadro de cara limpa.
Personagem Silvio Santos: optou pelo apresentador por achar que sua imagem passa respeito e credibilidade. Deu tão certo, que esta passou a ser sua caracterização oficial no programa. “Cuido deste personagem como nenhum outro. Tenho um carinho muito especial”, acrescenta.


Renova Silvio: em 2005, Silvio Santos proibiu que humoristas o imitasse. Para não perder seu maior personagem, Ceará e Vesgo iniciaram uma caçada atrás do apresentador.
A autorização para imitar Silvio Santos foi assinada em 10 de maio de 2005 - o apresentador colocou um tempo limite de dois anos. Na ocasião, os humoristas conseguiram o contrato quando Silvio Santos saía do salão Jassa, em São Paulo.

Com o vencimento do contrato, Ceará e Vesgo iniciam uma longa jornada em busca da renovação da autorização. Os problemas acabaram no dia 25 de maio, quando os humoristas conseguiram falar com Silvio Santos, em Los Angeles, Estados Unidos.
Entrevistas inesquecíveis: Sílvio Santos, quando saía do salão Jassa; Copa do Mundo 2006 e Argentina.
Quem ainda quer entrevistar: cantor Roberto Carlos e Pelé.
Sufoco: Na tentativa de entregar as sandálias da humildade para Diego Armando Maradona no início de 2005, em Buenos Aires, Ceará, vestido de Pelé, acabou quebrando seu punho ao jogar futebol com os moradores locais, devido a uma entrada desleal de um deles.


Dança do Siri: “apareceu na hora certa”, diz Wellington. O criador da dança é um fã da turma do Pânico (Cristiano, de Belo Horizonte). O jovem que participou de uma promoção que procurava um substituto para o Carioca, virou amigo da equipe. Em uma de suas visitas ao estúdio, mostrou a dança do caranguejo para Ceará. Ele gostou e a adaptou da sua forma.
Um dia ele me mostrou a dança do caranguejo, eu fiz do meu jeito desengonçado, coloquei as garrinhas. Passei a chamá-la de dança do Siri. É um sucesso no Brasil”, conta.
Muitas celebridades já dançaram com Ceará e Vesgo, entre elas Silvio Santos e Gugu Liberato.
Qual é a Musica:teve um ótimo índice de audiência, pois juntou dois públicos: aqueles que gostam da gente e aqueles que admiram o maior apresentador da tevê brasileira”.
Uma importante lição: entrevistar apenas aqueles que querem falar. Aqueles que os evitam, os humoristas desitiram de correr atrás. Para Wellington, a imagem fala mais que mil palavras.
Respeito: o humorista não imaginava que o reconhecimento fosse acontecer desta forma, para ele é algo muito gratificante. Hoje, eles recebem toques e conselhos de importantes personalidades do meio artístico, como Silvio Santos, Fausto Silva e Pelé.
Um momento: quando estava no aeroporto e Pelé chegou perto dele para elogiar o trabalho da dupla, afirmando que costuma sempre assistir o programa ao lado da família.
Objetivos: “nunca pensei em seguir outra área. Sempre acreditei em mim, mesmo que os outros não acreditassem. Quando tomo uma decisão, vou atrás”.
Sucesso: “é difícil de manter, mas sempre buscamos a qualidade”.
Outros trabalhos: participou das dublagens dos filmes A terra Encantada de Gaya, como o personagem Boo, em janeiro de 2006, e Asterix e os Vikings, como o personagem Obelix, em setembro de 2006.

Entrevista da Revista ISTOÉ Gente:
Ele perseguiu Silvio Santos até nos Estados Unidos. Junto à sua trupe, foi à emissora rival e alçou o programa Qual É a Música ao primeiro lugar do Ibope, derrotando a Rede Globo. Wellington Muniz, o Ceará, do Pânico (programa da Rede TV e rádio Joven Pan), tanto fez que conseguiu: o dono do SBT assinou uma nova autorização que permite ao humorista continuar a imitá-lo. “Foi complicado”, afirma ele, que carrega no punho esquerdo marcas deixadas por gente que perdeu a cabeça com o humor de seus intrépidos personagens. São dez pinos de titânio e duas placas, resultado de uma agressão que sofreu de um hermano durante a gravação do programa em um campo de futebol na periferia de Buenos Aires.

“Eu mesmo fiz o microfone, confiro se a peruca está legal, vou ao protético para ver a dentadura”

Eram nove e meia da manhã da terça-feira 12 quando a equipe da revista ISTOÉ Gente entrou no apartamento de Wellington, 34 anos, em um bairro de classe média alta em São Paulo, onde mora com a nutricionista Tatiana Muniz, 28 anos. Ele demorou dez minutos para aparecer na sala e pediu desculpas pelo atraso – e a cara de sono. “Normalmente acordo às dez”, justificou, antes de soltar a primeira das piadas, em tom de aviso.

“Eu falo muito, hein? Fui vacinado com uma agulha de vitrola.”

Por que foi tão complicado convencer o Silvio Santos?
A gente ficou quase um mês nessa novela, correndo atrás. Ele é um apresentador, um comediante, também. Uma vez fez uma pegadinha com uma repórter de uma revista, disse que ia morrer. Ficava na dúvida: será que o Silvio tá brincando comigo? Será que ele está falando sério? Mas não era brincadeira.


