Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : O Cirandinha - Praia de Iracema
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Cirandinha - Praia de Iracema


D. Zezé no seu inesquecível Cirandinha - Foto arquivo Nirez

... Frequentava o restaurante Cirandinha da Praia de Iracema com suas mesas cobertas de toalhas quadriculadas. 
Ricardo Gondim



Na extremidade oeste das casinhas e boates que existiam ali, havia a Churrascaria Cirandinha, onde comi muito baião-de-dois com chuleta assada à moda cearense.

Roberto Cristino


 


... E o Cirandinha, que vendia um churrasco fantástico.
Campelo Costa




Frequentei o Cirandinha durante bom tempo, os últimos anos de 50 e boa parte de 60. Logo que conheci o Cirandia me apaixonei por ele, e dividi esta paixão com o Lido, sendo
que ao Cirandinha eu devotava as horas de boa boemia. 

Ah! quanta saudade, como eram bons aqueles tempos...

                                                              Clóvis Acário Maciel

 

A Churrascaria Cirandinha ou simplesmente Cirandinha, como era conhecido – O primeiro Grill de Fortaleza – Sobreviveu por 35 anos, no mesmo local, na Praia de Iracema, de costas para o mar que batia impiedoso em sua contenção. Fundado por Maria José Lima, uma mulher de força e visão, da família Mourão, de Ararendá e pelo garçon do antigo Restaurante Lido, que normalmente a servia, por nome João Asa Branca, um mulato valente, de quase dois metros de altura.

O Cirandinha foi feito à mão. Os dois se uniram em romance e na construção de paredes, tijolo a tijolo, pedra a pedra daquela construção que viria a ser um espaço disputado por todas as classes sociais de Fortaleza.

Poucos sabem, mas o sucesso do Cirandinha em Fortaleza e a ousadia do levaram à construção do segundo Cirandinha e um hotel na Transamazônica, de onde o General de Plantão, inaugurou a invasiva Via Selva à dentro.

D. Zezé, uma batalhadora! Foto do arquivo pessoal de Hugo Lima

D. Zezé era uma mulher muito bonita. De dona de casa separada, partiu pro Rio de Janeiro, fugindo de um casamento que não dera certo, sem passar por Fortaleza e sem identidade. Quando aqui retornou, já era uma mulher experiente e ousada. Sabia o que queria e impunha seus sonhos com maviosa categoria. Era simpática e valente. Um homem e uma mulher em uma só pessoa. Rapidamente tornou-se uma mulher de negócios como poucas que conheci. Sabia comprar como ninguém. Sabia fazer amigos, entre fornecedores e clientes todos a adoravam. Era muito exigente com a qualidade dos pratos que o Cirandinha oferecia.

O João Asa Branca foi seu parceiro nos negócios durante muitos anos. Rapidamente o Cirandinha prosperou. Comprou uma mansão nas Dunas. Todo ano era carro novo para cada um da família. Mandou a filha para Londres... Ela era assim. Trabalhar era sua alegria, mas gostava de fartura e das coisas boas que o mundo oferece a quem pode. Sua vida, como era de se esperar de quem cuida de todos, sempre foi atribulada. O Cirandinha era sua alegria. Trabalhava se divertindo, ao mesmo tempo em que dizia a todos: “Isto é um negócio pra não se desejar ao pior inimigo!” .

Com o tempo Asa Branca e ela se separaram aos poucos, como é mais razoável entre seres que se amaram. Ele ainda tentou emplacar, com ajuda dela, alguns negócios na vizinhança do Cirandinha. Nada vingou. Terminou indo para Altamira, no Pará onde se estabeleceu e anos depois tentou dar cabo à própria vida dando um tiro na cabeça. Sobreviveu, mas a bala ficou rodando em seu cérebro provocando crises sistemáticas de dor de cabeça. Depois de anos foi ao Maranhão e resolveu se operar para a retirada do projétil. Não resistiu à operação vindo a falecer.

Nos 35 anos de sua existência, o Cirandinha foi comandado por mais três casais: sua filha Ivonnilde e o marido; seu filho Hugo e a esposa Branca e sua filha Olga, a caçula e eu¹. A última reinauguração do Cirandinha foi em 31 de dezembro de 1990. Um réveillon com lua cheia e marés altas que invadiram os salões por volta da meia-noite, enquanto uma banda composta somente por mulheres, indagava se deveriam parar ou prosseguir com o show. Claro que sim, gritamos nós. Continuem! Aquela aflição já era, para nós, um fato normal. Fazia parte das contradições do Cirandinha.



