Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
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sábado, 18 de abril de 2015

Especial 289 anos - Os homenageados nas ruas da cidade (Parte VII)



Comendador e jurista, Samuel Felipe de Sousa Uchôa (Samuel Uchôa), hoje é nome de rua nas Damas, Bom Futuro e Parreão. Era natural de Riacho do Sangue, depois Frade e hoje é Jaguaretama, onde nasceu em 21/12/1843.
Samuel Uchôa faleceu em Fortaleza, aos 59 anos de idade em 25 de junho de 1902.



General de brigada Antônio Carlos da Silva Piragibe (General Piragibe), era cearense de Icó nascido a 13/06/1843. 
Era comendador da Ordem da Rosa. Participou da Campanha do Paraguai. Hoje é nome de rua na Parquelândia e Amadeu Furtado

Assentou praça voluntariamente no 1º Batalhão de Infantaria a 15 de Março de 1862. Em 1863 matriculou-se na antiga Escola preparatória da Corte.
A 22 de Outubro de 1864 expedicionou como sargento para bordo da esquadra estacionada no Rio da Prata, desembarcando em Paissandu a 4 de Dezembro do mesmo ano e ai tomando parte nos combates de 6 e 31.
Em 1865, embarcado na canhoneira Ivahy, tomou parte nos combates de 1 e 2 de Janeiro.
A 10 de Fevereiro entrou para a guarnição do vapor Amazonas, assistindo a capitulação de Paissandu. Feito alferes a 18 de Fevereiro, a 2 de Março seguiu para bordo da canhoneira Iguatemy, subindo o Paraguai.

Em 1888 foi promovido a major, por merecimento e estudos. Em 1889 foi mandado ficar às ordens do Chefe do governo provisório da República, em 1890 a 7 de Janeiro foi promovido a tenente-coronel e a 17 de Março a coronel, por merecimento.
Em 1891 passou para a segunda classe do exército, por ter sido julgado incapaz para o serviço e foi reformado por Floriano Peixoto a 12 de Abril de 1892.
Desterrado para Tabatinga por Decreto de 12 de Abril do mesmo ano, foi anistiado a 5 de Agosto.
Em 1895 foi anulada sua reforma, continuando ele, porém, agregado a arma a que pertencia. Em 1897 reverteu ao serviço ativo do exército.
A 22 de Setembro de 1899 foi graduado ao posto de general de brigada, sendo promovido a esse posto a 23 de Maio de 1903. A 17 de Agosto de 1904 foi nomeado comandante da brigada policial.
Tinha todas as medalhas da campanha do Paraguai, medalhas de prata da Republica do Uruguai, da Tomada de Corrientes.
Era cavaleiro da ordem da Rosa, de Cristo, de São Bento de Avis e comendador da Ordem da Rosa e tinha a medalha militar de ouro por contar mais de 30 anos de serviço no Exército sem nota em seu desabono.
De seu casamento com D. Maria Luíza Barrão Piragibe, filha do General Barrão, deixou dois filhos : Eduardo Piragibe (
Oficial da armada) e Maria Piragibe, casada com o Major Clodoaldo da Fonseca.

General Piragibe morreu com a idade de 61 anos, no Rio de Janeiro, vitimado por 
síncope cardíaca em 10 de fevereiro de 1905. Seu funeral foi feito por conta do Estado.



Jurista e músico Joaquim Lopes de Alcântara Bilhar, membro da Academia Cearense, professor da Faculdade de Direito do Ceará e juiz aposentado, era cearense do Crato nascido a 27/02/1848. Filho do Major Joaquim Lopes Raimundo Bilhar, falecido com 66 anos em 1882, e D. Isabel Bilhar de Alcântara.

Obteve o grau de Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Recife a 17 de Novembro de 1871.

Exerceu os cargos de promotor publico da comarca do Crato, lugar para o qual foi nomeado por ato de 2 de Agosto de 1872, e de juiz municipal do mesmo termo e comarca por Decreto de 23 de Agosto de 1873. Findo o quatriênio foi nomeado juiz de direito da comarca da Telha (hoje Iguatu) por Decreto de 9 de Março de 1878, tendo deixado o exercício por ter sido nomeado chefe de Polícia do Ceará por Decreto de 22 de Março de 1882.