Ele colocou alguma restrição na autorização? Tenho que cuidar bem da imagem dele. Não posso fazer nada que possa difamá-lo. Posso fazer a voz, os trejeitos, mas não posso colocar o ridículo numa imagem que ele construiu há mais de 40 anos. Na época em que ele me liberou para imitá-lo pela primeira vez, há dois anos, foi bacana porque fiz vários trabalhos legais, campanhas. Mas não quero nunca tirar proveito de nada disso. Minha emoção é prestar essa homenagem a este grande homem de televisão. Tenho ele como um ídolo.


Disse que não quer tirar proveito do personagem. Fica incomodado com esses comentários?
Não sou o primeiro nem vou ser o último a prestar essa homenagem. E eu cuido desse personagem com carinho até mais do que dos outros. Eu mesmo fiz o microfone, confiro se a peruca está legal, vou ao protético para ver a dentadura. Achava que ele estava incomodado com aquele sorriso meu, encavalado. Mandei fazer outra dentadura, como se fosse o sorriso dele mesmo, em maiores proporções, mas tudo alinhado. O próprio Silvio disse “não, fica com essa, essa que é a boa”. É legal ele falar isso.

Toma o mesmo cuidado com o personagem do Clodovil?
Vou ser sincero: o Clodovil eu faço mais caricato ainda, mais louco, sem pudores – e as pessoas gostam. Faço o mais caricato possível, às vezes até esqueço da própria voz para fazer mais caricato. Tento sempre homenagear, mas para cada personalidade a homenagem é diferente.

Como se sente ao ver seu ídolo fazer a “dança do siri”?
Poxa... Nem acredito. Mas na época do Topa Tudo por Dinheiro o Silvio Santos fazia essas brincadeiras, dançava com as colegas de trabalho. Ele é um cômico. Antes do programa ele mesmo vai aquecer o auditório. É bonito o carinho, o contato que ele tem com o público.

A autorização para imitá-lo foi renovada por mais dois anos?
Não, não tem data lá. Tem só a data que assinou.





Reportagem Revista Contigo:

Nome: Wellington Muniz

Apelido: Ceará

Idade: 36 anos

Local de nascimento: Fortaleza (CE)

Peso: 82 quilos

Altura: 1,78 metro

Estado civil: Casado com Tatiana Muniz, 30, estudante de desing de interiores

Qual é sua maior qualidade? Sinceridade. Falo olhando nos olhos

E seu maior defeito? Acho que os maiores são: o excesso de autocrítica e o perfeccionismo

Qual é a característica mais importante em um homem? O caráter

E em uma mulher? O dom de procriar

O que você mais aprecia em seus amigos? A amizade e o respeito que eles têm por mim

Sua atividade favorita é: Pegar uns três filmes e ver tudo em um dia só com a minha mulher

Qual é sua ideia de felicidade? A felicidade só é intensa e se multiplica quando sabemos dividi-la

E o que seria a maior das tragédias? Com certeza, a morte. Não para os que partem, mas para os que ficam

Quem você gostaria de ser se não fosse você mesmo? Bill Gates ou Steve Jobs

E onde gostaria de viver? Em um lugar onde não tivesse violência

Qual é sua viagem preferida? Para a Grécia, com a minha mulher

Um animal: A águia, pois ela alça os maiores voos e nunca cai

Quais são seus autores preferidos? Machado de Assis, Jorge Amado e Raquel de Queiroz

E seus cantores? James Cullum, Norah Jones, Ivete Sangalo, Maria Bethânia, Amy Winehouse...

Que superpoderes gostaria de ter? O de voar e o de ficar invisível

Qual é sua palavra favorita? Persistência

O que você mais detesta? O puxa-saco

Que dom você gostaria de possuir? O da sabedoria

Como você gostaria de morrer? Dormindo

Qual é seu atual estado de espírito? Inquieto, sempre busco novos desafios


Qual é o lema de sua vida? Não existe vento bom para quem não sabe a direção de onde quer chegar

Uma mania: Falar sozinho

Uma lembrança de infância: O primeiro dia de aula. Lembro que minha mãe me deixou na escola e chorei muito achando que ela não fosse voltar


Em que ocasiões mente? Prefiro dizer que às vezes omito

O primeiro beijo: Foi com uma prima quando criança

A primeira vez no sexo foi... Com uma namorada, aos 15 anos

Uma vaidade: Andar sempre perfumado

Qual é seu maior medo? A velhice e a solidão

O que o irrita? A hipocrisia e a falsidade

O que você não gosta no próprio corpo? Acho que as minhas canelas. Elas podiam ser um pouco mais grossas

O que ou quem é o maior amor de sua vida? Minha mulher, minha profissão e minha família

Qual é o seu maior tesouro? O privilégio de há 20 anos viver no Brasil fazendo humor

Qual foi a maior tristeza de sua vida? A separação dos meus pais, quando eu era criança

O que não tem graça? A desgraça dos outros

Quem não tem graça? O humorista que é mau-humorado fora do trabalho



Entrevista ao Famosidades:
Há seis anos no elenco do "Pânico na TV", Wellington Muniz virou presença garantida em diversos eventos. Ao lado do seu fiel parceiro, o repórter Vesgo, inferniza (no bom sentido, claro) as celebridades, arrancando risadas do telespectador. O raciocínio rápido e a inteligência são marcas desse cearense, nascido em Fortaleza.

"Tem que prestar muita atenção na conversa e, dependo do que a pessoa soltar na resposta, você procura um gancho para fazer uma piada em cima daquilo. Isso é essencial para fazer piada de improviso", afirma, em entrevista ao Famosidades.

