Comendador e jurista, Samuel Felipe de Sousa Uchôa (Samuel Uchôa), hoje é nome de rua nas Damas, Bom Futuro e Parreão. Era natural de Riacho do Sangue, depois Frade e hoje é Jaguaretama, onde nasceu em 21/12/1843.
Samuel Uchôa faleceu em Fortaleza, aos 59 anos de idade em 25 de junho de 1902.
General de brigada Antônio Carlos da Silva Piragibe (General Piragibe), era cearense de Icó nascido a 13/06/1843.
Era comendador da Ordem da Rosa. Participou da Campanha do Paraguai. Hoje é nome de rua na Parquelândia e Amadeu Furtado.
Assentou praça voluntariamente no 1º Batalhão de Infantaria a 15 de Março de 1862. Em 1863 matriculou-se na antiga Escola preparatória da Corte.
A 22 de Outubro de 1864 expedicionou como sargento para bordo da esquadra estacionada no Rio da Prata, desembarcando em Paissandu a 4 de Dezembro do mesmo ano e ai tomando parte nos combates de 6 e 31.
Em 1865, embarcado na canhoneira Ivahy, tomou parte nos combates de 1 e 2 de Janeiro.
A 10 de Fevereiro entrou para a guarnição do vapor Amazonas, assistindo a capitulação de Paissandu. Feito alferes a 18 de Fevereiro, a 2 de Março seguiu para bordo da canhoneira Iguatemy, subindo o Paraguai.
Em 1888 foi promovido a major, por merecimento e estudos. Em 1889 foi mandado ficar às ordens do Chefe do governo provisório da República, em 1890 a 7 de Janeiro foi promovido a tenente-coronel e a 17 de Março a coronel, por merecimento.
Em 1891 passou para a segunda classe do exército, por ter sido julgado incapaz para o serviço e foi reformado por Floriano Peixoto a 12 de Abril de 1892.
Desterrado para Tabatinga por Decreto de 12 de Abril do mesmo ano, foi anistiado a 5 de Agosto.
Em 1895 foi anulada sua reforma, continuando ele, porém, agregado a arma a que pertencia. Em 1897 reverteu ao serviço ativo do exército.
A 22 de Setembro de 1899 foi graduado ao posto de general de brigada, sendo promovido a esse posto a 23 de Maio de 1903. A 17 de Agosto de 1904 foi nomeado comandante da brigada policial.
Tinha todas as medalhas da campanha do Paraguai, medalhas de prata da Republica do Uruguai, da Tomada de Corrientes.
Era cavaleiro da ordem da Rosa, de Cristo, de São Bento de Avis e comendador da Ordem da Rosa e tinha a medalha militar de ouro por contar mais de 30 anos de serviço no Exército sem nota em seu desabono.
De seu casamento com D. Maria Luíza Barrão Piragibe, filha do General Barrão, deixou dois filhos : Eduardo Piragibe (Oficial da armada) e Maria Piragibe, casada com o Major Clodoaldo da Fonseca.
General Piragibe morreu com a idade de 61 anos, no Rio de Janeiro, vitimado por síncope cardíaca em 10 de fevereiro de 1905. Seu funeral foi feito por conta do Estado.
Jurista e músico Joaquim Lopes de Alcântara Bilhar, membro da Academia Cearense, professor da Faculdade de Direito do Ceará e juiz aposentado, era cearense do Crato nascido a 27/02/1848. Filho do Major Joaquim Lopes Raimundo Bilhar, falecido com 66 anos em 1882, e D. Isabel Bilhar de Alcântara.
Obteve o grau de Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Recife a 17 de Novembro de 1871.
Exerceu os cargos de promotor publico da comarca do Crato, lugar para o qual foi nomeado por ato de 2 de Agosto de 1872, e de juiz municipal do mesmo termo e comarca por Decreto de 23 de Agosto de 1873. Findo o quatriênio foi nomeado juiz de direito da comarca da Telha (hoje Iguatu) por Decreto de 9 de Março de 1878, tendo deixado o exercício por ter sido nomeado chefe de Polícia do Ceará por Decreto de 22 de Março de 1882.
Terminada a comissão de policia, foi-lhe designada a comarca de Baturité para nela ter exercício por Decreto de 22 de Setembro de 1882, sendo dali chamado para exercer interinamente a mesma comissão de policia na administração do Dr. Sátiro de Oliveira Dias por ato de 10 de Abril de 1884. Removido da comarca de Baturité para a de Acarajú, Capital de Sergipe, por Decreto de 10 de Julho de 1890, foi aposentado neste ultimo cargo por Decreto de 12 de Novembro de 1890. Era advogado nos auditórios da capital do Estado, sendo muitos dos seus trabalhos transcritos no Direito, do Rio de Janeiro. Era sócio efetivo da Academia Cearense e lecionava a cadeira de Direito Civil na Faculdade Livre de Direito do Ceará. Em 1876 com Fenelon Bomílcar da Cunha e Ulysses de Penafort redigiu no Crato 'A Liberdade'.Morreu em Fortaleza, vitimado por tuberculose pulmonar em 09 de maio de 1905.
Hoje é nome de rua em Fortaleza.
Tenente Coronel Jaime Benévolo, era cearense de Maranguape nascido em 27/08/1854. Era irmão de Francisco Benévolo, Odilon Benévolo e Elvira Pinho. É hoje nome de rua que se inicia na Praça do Coração de Jesus, terminando na Avenida 13 de Maio.
Informação histórica assegura que fazendo parte do gabinete de comando do General Deodoro da Fonseca, tudo fez para que este, doente e indeciso, saísse à rua para Proclamar a República.
Em 13 de maio de 1905, morre, na Capital Federal, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, no cargo de fiscal da iluminação pública.
Fruto do relacionamento do tenente-coronel cearense Alfredo da Costa Weyne, que ali se achava em combate, com uma enfermeira paraguaia, com menos de dois anos de idade, Fernando Weyne veio com o pai para o Brasil, indo residir em Porangaba, agora parte do município de Fortaleza.
Após os estudos primários, Fernando ingressou na Escola Militar, não chegando, porém, a terminar o curso. Todavia, desde muito jovem revelou seus pendores para as artes. Em 1895, começou a participar do Centro Literário, agremiação de intelectuais cearenses, no qual também participavam: Antônio Bezerra, Justiniano de Serpa, Júlio Olímpio, Rodrigues de Carvalho, Barão de Studart, Soares Bulcão, Aníbal Teófilo e tantos outros . Através desta agremiação, teve publicados os seus poemas Miudinhos, volume único, em 1895.
Em 1897, escreveu aquele que seria seu poema mais famoso: "Loucuras", dedicado a uma ex-namorada, que, musicado por Roberto Xavier de Castro, outro membro do Centro Literário, em pouco tempo se tornou uma das modinhas mais populares do país com o título tirado do último verso: "A Pequenina Cruz de Teu Rosário".
"A Pequenina Cruz de Teu Rosário" na voz de Carlos Galhardo
Escreveu peças teatrais, com preferência pelo gênero da comédia, dentre as quais destacam-se: O Lobisomem, Ventura Sem Ventura, Nem Mel Nem Cabaça e Quem Muito Escolhe. Também escreveu vários artigos de arte para o Jornal do Comércio do Rio de Janeiro.
Morreu em Parangaba a 17 de abril de 1906, de tuberculose, aos 38 anos, e seus restos mortais descansam no Cemitério da Parangaba. Deixando inédito o trabalho "A Aeronáutica", em que, depois de focalizar as suas origens, expunha a teoria do balão livre e a construção de um balão aerostático.