Terminada a comissão de policia, foi-lhe designada a comarca de Baturité para nela ter exercício por Decreto de 22 de Setembro de 1882, sendo dali chamado para exercer interinamente a mesma comissão de policia na administração do Dr. Sátiro de Oliveira Dias por ato de 10 de Abril de 1884. Removido da comarca de Baturité para a de Acarajú, Capital de Sergipe, por Decreto de 10 de Julho de 1890, foi aposentado neste ultimo cargo por Decreto de 12 de Novembro de 1890. Era advogado nos auditórios da capital do Estado, sendo muitos dos seus trabalhos transcritos no Direito, do Rio de Janeiro. Era sócio efetivo da Academia Cearense e lecionava a cadeira de Direito Civil na Faculdade Livre de Direito do Ceará. Em 1876 com Fenelon Bomílcar da Cunha e Ulysses de Penafort redigiu no Crato 'A Liberdade'.
Morreu em Fortaleza, vitimado por tuberculose pulmonar em 09 de maio de 1905.
Hoje é nome de rua em Fortaleza.



Tenente Coronel Jaime Benévolo, era cearense de Maranguape nascido em 27/08/1854. Era irmão de Francisco Benévolo, Odilon Benévolo e Elvira Pinho. É hoje nome de rua que se inicia na Praça do Coração de Jesus, terminando na Avenida 13 de Maio.

Informação histórica assegura que fazendo parte do gabinete de comando do General Deodoro da Fonseca, tudo fez para que este, doente e indeciso, saísse à rua para Proclamar a República.

Em 13 de maio de 1905, morre, na Capital Federal, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, no cargo de fiscal da iluminação pública.



Poeta e prosador, Fernando da Costa Weyne (Fernando Weyne), nascera em São Fernando, Paraguai em 03/09/1868, na época sitiada por tropas brasileiras em guerra naquele país.
Fruto do relacionamento do tenente-coronel cearense Alfredo da Costa Weyne, que ali se achava em combate, com uma enfermeira paraguaia, com menos de dois anos de idade, Fernando Weyne veio com o pai para o Brasil, indo residir em Porangaba, agora parte do município de Fortaleza.
Após os estudos primários, Fernando ingressou na Escola Militar, não chegando, porém, a terminar o curso. Todavia, desde muito jovem revelou seus pendores para as artes. Em 1895, começou a participar do Centro Literário, agremiação de intelectuais cearenses, no qual também participavam: Antônio Bezerra, Justiniano de Serpa, Júlio Olímpio, Rodrigues de Carvalho, Barão de Studart, Soares Bulcão, Aníbal Teófilo e tantos outros . Através desta agremiação, teve publicados os seus poemas Miudinhos, volume único, em 1895.

Em 1897, escreveu aquele que seria seu poema mais famoso: "Loucuras", dedicado a uma ex-namorada, que, musicado por Roberto Xavier de Castro, outro membro do Centro Literário, em pouco tempo se tornou uma das modinhas mais populares do país com o título tirado do último verso: "A Pequenina Cruz de Teu Rosário".


 "A Pequenina Cruz de Teu Rosário" na voz de Carlos Galhardo

Escreveu peças teatrais, com preferência pelo gênero da comédia, dentre as quais destacam-se: O Lobisomem, Ventura Sem Ventura, Nem Mel Nem Cabaça e Quem Muito Escolhe. Também escreveu vários artigos de arte para o Jornal do Comércio do Rio de Janeiro.

Morreu em Parangaba a 17 de abril de 1906, de tuberculose, aos 38 anos, e seus restos mortais descansam no Cemitério da Parangaba. Deixando inédito o trabalho "A Aeronáutica", em que, depois de focalizar as suas origens, expunha a teoria do balão livre e a construção de um balão aerostático.



Leia também:

Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
Parte V
Parte VI

Créditos: Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Portal da História do Ceará, Wikipédia e pesquisas diversas.



sexta-feira, 17 de abril de 2015

Especial 289 anos - Os homenageados nas ruas da cidade (Parte VI)



João Lopes de Abreu Lage (Lopes Filho), funcionário da Alfândega. Era membro da Padaria Espiritual e do Centro Literário. Hoje é nome de rua no Amadeu Furtado. Cearense de Fortaleza, nascido em 07/04/1868. Morreu jovem, em 19 de julho de 1900.



O advogado e professor Leandro Chaves de Melo Ratisbona (Dr. Ratisbona), era cearense do Crato nascido a 01/05/1824, que foi professor do Liceu e deputado provincial e do Império. É hoje nome de rua no Bairro de Fátima.