Nessa entrevista, o "Silvio do Pânico" conta essas e outras curiosidades, expondo sua face mais séria: a do profissional que, quando o assunto é trabalho, não há espaço para brincadeiras. Ainda que, curiosamente, esse seja o principal instrumento do seu ofício.

FAMOSIDADES - Você acredita que as pessoas te levam a sério?

WELLINGTON MUNIZ - Eu acredito que sim. Por exemplo, as pessoas me abordam na rua como o Ceará, o profissional, sabe? Esquecem dos personagens. E eu fico muito surpreso, porque na televisão eu estou de dentadura, peruca, e muda muito meu rosto. E eu sempre achei que os personagens aparecessem mais do que eu. Acho isso super bacana. Na rua, me abordam com carinho e com respeito; não chegam zuando, eles querem conversar, aí pedem uma foto, um autógrafo. Mas a minha vida também não mudou em nada, não mudei meu jeito de ser por causa disso. Ando na rua normalmente, só de vez em quando me olham com aquela cara de "Você é o Ceará, você é o Silvio?" [risos].

Houve uma mudança no humor de hoje? Há uma maior liberdade, as pessoas aceitam melhor?

Com certeza. Mudou muito. Mas vale lembrar que os outros formatos como "A Escolinha do Professor Raimundo" e "A Praça é Nossa" vão continuar, e não têm que acabar mesmo. Agora, o humor está se renovando, está vindo com novas propostas. Hoje o cara não precisa mais ser baixinho, feio e careca para fazer piada. Tem o humor de cara limpa, que é o stand up, onde você pode faz graça em cima das situações do dia a dia, coisas pelas quais você esteja passando. E o humor está indo por esse caminho, tem gente que gosta, tem gente que não gosta.

Pensa em fazer um trabalho voltado para o formato stand up?

Tem muita gente fazendo isso hoje. Muita gente boa, claro. Mas tem muitos pegando a carona. Eu não discrimino porque acho que todo mundo deve tentar, e ir atrás do seu ganha pão. Eu comecei fazendo shows de humor, mas não era stand up. Eu contava histórias, e fazia algumas imitações. Não adianta pegar carona e achar que dá para fazer. Quero ser original no que eu faço.
Como você descobriu que era capaz de fazer humor?

Sem querer, nunca me achei engraçado. Quando criança eu não era de falar, tinha muita vergonha. Eu ficava no meu mundo, era muito tímido. Foi quando, aos 13 anos, coloquei na cabeça que queria ser humorista. E aí que a coisa aconteceu mesmo. No começo eu me achava meio incapaz, então via o meu pai, que sempre foi muito engraçado. Ele chegava contando piada, fazia amizades facilmente. Eu queria isso para mim.



Em qual humorista você se inspira?

Não que eu me inspire, mas eu considero como grande mestre o Chico Anysio. Ele tem facilidade de criar personagens não só para ele, mas para os outros também. Quando o Chico fazia seleção de atores para "A Escolinha do Professor Raimundo", ele pegava os mais engraçados e criava o personagem ideal para aquele tipo de pessoa. Ele conseguia criar qualquer personagem. Era o dom que o Chico tinha, de humor, de mudar de voz.

O humor do "Pânico na TV" é aquele mais critico. Você não acha que às vezes o programa extrapola nas brincadeiras?

Hoje não. Quando começamos com, em 2003, disputávamos a audiência do domingo, junto com o Faustão [Fausto Silva] e todo esse pessoal. Então, a maneira de chamar atenção era aquela mesma, de fazer brincadeiras, ser mais incisivo nas perguntas, não falar aquilo que as pessoas gostariam de ouvir. O artista é vaidoso e quer sempre os elogios, e nós procurávamos justamente ir pela contramão. A personalidade escolhia um vestido feio para ir ao evento, e a gente mandava: "Você veio vestida com a capa do sofá da sua avó?". Era esse tipo de brincadeira. Mais para sair daquela babação de ovo, rasgação de seda em cima das celebridades. Mas nunca foi para ofender. Só que cada um tem o direito de falar o que quiser, e também escuta e responde quem quiser.

Há um limite para as brincadeiras?

Isso depende da abertura que a pessoa dá para você. Cada um é diferente. Você sente isso na hora do feedback. Eu tomo muito cuidado, porque é uma linha tênue mesmo, não dá para saber o limite. Nunca pensei, por exemplo, que o Silvio Santos faria a "dança do siri" na frente das nossas câmeras. Ele deu muita liberdade para poder brincar com ele. Pensávamos que o Sílvio não falaria com a gente, que diria: "Não, aqui é o Senor Abravanel, vim só cortar o meu cabelo". E ele não só falou como brincou muito. Fiquei surpreso, é um homem que nunca parou para dar entrevistas, a não ser para a própria emissora.




Seu personagem Clodovil apareceu algumas vezes vestido de anjo. Não acha de mau gosto voltar a imitá-lo, já que faleceu?

Não, porque o Clodovil era uma pessoa alegre. Quando eu voltei com ele usando as asinhas foi mais uma homenagem, em momento algum quis difamá-lo. Trata-se de uma figura muito controversa da televisão brasileira, uma figura que, muitas vezes, pagou por falar demais, mas esse era o seu estilo. Existem poucos apresentadores com a personalidade, com o dom da comunicação, que o Clodovil Hernandes tinha. Gostaria muito de voltar a fazer o Clodovil mais vezes, as pessoas até me cobram isso nas ruas. Mas ele tem que voltar no momento certo, quando couber na pauta.