Corredor Cultural - Na foto, Pedro Carlos Alvares e sua ex-mulher e ex-sócia no Cirandinha, Maria Olga Almeida Lima. Esse foi o dia da última inauguração. Os quadros que ilustram o corredor são do artista Nogueira², da UFC. Essa inovação foi projetada por Pedro Carlos Alvares para que os clientes tivesse um pouco mais do que comida e bebida. 
Foto do arquivo Nirez


Um ano depois da inauguração, começaram as reuniões com o prefeito Juracy Magalhães, assessores e alguns empresários de alto poder no mundo dos negócios em Fortaleza, no extinto Hotel Colonial, para discussão do projeto de requalificação, da área, na Praia de Iracema. Estava previsto, entre outras, a construção de um calçadão e a retirada de todas as edificações presentes ali. Estranhamente fomos convidados.

Lá chegando, compreendemos a ameaça velada em que o Cirandinha iria se envolver. O discurso do prefeito foi claro. Sai tudo, menos o Cirandinha, que deverá ser demolido por vocês para que façam um projeto mais adequado a quem vai ficar sozinho sobre o belo calçadão. Quem viveu os nove meses seguintes, sabem que não foi bem assim... Quase nos desapropriaram sumariamente. Não fosse nossa luta constante e pesada teríamos saído como os demais, pois sempre fora essa a intenção de todos.

Demolimos o Cirandinha e em seu lugar fomos obrigados a construir por R$ 50 mil reais, uma barraca de praia que nada lembrava o velho e querido Cirandinha. Os clientes ficaram indignados como nós e para evitar fracasso maior, vendemos a mesma para os donos do Bebelu, que à época ainda se chamava Babalu.

A vida novamente se espalhou. Fui trabalhar em projetos especiais da TV Cidade
D. Zezé e Olga foram morar em um apartamento pros lados do Monte Castelo e a vida seguiu em frente. Anos depois, em 1998, fui morar no Rio de Janeiro e perdi contato com as duas. Soube em 2003, que estavam morando em uma fazenda. Foi lá onde D. Zezé, morreu, um dia depois de saber que nessa intervenção atual, tinham derrubado a Barraca Cirandinha.

Antes do infarto que a levou, teria dito à sua filha Olga: “O Cirandinha se foi, não tenho mais porquê continuar aqui.” Pediu, que quando morresse, procedesse sua cremação e que suas cinzas fossem espalhadas na Praia que por tantos anos abrigou a sí, seus amores, seus filhos e o inesquecível Cirandinha!


Pedro Carlos Alvares

D. Zezé - Foto do arquivo pessoal de Hugo Lima



O Cirandinha foi palco de muitos acontecimentos marcantes, sejam eles felizes ou tristes...

Airton Monte Carta ao Poeta – 27 de Outubro 2011

Pois é, meu caro e saudoso amigo Rogaciano Leite Filho, como sempre, quando as saudades suas me batem mais forte, mais fundas e mais fecundas, escrevo para você, sob color de crônicas, cartas que nunca mando, mas que talvez você até as receba, seja lá onde você estiver, através dos mensageiros misteriosos que a nossa vã filosofia nem sequer é capaz de supor, imaginar. Desde que você, meu poeta, nos deixou em busca dos etéreos campos do além, que ninguém sabe onde ficam ou se verdadeiramente existem, naquele fatídico dia cinco de março de 1992, tragado por uma terrível doença. Era uma quinta-feira, eu não consigo esquecer esta data nem jamais ela fugiria de minha memória mesmo que eu tentasse dela escapar desesperadamente. E eu assim prefiro permanecer indefinidamente preso à sua lembrança porque você fez e faz parte essencial do meu existir.

Estava eu posto em sossego, aboletado numa das mesas do Cirandinha, costumeiro ponto de encontro de nossa turma de jovens boêmios, por volta de umas nove horas da noite de uma quarta-feira repleta de promessas noturnas a nos esperar pelas esquinas líricas do território poético da Praia de Iracema. Eu entornava solitariamente umas cervejas, esperando a ansiada chegada de uma doce amiga. Súbito, o companheiro Pedro Álvarez adentra o recinto feito um vendaval, senta-se a meu lado e com os olhos vermelhos, marejados me conta de sopetão, com a voz embargada pela intensa emoção que o consumia, que você havia morrido há pouco, mal soara as oito da noite. Na hora não chorei, de minha boca repentinamente emudecida não saiu uma palavra, um tímido gemido, um murmúrio. Naquele momento eu era apenas um homem feito de silêncio e dor, nada mais.

Deixei-me fitando longamente o azul escuro do mar do alto daquele terraço de um restaurante que hoje não mais existe e lembrei de um verso triste de Antonio Girão Barroso: “Todos nós envelhecemos e um dia morreremos. Mas a vida é isso, mas felizes somos no minuto que passa, e não nos lembramos da velhice nem da morte, que é fatal”.


Leia o restante da crônica aqui


¹ Nós três (eu, Olga e D. Zezé) éramos sócios com 33% cada. Quando saí, dividi minhas ações para as duas, sem nenhum ônus.