Era filho de Tomás José Leite de Chaves e Melo, natural do Rio Grande do Norte, ex-deputado provincial, e de Antônia Joaquina de Sá Barreto, filha de Joaquim Antônio Bezerra de Meneses, ex-deputado provincial, chefe do Partido Conservador, em cuja fazenda veio à luz.

Começou os estudos primários aos nove anos de idade e, em breve, substituiu o pai, falecido, no cargo de escrivão judiciário. Deixando este ofício, foi estudar na Faculdade de Direito de Olinda, onde, em 1853, recebeu o grau de bacharel em ciências jurídicas, na mesma turma que Antônio Firmo Figueira de Saboia, Américo Militão de Freitas Guimarães, Bento Fernandes de Barros e Francisco Urbano da Silva Ribeiro. Ainda durante a faculdade, em seu segundo ano, foi eleito deputado provincial. Apesar de sua família quase que inteiramente ser conservadora, era filiado ao Partido Liberal. Foi nomeado lente da Língua Nacional no Liceu de Fortaleza, em 1857, na mesma ocasião em que Esmerino Gomes Parenteo foi para a cadeira de Retórica.

A partir de 1861, passou a residir no Rio de Janeiro, estabelecendo banca de advogado em Paraíba do Sul e posteriormente na capital, obtendo notável sucesso. Dois anos depois, foi eleito deputado geral por sua província de origem para a legislatura de 1864 e reeleito para a de 1868, juntamente com Bernardo Duarte Brandão. Dissolvida a Câmara, em julho desse ano, pelo gabinete de Itaboraí, com a ascensão do Partido Conservador, só voltou ao Parlamento em 1878, quando seu partido subiu ao poder com o gabinete de Sinimbu, em 5 de janeiro do mesmo ano. Seu nome foi indicado para senador duas vezes.

Vítima de derrame cerebral, permaneceu longo tempo doente, até falecer aos 76 anos em 
Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro em 22 de dezembro de 1900. 
Era casado, desde 1848, com sua prima-irmã, Maria Senhorinha Ratisbona, filha de sua tia Maria Senhorinha de Sá Barreto e de Alexandre Correia Arnaut Mascarenhas. O casal teve dois filhos: Alexandre de Chaves e Melo Ratisbona e
Idalina Ratisbona, mãe de Leandro Ratisbona de Medeiros.



O coronel José Francisco da Silva Albano (Barão de Aratanha), capitalista e filantropo fortalezense nascido em 21/05/1830. É hoje nome de rua no centro e no Bairro de Fátima. 

José Francisco da Silva Albano, primeiro e único Barão da Aratanha, foi um rico comerciante e militar brasileiro, tendo sido coronel da Guarda Nacional.
Filho mais velho do comerciante português Manuel Francisco da Silva e de Maria Francisca (ou Angélica) da Costa e Silva, chamava-se originalmente José Francisco da Silva. Acrescentou Albano, com a intenção de se distinguir de seus primos, homônimos, descendentes de um tio, Antônio Francisco da Silva, como forma de identificação de seu tronco genealógico, ou seja, eram descendentes do ramo do sargento-mor Albano da Costa dos Anjos, seu avô materno, agricultor na Serra da Aratanha, exemplo em que foi seguido por seus irmãos Manuel e Antônio.

Maria Francisca (sua mãe) faleceu às vésperas do 12º aniversário de seu primogênito, deixando como herança as terras de Aratanha. Seu pai casou-se novamente, em 1843, com Ana Joaquina da Conceição, com quem teve mais uma filha, Maria Francisca da Silva. Todavia, este veio a falecer três anos depois. Órfão, depois da morte de seu pai, tornou-se caixeiro de José Smith de Vasconcelos em Sobral, e depois passou a trabalhar em Fortaleza. Na capital da província, praticou o comércio em casa de Desidério Antônio de Amorim.

As terras de Aratanha pouco renderam aos irmãos Albano. Mesmo assim, eles tiveram que contratar um advogado de Pernambuco, Francisco Carlos Brandão, para o processo de demarcação.



Chegando seus irmãos à maioridade, José e Manuel , em 1852, abriram a firma Albano & Irmão, com a Loja do Povo, depois Casa Albano. Era uma casa importadora, vendia miudezas, tecidos, vinhos e uísques. Ali chegou a empregar seu primo Rodolfo Marcos Teófilo, o qual se tornaria um importante escritor cearense. Ambos foram grandes filantropos e por isso, em 1887, José foi agraciado com o título de Barão de Aratanha.