A Gabi Herpes, imitação da jornalista e atriz Marília Gabriela, tem feito muito sucesso. E agora tem a participação de artistas, confrontando o imitador com o imitado. Vocês pretendem levar isso adiante?


É sempre bom mesclar os personagens, que os meninos do "Pânico" fazem muito bem, sempre usando o factual, com as celebridades de verdade. Isso tudo começou com a Marília Gabriela. Ela me ligou para dar os parabéns, falar que tinha gostado muito da minha homenagem, e eu aproveitei para convidá-la a participar do programa. Ela foi super carinhosa, muito gentil, e eu só tenho que agradecer. Quando tiver outro convidado bacana, vamos levar na Gabi Herpes. Isso deixa o quadro muito mais engraçado.

Como você compõe seus personagens? Que elementos você usa?

Eu tenho que ser muito observador. Não pode só imitar alguém, você tem que dar vida ao personagem. Eu me atento muito a isso. Quando eu faço o Silvio, eu uso aquela dentadura que também é marca do Clodovil e da Dercy. Então, eu tento fazer de um jeito que o espectador não veja no Silvio algo que lembre o Clodovil ou outros personagens. Cada um tem suas nuances. A Gabi Herpes, por exemplo, eu tive que assistir a uns 40 vídeos para pegar a coisa. Prestei atenção aos exageros dos gestos, do olhar, as entonações da voz. Tem também a composição de indumentárias, como unhas postiças, anel, relógio, cabelo, maquiagem, enfim. É uma composição mesmo, não só imitação, o texto.

Você fez alguns trabalhos de dublagens em filmes, como "Terra Encantada de Gaya" e "Obelix". Pretende fazer mais trabalhos a esse respeito? Ou então cinema, atuando como ator em cena real?

Eu gostaria de fazer mais. É muito bacana. Dublagem você tem que pensar na voz, e encaixar certinho o texto no tempo exato da suas falas. Não é igual teatro, onde você faz o seu. Tem ator com 10, 20 anos de experiência em teatro, e não consegue se adaptar à técnica de dublagem, que é muito complicada. Ali, você tem poucos segundos para fincar sua fala com o movimento labial do personagem. E eu adorei fazer. Quero fazer outras coisas também, como cinema. No caso, gostaria de experimentar outra coisa, um drama talvez. Quero um personagem nada a ver com o que eu faço na televisão.



Francisco Wellington de Moura Muniz nasceu em 23 de fevereiro de 1973.

Wellington Muniz começou sua carreira fazendo quadros humorísticos em bares de Fortaleza, sua cidade natal. Depois apresentou-se em programas na Rádio Cidade e na Rádio Verdes Mares AM. Fazia, á época, imitação de Paulo Jalaska. Em 1997, foi convidado para atuar na Rádio Jovem Pan 2 FM, em São Paulo. Transferiu-se para a capital paulista e começou o seu sucesso.

Ficou sendo um humorista integrante do programa " Pânico", da Rádio Jovem Pan e também do "Pânico na TV", na Rede TV!. Ceará já começou fazendo imitação do apresentador Sílvio Santos. Foi tão bem, que junto com o " Vesgo", ele conquistou o público por invadirem as casas, as festas, imitando artistas famosos e fazendo seus quadros de sátiras. Em 2005, Sílvio Santos o proibiu de imitá-lo. Aí eles criaram o quadro: "Renova Sílvio",e mostravam as buscas pela autorização de Sílvio, que ia ao ar. Depois conseguiram a autorização por dois anos. Quando, em 2007, expirou o prazo, eles encontraram-se com Sílvio Santos e o entrevistaram em Los Ângeles, nos Estados Unidos.

Foi ainda em 2007, que Wellington Muniz deixou a Jovem Pan e ficou apenas no "Pânico na TV", na Rede TV!. Ele também foi dublador de dois filmes: "A Terra Encantada de Gaya" e " Asterix e os Vikings". Por ser bastante agitado e indomável, o humorista por duas vezes sofreu grandes contusões, em seus trabalhos. Teve que colocar dez pinos de titânio e duas placas em seu punho esquerdo e levou socos e agressões durante uma gravação em 2005.

Entrevista Istoé Gente:


É difícil de acreditar, mas Wellington Muniz, o Ceará, era tímido na infância. Responder “presente” na hora da chamada era um suplício. Foram anos para este cearense de Fortaleza, filho de uma cabeleireira com um policial militar – que sempre foi um contador de piadas – vencer a timidez. Wellington descobriu sua veia cômica durante um curso de torneiro mecânico. “Fui perdendo a vergonha, comecei a apresentar peças e a fazer imitações”, conta. Para decidir que rumo tomar na vida, foi um passo. “Virei para o meu pai e disse: ‘Faltam seis meses para eu terminar o curso e eu não quero mais sujar
as minhas mãos de graxa. Quero trabalhar em rádio, televisão e
fazer shows’.”

A família não gostou muito de sua escolha, por temer que ele não ganhasse dinheiro e não alcançasse sucesso. Mesmo assim, Wellington seguiu em frente. Aos 16 anos, começou a fazer shows de humor em churrascarias e bares – coisa que ele faz até hoje, pois adora estar no palco. Depois, conseguiu emprego numa rádio.
No início, me mandavam embora (depois dos testes). Diziam que
eu não tinha talento, não tinha voz
.” Em 1997, quando foi convidado para trabalhar na Jovem Pan, em São Paulo, ele era humorista em
três emissoras.