Pedro Carlos Alvares

² O artista plástico Nogueira, era um funcionário do curso de arquitetura da UFC, muito querido pelos estudantes de arquitetura. Acho que já partiu. Um primitivista de elevada qualidade. 

Pedro Carlos Alvares


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Você tbm poderá fazer parte dessa homenagem ao Cirandinha, basta mandar sua história para fortalezanobre@r7.com


Continua...


Créditos: Pedro Carlos Alvares e Nirez


19 comentários:

  1. Quase em frente o velho comerciaql,hoje Holliday In,próximo a boate Madrugada e outros botecos.Mas,o interessante é que no Cirandinha não havia preconceito com ninguém.Dona Zezé,era uma mulher de grande carisma.

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  2. Eu vi aí, por Pedro Carlos Álvares, que o fim daquela faixa de edificações, onde estava a Churrascaria Cirandinha, a antiga Boate Madrugada, o nosso, Bar Estrela do Oriente, em frente ao Massapeense - Havia um "Quinha", lá também - foram decididas nas "reuniões com o prefeito Juracy Magalhães, assessores e alguns empresários de alto poder no mundo dos negócios em Fortaleza, no extinto Hotel Colonial, para discussão do projeto de requalificação, da área, na Praia de Iracema".
    É uma grande lástima. Será que não se poderia ter conciliado requinte arquitetônico com preservação da rusticidade de certas vivendas, que pela sua preciosidade histórica, valem muito mais do que edifícios altos, de concreto e vidro temperado que querem virar moda? Além do que pode-se questionar se as desapropriações foram feitas obedecendo aos ditames da justiça, e se houve sensibilidade social em relação aos proprietários menores da área.
    Vi também a heroica trajetória da Dona Zezé, suas alegrias e sua tristeza. Nem a pouca ou relativa e justa influência que ela tinha foi capaz de produzir uma solução mais satisfatória para o seu grupo empresarial e para a sociedade de Fortaleza que freqüentava o Cirandinha.
    O Cirandinha não podia morrer porque foi palco da vida para o consolo da morte entre homens de fibra; da tristeza e também da felicidade, da alegria, dos encontros amigos, dos encontros ternos para o prazer que gera mais vida, em conversas entre muitos personagens que não conheci, mas a quem, de antemão, reputo grande valor, como no episódio em que, em cujas mesas, Airton Monte se aboletou, para jantar, entre a fé e a dúvida, que também nos percorre, mas veio carpir, estimulado pela notícia dada por outro amigo, sob os olhos marejados, e voz embargada, a morte de Rogaciano Leite, que podia ter ido, quem sabe, torcendo pela sua acolhida em um aprazível abrigo, nesse tormentoso cepticismo, para os “etéreos campos do além, que ninguém sabe onde ficam ou se verdadeiramente existem”.
    Indo além das minhas próprias dores, lembrando que a amizade faz os amigos compartilharem alegrais e tristezas, eu me solidarizo com A História do Cirandinha, e com essas emoções aqui narradas, com esse ritmo tão dramático, mas arrefecido bizarramente pelo tripúdio angelical de uma refinada poesia.

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  3. Lembro do Cirandinha quando meu pai nos levava às vezes, ainda crianças, aos sábados, para almoçar, isso em meados dos anos 70. Lembro muito da força do mar, quebrando próximo, e principalmente do leme de barco pregado na parede. Relembrando agora, parece que foi em outra vida...

    Leila, nunca mais havia ouvido falar do Cirandinha. Só mesmo no seu blog e ainda mais com fotos! Parabéns e um abraço!
    Daniel

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    1. Oh Daniel, boa noite querido!

      Nossa, q relato emocionante...fico muito, muito feliz mesmo em proporcionar essa volta ao passado, trazer esses deliciosos momentos de volta a sua memória! :)

      Eu tbm fui muitas vezes ao Cirandinha com meu querido pai, e tenho lembranças lindas daquele estabelecimento guardadas em minha memória e em meu coração!

      Forte abraço

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  4. Meu Falecido pai:João Alves da Nobrega Filho " João do Bolos ' foi churrasqueiro por mais de 30 anos do Cirandinha, também cheguei a trabalhar lá por mais de um ano. Esse que está na foto dentro do balcão sou eu,saudades...

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  5. Tive o prazer de trabalhar no Cirandinha,junto com meu Pai João Alves que foi churrasqueiro da casa por mais de 30 anos.Saudades...

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    1. Oi Flávio!

      Com certeza vc deve ter conhecido o Pedro Carlos Alvares.