Foi casado com sua prima-irmã Liberalina Angélica Teófilo (1836 - 1900), filha de seu tio materno José Antônio da Costa e Silva (1792 - 1866), que fora seu guardião e de seus irmãos após a morte de seu pai. José Antônio também era pai do escritor Juvenal Galeno. O casal teve seis filhos:

José Albano Filho (1855 - 1881), cônsul do Império Alemão e negociante;

Maria Liberalina Albano, primeira esposa do eng.º Antônio Epaminondas da Frota;
Antônio Xisto Albano (1859 - 1917), sacerdote, bispo da Igreja Católica;
João Tibúrcio Albano (1860 - 1924), negociante;
Júlia Teófilo Albano (1863 - 1885);
Maria de Jesus Albano, freira, congregada à Ordem das Pequenas Assuncionistas.

Barão de Aratanha morreu em Fortaleza a 13 de junho de 1901, aos 71 anos de idade. 



O padre lazarista Pedro Augusto Chevalier (Padre Chevalier), nascera na Saint Riquier, Diocese de Amiens, na França, a 22/09/1831.

Foi o primeiro reitor do Seminário da Prainha e ali permaneceu por quase 20 anos. Foi ele também quem lançou a pedra fundamental da Igreja do Pequeno-Grande na Praça Figueira de Melo em 1896.


Faleceu em Fortaleza, aos 70 anos, no dia 17 de junho de 1901.
Passou 36 anos no Ceará e hoje há no Joaquim Távora uma rua com seu nome.



Professor de desenho do Liceu do Ceará, Júlio Henriques Braga (Júlio Braga), nasceu em Fortaleza, no Pici em 1868. 
Serviu como arquiteto na Estrada de Ferro de Baturité e no município de Fortaleza. 
Hoje é nome de rua em Parangaba. Morreu em 05 de setembro de 1901, em Castanhão, Pará, com 33 anos.


Leia também:

Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
Parte V
Parte VII
Créditos: Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Portal da História do Ceará, Wikipédia e pesquisas diversas.



quinta-feira, 16 de abril de 2015

Especial 289 anos - Os homenageados nas ruas da cidade (Parte V)



O poeta cearense Lívio Barreto, era membro da Padaria Espiritual e é Patrono da Cadeira nº 24, na Academia Cearense de Letras - ACL.
Era natural da Fazenda Angicos, distrito de Iboaçu, em Granja, onde nascera a 18/02/1870.

Foram seus pais José Soares Barreto e Mariana da Rocha Barreto. Lívio foi morar na sede Granja, onde chegou em 1878 e aí aprendeu, com o professor Francisco Garcez dos Santos, as primeiras letras.
Necessidades o forçaram, ainda criança, a trabalhar como caixeiro de um parente, atividade que o marcou por toda a vida, tendo, no trabalho, vivido a maior parte da infância.

Contudo, o forte apelo pela literatura, com José Barreto, Luís Felipe, Belfort e outros, funda um jornal literário – O Iracema – onde aparecem seus primeiros versos, já reveladores da inspiração e da originalidade daquele que mais tarde passaria a ser o principal representante do Simbolismo no Ceará, apesar da forte tendência romântica.

Sentindo o meio em que vivia intelectualmente atrasado para seus talentos, resolve seguir para Belém do Pará, em junho de 1888, onde trava conhecimento com o poeta João de Deus do Rêgo, que muito contribui para o seu aperfeiçoamento literário.

Regressa dali, em 1891, doente e acabrunhado de esperanças. Por esse tempo aparece, na sua terra natal, um outro jornal literário – A Luz – em que Lívio publica sonetos e ligeiras crônicas humorísticas.

Restabelecido no seio carinhoso da família, em fevereiro de 1892, ruma para a bela Fortaleza, onde se torna um dos fundadores (com o pseudônimo de Lucas Bizarro) da Padaria Espiritual – entidade literária que produzia o jornal – O Pão – tendo à frente o talentoso poeta Antônio Sales.

Intelectualmente satisfeito, mas afetado, fora do lar, por dificuldades financeiras, regressa ele como filho pródigo, acontecendo naufragar à altura da Periquara, Litoral do Ceará, em viagem no vapor Alcântara, salvando-se a nado, exímio nadador que era. Isto lhe rendeu um belo poema:Náufrago.

Segundo Artur Teófilo, “o Lívio era magro, pequeno, altivamente petulante.Tinha o olhar penetrante, sem vacilações, a fronte alta e abaulada e uma palidez baça de hepático.
Ria pouco e só entre amigos deixava por vezes transparecer sua fina verve elegante, um bocado pessimista e epigramática. Com o vulgo era sisudo, um tanto frio mesmo, com uns longes de bem entendido orgulho.
Usava casimiras claras, chapéu de feltro alto, e fumava cachimbo, à noite, embalando-se rapidamente na rede, com um livro de versos nas mãos.”