Silvio Santos, seu personagem mais popular, surgiu quando ele tinha 14 anos. “Para imitá-lo, me inspirei no disco de um cantor chamado Alípio Martins, que tinha umas imitações de vozes. Depois, passei a reparar no Silvio de verdade. Só que a imitação era ruim, eu não tinha voz”, conta. Por isso, ter conhecido Silvio Santos foi a realização de um sonho. “Na hora, não senti nada porque estava concentrado no personagem. Só que depois, na rádio, fiquei agitado, não conseguia me concentrar no trabalho e não parava de tomar café.”

Hoje, aos 32 anos, casado com uma estudante de nutrição, Wellington diz que está feliz com o reconhecimento e gosta quando é abordado nas ruas pelos fãs. “Acho legal quando me pedem para arrumar a peruca, que está sempre torta, e para desistir da dentadura, que é muito feia”, diverte-se.

Teste para a Gabi Herpes ainda sem maquiagem

A bizarra dentadura que usa para brincar de Silvio Santos lhe dá ânsia. Mas, mesmo sem seus disfarces, Wellington Muniz, o Ceará do Pânico na TV!, faz rir. Diverte até como adestrador ao perguntar para o seu cão se ele prefere: “Silvio Santos ou Raul Gil?” O mascote uiva parecendo responder “Rauuuuuul”. Despachado, anda pela casa descalço enquanto comenta os recordes de audiência que o programa tem alcançado atualmente na Rede TV!. “11 pontos. Ficamos até na liderança, sabia?” Fruto de um sucesso nada passageiro da trupe, e de Ceará – até seu porteiro o chama assim –, que vem provando ser um mil faces no humor. As paródias de Silvio Santos e Clodovil foram só o começo.

Perfeccionista, o humorista abre a internet para comentar o vídeo de um troféu recente: a entrevista que fez com Marília Gabriela, vestido de Gaby Herpes, sátira à jornalista. Está produzindo agora a paródia de José Luiz Datena, o escandaloso Dantena, e uma versão de Hebe Camargo. Enquanto explica como compõe seus personagens, atende o Repórter Vesgo (Rodrigo Scarpa) ao telefone, que quer um dica de vinhos. “Rodrigo, você quer beber coisa boa sem colocar a mão no bolso?”, brinca ele, enquanto fala do seu maior sucesso.

“Nunca achei que fosse um bom imitador do Silvio Santos. Mas passei a estudá-lo muito, comecei a usar anel parecido no dedo mindinho, relógio, pulseira, comprei o microfone igual”, conta. “Primeiro eu fiz uma réplica do microfoninho. Para isso serviu meu curso de torneiro mecânico (risos)“, continua. “Depois pedi para um amigo comprar um igual na Alemanha, em uma loja de relíquias.” Ambos os microfones funcionam. “Meu Silvio de hoje está até melhor que o original”, acredita o humorista, que falou ao TV & Lazer sobre o sucesso, convites da concorrência e sobre seu processo de criação.

Preparando um show solo para 2010, Ceará revira gravações antigas para escolher quais sátiras subirão ao palco. “Até seis meses atrás, eu não me via na TV. Achava que estava tudo péssimo, queria refazer”, conta. “Agora estou abrindo meu baú de personagens, de piadas, tudo para o meu show. É estranho ver que muita gente estava enganada”, continua. “Eu tinha tudo para não dar certo como humorista: tinha a voz fina, não tinha visual engraçado, até me diziam que eu não daria certo porque eu sou bonito demais para o humor (risos).”


PRIMEIRA APARIÇÃO DO SILVIO AINDA SEM A DENTADURA:


Outros tantos personagens são caracterizados por Ceará. O polêmico Clodovil Hernandes, a hilária Maria Bethânia, Roberto Carlos, Pelé... No total são mais de trinta caracterizações de personagens homenageando as celebridades.
Muito jovem ainda em sua terra natal, Fortaleza, iniciou sua carreira como humorista fazendo shows em bares da cidade e iniciou o trabalho em rádios locais como Radio Pitaguari, Radio Cidade e Verdes Mares AM. Em 1997, a convite da Rádio Jovem Pan FM, veio para São Paulo para integrar a equipe de umas das rádios mais ouvidas no país. Quem não se lembra do famoso programa de “Paulo Jalaska”, epidemia entre os jovens da época?
Daí pra frente Ceará não parou mais. Torno-se um dos maiores locutores de rádio quando o assunto era humor. Sempre fazendo o inusitado, atuou também como dublador nos filmes “A Terra Encantada de Gaya”, dando voz ao personagem BOO e no filme Asterix e os Vikings, fazendo a voz de Obelix.
Para o comediante fazer humor é a capacidade de rir e de fazer rir. Essa é sua principal receita de sucesso. Do rádio para TV, seus personagens tomaram fama, arrancaram gargalhadas e admirações. Para Ceará, a imaginação não tem limites.

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Avenida Beira-mar



Gravura, 1859, de Joaquim Carvalho

Vista da orla - 1927


1931 - Arquivo Nirez

Foto de 1937


Volta da Jurema - Postal de 1939


 10 de janeiro de 1939 - Raimundo Araripe, prefeito de Fortaleza, baixa decreto adendo ao Plano Diretor da Cidade, de construções.
Proibindo as construções, reconstruções, modificações, reformas de prédios ou quaisquer obras na faixa litorânea de Fortaleza, nas faces norte e nas faixas compreendidas entre elas e o oceano, das ruas e trechos: Rua dos Tabajaras, compreendido o seu prolongamento, a partir do Poço da Draga; Avenida Getúlio Vargas (hoje Avenida Beira-Mar) até a povoação do Mucuripe, inclusive; trecho da faixa oceânica, partindo do Poço da Draga, em direção ocidental, seguindo pelo perfilamento do Arraial Moura Brasil, que faz frente para o mar.
Quantas construções prejudiciais à Fortaleza existem hoje nos locais citados.