      Forte abraço e obrigada pelo comentário

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  6. Flavio Nóbrega, meu Deus (filho do Joãozinho churrasqueiro)...Vou postar uma foto de minha mãe,e aproveito para agradecer a Leila Nobre pela belíssima reportagem sobre o Cirandinha e minha amada mãe e obrigado a todos pelos seus depoimentos,estou muito feliz pela bela homenagem ao cirandinha...obrigado Leila mas uma vez.

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    1. Oi Hugo, bom dia!

      Querido, a honra foi minha, foi um enorme prazer prestar essa homenagem, pois eu tbm tenho lembranças maravilhosas de minha infância, passada no Cirandinha!

      Aguardo a foto da D. Zezé, viu? :)

      Abraços

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    2. Hugueta, grande abraço.

      Leila, esse cara é um grande batalhador, grande ser humano e simples, quando poderia "arrotar muita goma".

      O granade sucesso de Cirandinha, depois de Dona Zezé, deveu-se ao Hugo.

      Saudades do Cirandinha!

      Hugueta, mande um grande abraço na Branca.

      Espero que vocês estejam bem.

      Um grande abraço,

      Do seu ex-cunhado Porto, que sempre lhe admirou!

      Grande abraço.

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  7. Gostaria de postar uma foto de dona Zezé.Estou com mas de 30 minutos e não consegui publicar as fotos.Segue foto pelo link para postagem...

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    1. Não apareceu o link, Hugo. :(

      Se preferir, manda por e-mail que eu coloco na postagem (fortalezanobre@r7.com)

      Abraços

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  8. Olá dileta Leila Nobre, todos os dias religiosamente visito esse excelente blog, fonte inesgotável da cultura e do saber, lugar certo para os pesquisadores e estudiosos da nossa Cidade, que aqui encontram um vasto e organizado material. sou um profundo admirador da sua magnífica inteligência. Um forte e fraterno abraço,

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  9. Boa noite Hugo lima acho que vai lembra de me . O cirandinha fez parte da minha vida quando. Eu era pequeno. Eu atende muitas com você. Na minha infância .sei que vc vai lembra de me o beto que. Brincava seus filhos. O igo eo Hugo .eles. Também. Fizeram. Parte da minha infância. .

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  10. O Restaurante Cirandinha era um dos símbolos da rica cultura cearense, chefe da linha de casinhas e bares que havia ali, naquela linha e faixa de orla que foi aterrada, de que eu falo com constrição da laringe e olhos marejados, porque lembro dos tênues respingos produzidos pelo arrojo das vagas revoltas contra os diques, e do estrondo das ondas a baterem nas pedras desse seu quebra-mar, que entravam em harmonia com a música ambiente do restô, tamanha a emoção de quando lembro da superpoética e maravilhosa circunstância colorida do recinto, ante à firmeza administrativa e à expressão simpática e sorridente de Dona Zezé; e onde, também, mais para leste, existia o meu Bar Estrela do Oriente, depois da Boate Madrugada

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  11. Leila,você e maravilhosa.O que me deixa mais feliz e ver uma moça tão jovem gostar tanto de nos presentear
    com tanta maravilha do passado. Choro de tanta felicidade em ver as belezas do passado. Obrigada por você existir.

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  12. Sou Glaucio Lima, Maître L´ô Restaurante. Tive o privilégio quando ainda tinha 14 anos de trabalhar nesta casa. Foi lá que aprendi a segurar numa bandeja com o Garçon Carlão. Eu tinha começado, muito menino ainda como auxiliar do auxiliar de Garçon. O auxiliar ou cummim na época era um rapaz chamado de Belarmino. Aprendi alguma coisinha com ele. Épocas boas!! Estudava eu no Liceu do Ceará, Jacarecanga pela manhã e a noite ia ao restaurante. Aos sábados e domingos trabalhava os dois horários. Não foi muito tempo, mas, o suficiente pra acompanhar as quebradas da maré que vários braços de água invadiam o salão. Era uma loucura!! Tanto a gente quer dizer eu colocava areia pra fora como entrava junto com a as ondas. Limpa mesa, monta mesa, molha mesa, mesas de madeira pesadíssimas. Pense!! Ah! Foi lá que provei pela primeira vez uma água tônica. É!! Abastecendo o freezer com o Belarmindo, muito suado e muita sede ele abria uma garrafa ks de tônica da brahma, transparente com rótulo vermelho e dizia >"Bebe logo!! Antes que alguém veja!!"" kkkkk bebi! Quente e nada de refrescante, desceu até lágrima ao engolir aquele líquido amargo e quente!! Lembro me dos garçons> Carlão, Azevedo, Muniz, se não me engano e Antônio que puxava de uma perna. Lembro me do cheiro de quando íamos pela manhã pra abrir o restaurante. Dona Branca me oferecia café e pão. Seu Hugo era maravilhoso!! Ela também! Ela me chama de "seu lima" Eu até dizia a ela que não precisava. Eu era uma criança!!! Tem muita história!!

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