Lívio Barreto, autor de um único livro – DOLENTES – publicado postumamente por Waldemiro Cavalcanti. Faleceu na sua banca de trabalho, em Camocim,
 onde era guarda-livros da Agência da Companhia Maranhense de navegação a vapor, fulminado por uma congestão cerebral, às 3 horas da tarde do dia 29 de setembro de 1895, com somente 25 anos de idade.



O oficial da Marinha e escritor Adolfo Ferreira Caminha (Adolfo Caminha), cearense de Aracati nascido em 29/05/1867, autor de A Normalista, membro da Padaria Espiritual
Era filho de Raymundo Ferreira dos Santos Caminha e Maria Firmina Caminha. Mudou-se para o Rio de Janeiro, ainda na infância. Em 1883, Adolfo entra para a Marinha de Guerra, chegando ao posto de segundo-tenente. Cinco anos mais tarde, transfere-se para Fortaleza (1888). Apaixona-se por Isabel de Paula Barros, a esposa de um alferes, que abandona o marido para viver com Caminha. O casal teve duas filhas: Belkiss e Aglaís. Na sequência do escândalo, vê-se obrigado a deixar a Marinha e passa a trabalhar como funcionário público.

A sua primeira obra publicada foi Voos Incertos (1886), um livro de poesia. Em 1893, Adolfo publica A Normalista, romance em que traça um quadro pessimista da vida urbana. Usa as suas experiências e observações de uma viagem que havia feito aos Estados Unidos em 1886, para escrever No País dos Ianques (1894). No ano seguinte, firma sua reputação literária ao publicar Bom Crioulo, mas provoca escândalo, pois o romance aborda a questão da homossexualidade, o que massacrou a recepção crítica da obra. Colabora também com a imprensa carioca, em jornais como Gazeta de Notícias e Jornal do Commercio, e funda o semanário, Nova Revista. Já tuberculoso, lança o último romance, Tentação, em 1896. 
Morre prematuramente no Rio de Janeiro, no dia 1º de janeiro de 1897, aos 29 anos, vítima de tuberculose pulmonar. Foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier. Hoje é nome de rua em Fortaleza.



poeta Francisco de Paula Ney, era cearense de Aracati, nascido em 02/02/1858. É um dos Patronos na Academia Cearense de Letras - ACL. 

SONETO
[dedicado a cidade de FORTALEZA]

Ao longe, em brancas praias embalada

Pelas ondas azuis dos verdes mares,

A Fortaleza, a loura desposada

Do sol, dormita à sombra dos palmares.


Loura de sol e branca de luares,

Como uma hóstia de luz cristalizada,

Entre verbenas e jardins pousada

Na brancura de místicos altares.


Lá canta em cada ramo um passarinho,

Há pipilos de amor em cada ninho,

Na solidão dos verdes matagais...


É minha terra! A terra de Iracema,

O decantado e esplêndido poema

De alegria e beleza universais!

Paula Ney morreu no Rio de Janeiro em 13 de outubro de 1897, aos 39 anos, vítima de tuberculose pulmonar.



O jornalista Tibúrcio Rodrigues, que juntamente com seu irmão, mantinha o jornal político O Rebate, que foi empastelado pelo governo, era cearense de Ipu onde nascera a 11/08/1869. Hoje é nome de rua no São João do Tauape
Morreu em Fortaleza a 27 de setembro de 1898, aos 29 anos de idade, vítima de 
traumatismo moral.



O poeta José da Silva Bonfim Sobrinho, que pertenceu ao Centro Literário, nascera em Fortaleza a 19/03/1875. Hoje é nome de rua no Bairro de Fátima

Tinha em confecção, para publicar,  dois livros: Musa Triste (versos), e Grinaldas. Souza Pinto num trabalho que publicou sobre este iriditoso poeta, retrata nas seguintes linhas o moral e o físico do melancólico sonhador do Noivado funebre

"Alma boa e inofensiva, enclausurada num corpo franzino e indolente, possuidor de belos dons de inteligência, espírito impressionável e nervoso, Bonfim Sobrinho era por natureza um triste, em toda a extensão deste vocábulo. Os versos que escreveu são quase todos sombrios, e, cheios de uma inspiração sentimentalmente dorida e magoada".