 22 de dezembro de 1945 - Em virtude do avanço do mar na Praia de Iracema e o plano de construção da Avenida Beira-Mar, a Prefeitura Municipal de Fortaleza proíbe as novas construções na orla marítima bem como reformas de prédios no mesmo trecho.



Estoril (Vila Morena) -1943 Arquivo Nirez

A Primeira Edificação da orla de Fortaleza...

A história da Vila Morena, (Estoril), primeira construção da orla de Fortaleza, começou em 1920, quando o pernambucano José de Magalhães Porto desafiou os conselhos de amigos, que alertavam que a praia era perigosa e suas ondas eram muito fortes, instalando ali a sua moradia e dedicando o nome dela, como era usual na época, à sua amada esposa Francisca Frota Porto, de apelido Morena. Foi o próprio José de Magalhães que ajudou o antigo Porto das Jangadas, que depois se chamaria Praia dos Peixes, a se chamar Praia de Iracema, bem como influenciou para que as ruas próximas à Vila tivessem seus nomes inspirados em tribos indígenas do Ceará.
A edificação da Vila foi feita em taipa, sem ajuda de engenheiros, e ali foram empregados materiais nobre, importados da Europa, como as vidraças das portas que vieram da França, as duas escadas caracol de ferro, fabricadas na Inglaterra e os vasos sanitários e louças oriundos da Alemanha. Durante a Segunda Guerra Mundial a família Porto saiu da Vila Morena, deslocando-se para uma outra casa ao lado e cedendo aquele espaço para o “United State Office”, que usou o local como clube de veraneio para seus soldados.



Praia do Náutico. Ao fundo, o Iracema Plaza Hotel... 
As casas de jangadeiro eram comuns na Beira-Mar - 1952

 19 de julho de 1952 - Inauguram-se as novas instalações do Náutico Atlético Cearense, nas Avenida da Abolição nº 2427, Avenida Desembargador Moreira e Avenida Beira-Mar, na Praia do Meireles, prédio com planta do arquiteto Emílio Hinko.



1959 - Os carros da época circulando no Mucuripe
(praia do Iate) ainda não asfaltado...Enciclopédia do IBGE


A construção da Avenida Beira-Mar 

A construção da Avenida Beira-Mar, iniciou-se em 1960, sendo inaugurada em 1963
 Arquivo O Povo 


 11 de agosto de 1962 - São iniciadas as obras de construção da Avenida Beira-Mar na administração Manuel Cordeiro Neto.
A Beira-mar de Fortaleza foi rasgada só em 1963, porém, ela sempre existiu antes dessa data.
As famosas e lendárias praias de Iracema e Mucuripe já despertavam o interesse dos fortalezenses antes de 1963:

"Em 26 de maio de 1964, o Diário Oficial do Município - Diom nº 3.019 traz a Lei nº 2.599 do dia 21, resultado do projeto de lei do vereador Antônio Bastos Sampaio, que denomina de Avenida Presidente Kennedy a Avenida Beira-Mar, que se encontrava em construção, mas que já tinha o nome de Avenida Getúlio VargasFoi uma péssima substituição. Felizmente não "pegou" e hoje é Avenida Beira-Mar." Nirez

Por isso que vamos ver como era essa região, que é considerada "Um símbolo da cidade", certamente a avenida mais importante do ponto de vista turístico da Capital da Terra da Luz.

A praia de Iracema surge, nos anos 1920, como uma novidade no contexto de Fortaleza: um balneário que passa a congregar os grupos mais ricos da cidade, introduzindo uma inédita forma de lazer dentro da cultura local.


Antes o local se chamava "Praia do Peixe", a praia da venda do peixe.
Ficou conhecida com esse nome até 1925.


Imagem rara aérea do porto em construção. Notar a Praia do futuro, à esquerda, sem nada... Arquivo Nirez


Anos 60


Beira-mar, meados dos anos 60 - Mucuripe ao fundo - Especial Manchete 25 anos


Postal Inauguração da Estátua de Iracema, em 1965 - Acervo Gilberto Simon


Postal raríssimo, da Praia dos Diários. Meados dos anos 60


Postal final dos anos 60 e os carros estacionados no Mucuripe

Anos 70

 10 de outubro de 1972 - Criação da Praça da Independência, na administração de Vicente Fialho. A praça fica na Avenida Presidente Kennedy (Beira-Mar), entre a Rua Júlio Ibiapina e a Rua José Napoleão, no Mucuripe, próximo à Volta da Jurema.

 13 de maio de 1973 - Inaugurado o primeiro hotel turístico de Fortaleza, o Hotel Beira-Mar do Grupo Ary, na Avenida Presidente Kennedy (Avenida Beira Mar) nº 3130. São 12 apartamentos, sete suítes e uma suíte presidencial. O projeto do prédio é de autoria do engenheiro Cláudio Ary. A casa terá na gerência o Sr. Virgílio Cruz

 12 de janeiro de 1979 - O prefeito Luís Gonzaga Nogueira Marques (Luís Marques) inaugura o trecho da Avenida Beira-Mar que vai do Imperial Palace Hotel até a Volta da Jurema: 

Urbanização da Beira-Mar

"O projeto de urbanização da Beira-mar compreende uma extensão de 4.500 m (quatro mil e quinhentos metros) de comprimento, na faixa de praia mais tradicional da cidade, em uma zona intensamente usada pelos banhistas. A sua construção está sendo feita em etapas. A primeira etapa foi concluída em janeiro de 1979 e uma segunda parte está em execução, com conclusão prevista para o final de abril próximo. Para explicarmos nosso trabalho precisaremos nos deter em certos fatos de grande significado para o mesmo pois a Beira-mar foi, antes de mais nada, uma coisa essencialmente experimental e artesanal fugindo, portanto, das convenções normais de elaboração e execução de um projeto.



Saudades desse calçadão! 
Foto Gentil Barreira

Não tínhamos levantamentos precisos da topografia e da vegetação, a não ser a aerotopografia de cidade, que foi transportada de 1:2000 para 1:200, a escala do projeto. A prefeitura não dispunha, naquela época, de condições para conseguir melhores dados. Tivemos, então, que percorrer algumas vezes o terreno da obra, no caso, a faixa correspondente à primeira etapa, para nos familiarizarmos com todos os aspectos do meio. Depois de várias caminhadas nos sentimos à vontade para iniciar o trabalho. Elaboramos, então, um traçado que nos permitisse toda a mobilidade possível pois sabíamos que, no decorrer da obra, alguma coisa teria de mudar. Desenhamos os contornos dos passeios de uma forma ondulada, sem rigidez. Quando a construção começou, instalamos uma prancheta no canteiro das obras e ali, a cada obstáculo, refizemos o que foi necessário, sem nenhum transtorno.



Foto Gentil Barreira

No caso do piso escolhemos o mosaico, que foi um material de largo uso no passado, tanto nos melhores salões quanto nas calçadas. É um piso relativamente barato tem alternativa da cor, boa resistência, fácil reposição e antiderrapante, sendo, por isto, o mais indicado para pisos de parques e praças. Porém, desde o advento da cerâmica, ele só tem sido usado em pequenas quantidades e em poucos casos. Mesmo assim o especificamos e algumas fábricas se reuniram para atender a solicitação. Um pedido daquele porte, segundo os fabricantes, só havia sido feito a uns 15 anos atrás e, mesmo assim, em menor quantidade. Hoje já não nos preocupamos com volume de mosaico, pois a coisa mudou depois da primeira solicitação. O mosaico “pegou” de novo e a cidade voltou a usá-lo em quantidade, recriando o mercado, conforme temos visto.



Pista de Skate - Foto Gentil Barreira

Durante o desenrolar da obra observamos que teria um bom efeito, um desenho que arrematasse as bordas do calçadão, pelo lado da rua. A solução surgiu, inspirada em uma retícula gráfica ampliada, usada em um trabalho de programação visual da própria prefeitura. Esta retícula formava um bordado, que lembrava uma varanda de rede. Foi um espécie de acaso anexado ao projeto. Só que, para anexarmos aquele acaso ao mosaico precisávamos de nove formas diferentes e não temos aqui pessoal especializado neste tipo de coisa. Alguém, que não nos ocorre no momento, sugeriu uma solução de improviso. E um artesão local, torcendo o ferro de uma forma rude, fez as tais formas que resolveram bem a questão.



Foto Gentil Barreira

Dentro da obra, também projetamos as peças de concreto que sustentam as tabelas de basquete, as fôrmas usadas na na sua execução e descobrimos que o meio-fio de concreto, usado deitado, era um excelente arremate de acabamento para os contornos dos calçadões permanecendo, até hoje, como solução para parque, praças etc. Porém, uma das coisas mais importantes que aconteceram foi, com o mesmo orçamento, estender o comprimento da obra em mais 330 m, invertendo o sentido do caimento dos passeios para o lado das praias. Isto economizou aterro e fundação, que permitiu uma extensão final de 830 m sem acrescentar nem um centavo aos custos. Esta medida também foi adotada na segunda etapa, da seguinte forma: estipulamos que o volume de aterro deveria se resumir à metade do que havia sido calculado, compensando a falta com a própria areia do local. No final de tudo certo e, com a diferença, construímos um anfiteatro à beira do mar, com capacidade para 1.500 pessoas.



Foto Gentil Barreira

Era mais ou menos isto o que tínhamos a dizer. Acrescentamos, somente, que, na execução da primeira etapa, ocorreram muito mais coisas. Foi um projeto muito comentado na época, pois se tratava da primeira intervenção deste gênero, e deste porte, na cidade. Isto levantou muitas dúvidas e provocou, inclusive, uma polêmica quase que diária em um jornal da cidade, que foi minguando à medida que os resultados foram aparecendo.



Construção do Anfiteatro - Foto Gentil Barreira

Construção do Anfiteatro - Foto Gentil Barreira

Não podíamos falar do trabalho sem tocar nestas coisas. Justificá-lo, entretanto, coube à população quando o aceitou inteiramente. São 1.380 metros de passeios com bancos, bares, quadras de esportes, jardins, gramados, anfiteatro etc. Elementos que, por si só, estimulam a comunidade a sair de casa. Mas foi, sobretudo, gratificante a relação do arquiteto com a obra. Ali nós conseguimos experimentar, criar, recriar e, mais ainda, amadurecer um pouco, profissionalmente, da única forma que consideramos válida – dentro da obra."