Bonfim Sobrinho morreu em 22 de junho de 1900, aos 25 anos de idade, em um hospital em Belém do Pará.


Leia também:

Parte IV
Parte VI
Parte VII
Créditos: Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Portal da História do Ceará, Wikipédia, http://www.biografia.inf.br/ e pesquisas diversas.


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Especial 289 anos - Os homenageados nas ruas da cidade (Parte IV)



O senador Theodureto Carlos de Farias Souto (Teodoreto Souto), era cearense de Ipu nascido em 04/11/1841. Existe hoje uma rua com seu nome no Rodolfo Teófilo
Filho de José Francisco Souto Barateiro e de Ursulina Ferreira Passos, nasceu e foi batizado "em perigo de morte" na extinta freguesia de São Gonçalo da Serra dos Cocos, então sediada em Ipu. A dita freguesia foi extinta em 27 de outubro de 1883, sendo criadas em seu lugar as freguesias de Nossa Senhora da Conceição de Ipueiras e a de São Sebastião do Ipu. A Igreja de São Gonçalo passou a ser capela da freguesia de Ipueiras.

Foi bacharel pela Faculdade de Direito do Recife em 1865. Foi nomeado Coletor Municipal de Fortaleza, mas, exonerado no governo Homem de Melo, seguiu com os pais para o Rio de Janeiro e pôs banca de advogado em Cantagalo, onde, em 24 de julho de 1869, casou-se com Elisa Dietrich (1846 - 1923).

Foi deputado geral pela Província do Ceará de 1878 a 1881, no ministério de Sinimbu. Foi presidente das províncias de Santa Catarina, nomeado por carta imperial de 10 de fevereiro de 1883, de 28 de fevereiro a 29 de agosto de 1883, e do Amazonas, de 11 de março a 12 de julho de 1884.

Na República foi presidente do Banco do Brasil e senador pelo Ceará em 1891. 
Morreu em 11 de agosto de 1893, em Friburgo - RJ, aos 52 anos.



Adolfo Herbster - Engenheiro arquiteto a quem Fortaleza deve serviços de urbanização, descendente de suíços, nascera em Pernambuco em 04/05/1826.

Filho de pai Suíço-Alemão e mãe Francesa, veio para o Ceará quando tinha 29 anos de idade.

Adolfo Herbster casou-se duas vezes. A primeira com Henriqueta Maria de Almeida, que veio a falecer em maio de 1866, e a segunda vez com Filismina Lopes.

Em 21 de Novembro de 1855, muda-se para Fortaleza, contratado como engenheiro da Província.

Adolfo Herbster substituiu Simões Ferreira nas funções de “arruador
¹ e “cordoador”, algo muito próximo ao que se entendia como arquiteto leigo.

Em 1856 assume a direção das Obras Públicas Gerais, que era anteriormente ocupada por um arquiteto leigo de nome Antônio Simões Ferreira de Farias
². O engenheiro não concluiu a obra e coube justamente a Adolfo Herbster a conclusão dos serviços finais de carpintaria, marcenaria, pintura e os acabamentos finais da obra.

A obra foi inaugurada em 7 de abril de 1835, pelo Presidente da Província, José Martiniano de Alencar.



Adolfo Herbster executou inúmeras obras na cidade. Elaborou plantas arquitetônicas urbanas – construiu a estrada que liga Fortaleza a Maranguape – a Ponte sobre o Riacho Pajeú, onde hoje passa a Rua Rufino de Alencar, que liga a Catedral Metropolitana ao Seminário da Prainha.

Desenhou ainda o Paço da Assembleia legislativa, cujas obras foram iniciadas em 1856 sob a responsabilidade do engenheiro Joaquim Fonseca Soares e Silva.

A última planta que traçou da cidade de Fortaleza em 1888, foi impressa em Paris pela gráfica Burke e cia. Essa planta se encontra exposta no Museu do Ceará.

Os instrumentos com os quais trabalhava, encontram-se expostos no Museu Histórico do Ceará, em Fortaleza. O reconhecimento ao seu trabalho só foi feito em 1932, quando uma rua da capital recebeu o seu nome.
Adolfo Herbster faleceu em 12 de novembro de 1893, aos 67 anos de idade. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista.



Ex-guarda mor da Alfândega em Fortaleza, Vitoriano Augusto Borges, nasceu em Lisboa, Portugal em 08/08/1821 e naturalizado brasileiro. Hoje é nome de rua na Serrinha, em Fortaleza.Morreu na Bahia em 14 de setembro de 1893.



O padre José Teixeira da Graça (Padre Graça), cura da , cearense de Aracati nascido em 30/11/1853 e que exerceu a presidência do Poder Legislativo em 1886. Hoje é nome de rua em Fortaleza (Rua Padre Graça). 
Filho do coronel Antônio Pereira da Graça, era sobrinho do Barão de Aracati. Estudou no Seminário de Fortaleza, recebendo ordens em 1876.

Em 16 de março de 1877, o bispo D. Luís Antônio dos Santos instaurou a freguesia de Arronches (Parangaba), sob a invocação do Senhor Bom Jesus dos Aflitos — anteriormente fundada no século XVII por Antônio Filipe Camarão, mas que fora desativada —, e nomeou o jovem padre Graça para seu vigário, o qual lá ficou até 1892. Ali foi notável sua conduta durante a seca de 1877-1879.

Foi depois removido para a capelania de Passagem das Pedras (Itaiçaba) e posteriormente transferido para o curato da Sé, em Fortaleza, onde soube conquistar verdadeira amizade e admiração do povo. Eleito à Assembleia Provincial do Ceará, foi feito seu presidente, em 1886 e 1887. Presidente da Sociedade União do Clero, mereceu de Leão XIII o monsenhorato e o titulo de Camareiro Secreto. Todavia, consultado para aceitar o bispado do Pará, recusou essa honraria.

Como jornalista, foi redator-chefe do jornal "A Verdade", de orientação católica, cujo primeiro número foi impresso em 27 de julho de 1890. Também eram redatores do periódico Júlio César da Fonseca Filho, Paulino Nogueira Borges da Fonseca e Francisco Valdevino Nogueira.
Monsenhor Graça faleceu prematuramente aos 41 anos de idade em Fortaleza, a 24 de julho de 1894. Ao seu enterro compareceram mais de cinco mil pessoas acompanhando o seu féretro ao Cemitério São João Batista, onde se ergueu-lhe um mausoléu, fruto de uma campanha de donativos, sendo projeto da autoria do desenhista Martiniano Antônio da Mota. Existe hoje uma rua chamada Padre Graça, no bairro Parque Araxá, em Fortaleza, em sua homenagem.
 



O abolicionista, jornalista e poeta Antônio Dias Martins Júnior (Antônio Martins), ex-senador estadual. Membro da Cearense Libertadora era cearense de Fortaleza, onde nascera a 16/06/1852, e hoje é nome de rua no Rodolfo Teófilo e Damas.

Antônio Martins pontificara no jornal Mocidade ao tempo de Joaquim de Sousa, e seria uma das grandes figuras do Clube Literário, colaborando ativamente n'A Quinzena, era, além de notável jornalista, orador de alto mérito. Tem razão o historiador Raimundo Girão quando diz que ele é, dos três, "o mais poeta, o que mais esteve na intimidade das filhas de Zeus". De sua autoria é a letra do "Hino à Redenção da Província" do qual transcrevo algumas estrofes: 

Cearenses, cruzados da Glória, Nossa terra está livre de escravos! Hoje abriu-se no escopro da História O padrão deste povo de bravos.

Vitória! Vitória! Bradai cidadãos! No lar de Iracema são todos irmãos! 

Já não geme algemado no açoite, Oprimido, infeliz, nosso irmão; Nem os ventos das trevas da noite Chora os prantos da vil servidão. 

Estas plagas da livre Jangada, De Alencar e de Pedro Pereira, Hão de ser a Caanã inspirada Da total Redenção Brasileira! 

Salve! ó dia almejado da Glória, Alvorada do Império da Cruz! Salve! aurora da Paz, da Vitória! Salve! ó filhos da Terra da Luz! 

Antônio Martins faleceu em Fortaleza, a 31 de março de 1895, aos 42 anos de idade. 


¹ 01 de julho de 1800, foi nomeado um arruador da Vila, Manuel Ferreira da Silva, para "arrumar" as construções de forma a ficarem as ruas alinhadas. Pode ser considerado o primeiro arquiteto de Fortaleza.

² Antônio Simões Ferreira de Farias foi dispensado pela Câmara Municipal por não está desempenhando seu papel de "arruador", pois estava constantemente fora da cidade e dessa forma, atrapalhando as obras.