Otacílio Teixeira Lima Neto, o Bisão.
Crédito: Blog Bisão Arquiteto

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Texto extraído do Panorama da Arquitetura Cearense, edição especial dos Cadernos Brasileiros de Arquitetura, em seu volume 9, de Abril de 1982.
Fotografias: Gentil Barreira.


Uma das imagens mais marcantes da Déc. de 1970/71: Beira-mar crescendo...
Dunas ao fundo. Um verde hoje ocupado por edifícios.


Vista do Mucuripe. Detalhe: o prédio azul foi um dos primeiros 
(senão o primeiro da Avenida após rasgada)


Postal início da década de 70. Construção do antigo Othon Palace Hotel, hoje Oásis Hotel.


Década de 70


Postal primeira metade da déc. de 70


Postal datado de 1974. Um opala azul na tranquila beira-mar...


Postal datado de 1976


Postal raro. Data: Segunda metade dos anos 70, talvez 1977, final da construção do Esplanada Praia na orla. Em primeiro plano, o Iracema Plaza Hotel, de 1951


Postal da segunda metade dos anos 70. Detalhe: o primeiro hotel cinco estrelas, Esplanada Praia Hotel, inaugurado em meados de 1978


Postal 1977-1978. O prédio mais alto é o Hotel Esplanada

Anos 80


Postal, metade da déc. de 80. Detalhe: construção do ed. Solar da Volta da Jurema


Postal segunda metade dos anos 80 - Acervo Gilberto Simon




Postal segunda metade dos anos 80


Vista da orla em 1982

 22 de abril de 1984 - Fecha as portas, definitivamente, o Restaurante Lido, bar e hotel, na Praia de Iracema, com endereço de Avenida Getúlio Vargas (Beira-Mar) nº 801.

 28 de janeiro de 1986 - O operário Francisco Pereira Ávila morreu quando as cordas que seguravam o andaime em que trabalhava, no 11º andar de um edifício em construção na Avenida Beira-Mar, romperam. Ele caiu e outros dois companheiros que estavam com ele ficaram pendurados por meia hora, sendo salvos por outros trabalhadores. 


Postal datado de 1986/1987 - Acervo Gilberto Simon

Anos 90
Vista do avião - Anos 90




Postal datado de 1991/1992. 
Construção do edifício mais alto de Fortaleza: Beira-mar Trade Center, 108 metros

 29 de junho de 1992 - Dia do pescador, inaugura-se, em terreno vizinho à Igreja de São Pedro, na Avenida Beira-Mar, no Mucuripe, o Monumento do Pescador, trabalho do escultor Kazane, iniciativa da Secretaria de Cultura e Desportos - Secult, na administração do governador Ciro Ferreira Gomes (Ciro Gomes) e do secretário de cultura Augusto Pontes.

Foto de 21 de março de 2007

 09 de agosto de 1992 - Inaugura-se, às 10h, no final da Avenida Beira-Mar, no largo em frente às bancas de venda de peixes e mariscos, o Monumento ao Jangadeiro, de 5m de altura, representando três velas de jangadas, vazadas, confeccionadas em aço especial anti-corrosivo, projetada pelo artista plástico Sérvulo Esmeraldo.
O monumento fora criado pela Lei nº 6.942, de 12/07/1991, de autoria do vereador Eliomar Braga.
Estiveram presentes à solenidade além do prefeito Juraci Vieira Magalhães (Juraci Magalhães), a primeira dama do Município, Zenaide Magalhães, o comandante Carlos Barbosa Faillace, da Capitania dos Portos, o presidente da Colônia dos Pescadores, José Maia e o artista autor do trabalho, Sérvulo Esmeraldo.



Postal circulado em 1993


Vista de Beira-mar 1995


Vista da beira-mar, um dos edifícios mais belos do país: Solar da Volta da Jurema


Postal datado de 1996


Beira-mar 1996

Foto de 1996 do livro Fortaleza 27 graus


Vista segunda metade dos anos 90 Crédito: Hotel Seara

 08 de janeiro de 1999 - Liminar expedida pelo juiz Francisco das Chagas Barreto Alves, garante a realização, mesmo fora da lei federal, do Código de Posturas (Lei nº 5.530) e da recente lei municipal (nº 8.219), o pré-carnaval na Avenida Beira-Mar

 28 de julho de 1999 - Inicia-se na Avenida Beira-Mar, mais uma vez, o Fortal.

 25 de outubro de 1999 - Fortaleza é atacada por fortes ressacas marinhas que causa sérios problemas urbanos como a invasão das avenidas litorâneas pela areia da praia, principalmente na Avenida Beira-Mar e Avenida Historiador Raimundo Girão e o desmoronamento de morros e desabamento de casas na Praia do Arpoador.

 30 de dezembro de 1999 - Morre, aos 30 minutos, com a idade de 83 anos, o desenhista-projetista José Ribamar Onofre vítima de insuficiência e infecção respiratórias. Foi o projetista da Avenida Beira-Mar, na administração Manuel Cordeiro Neto. Nascera em Princesa, PB, a 22/03/1916.


Anos 2000


Praia do Mucuripe - Alex Uchoa


Postal vista da Beira-mar tirada de um avião - anos 2000


Estátua de Iracema no Mucuripe



A única casa que existe na Avenida Beira-Mar de Fortaleza. Apareceu na novela: Meu Bem Querer, da Globo, era a casa do personagem de Murilo Benício 
(Foto: L.C. Moreira)

Calçadão da Av. Beira-mar



Fonte: Livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza, Nirez, Otacílio Teixeira Lima Neto, o Bisão e Fortal

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