Leia também:

Parte I

Parte II
Parte III
Parte V
Parte VI
Parte VII

Créditos: Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Portal da História do Ceará, Wikipédia, http://www.biografia.inf.br/ e pesquisas diversas



terça-feira, 14 de abril de 2015

Especial 289 anos - Os homenageados nas ruas da cidade (Parte III)



O escritor João Franklin da Silveira Távora (Franklin Távora), era cearense de Baturité, nascido a 13/01/1842 no Sítio Serrinha da Glória. Hoje é nome de rua no centro de Fortaleza
Saindo de sua terra ainda muito criança, passou a viver com a família em Pernambuco. Estudou Direito em Recife, formando-se em 1863, mas exerceu a profissão de advogado por pouco tempo. Veio a ser ainda jornalista e deputado, ocupando cargos de poder da administração pernambucana. Em 1870, engaja-se numa campanha em favor do romance regionalista e da literatura do norte do país, criticando ferozmente José de Alencar nas Cartas a Cincinato (1870), com o pseudônimo de Semprônio. Segundo ele, a obra O Gaúcho de José de Alencar carecia de um contato mais direto do autor com a região que pretendia descrever. Morando no Rio de Janeiro, fundou a Revista Brasileira, além de escrever suas melhores obras de cunho regional: O Cabeleira (1876); O Mututo (1878); e Lourenço (1881).
Franklin Távora morreu no Rio de Janeiro em 18 de agosto de 1888, aos 46 anos de idade.

Rua Franklin Távora, entre a rua Dona Leopoldina e a rua Rodrigues Júnior. Arquivo Nirez



O advogado e jornalista Gil Amora era cearense de Aquiraz nascido a 14/05/1855. E Hoje é nome de rua no Farias Brito.

Morreu a 28 de outubro de 1888, às 8h30min, em Arronches (Parangaba), aos 33 anos de idade, vítima de apoplexia fulminante.



O magistrado José Pereira da Graça Filho (Barão de Aracati), foi Deputado provincial, Deputado Geral e efetivo. Era aracatiense nascido em 14/03/1812. Pai de Heráclito de Alencastro Pereira da Graça (Heráclito Graça). Hoje é nome de rua na Aldeota.



José Pereira da Graça Filho, que mais tarde, pelo acervo imenso dos trabalhos valiosos que prestou à pátria, pela sua dedicação à causa do Direito, seria agraciado com o titulo honorifico de Barão de Aracati. Era filho de José Pereira da Graça e Maria Cândida Carneiro Monteiro, nasceu na vila de Aracati, da capitania do Ceará. Fez os primeiros estudos na sua cidade natal, seguindo logo após para Coimbra a fim de obter os preparatórios. Com 22 anos de idade, em 1834, formou-se em direito pela Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Olinda; já formado, ingressou na magistratura, tendo exercido o juizado nas comarcas de Aracati, Icó e Quixeramobim. Como político, foi também deputado provincial em varias legislaturas. Também representou o nosso Estado, na Câmara Federal, por duas vezes, nos biênios de 1843-44 e 1850-52. Caráter integro, merecedor da inteira confiança do governo Imperial, foi 4 vezes Presidente do Maranhão. Neste Estado, onde gozava de real estima e consideração, desempenhou ainda os altos e preeminentes cargos de Desembargador da Relação, Presidente do Tribunal de Comércio, por várias anos. Distinguido-se em 1876, com a escolha de sua pessoa para membro do Supremo Tribunal, deixou o Maranhão e transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde viveu os últimos anos de sua vida. Foi galardoado pelo Governo Imperial com o titulo de Barão do Aracati pelos serviços prestados à magistratura e ao Estado.

Morreu no Rio em 29 de janeiro de 1889, aos 76 anos de idade.



O Padre Antonino Pereira de Alencar, era pernambucano de Exu nascido em 15/03/1806. Exerceu a Presidência do Poder Legislativo em 1867-1868. Existe uma rua no Joaquim Távora com seu nome .
Era filho de Antônio Leão da Franca e de Inácia Pereira de Alencar. Era, portanto, primo-irmão do senador José Martiniano de Alencar e de Tristão Gonçalves de Alencar Araripe.
Recebeu as ordens sacras pelo seminário do Maranhão em 1845, juntamente com seu irmão, Joaquim Pereira de Alencar (avô do Monsenhor Antônio Alexandrino de Alencar, que também veio a ser deputado provincial).
Por ato de 20 de fevereiro de 1855, teve nomeação de membro substituto do Conselho Diretor da Instrução Pública, efetivado a 4 de janeiro de 1859.
Exerceu o magistério como lente da cadeira de Latim do Liceu do Ceará, e nomeado catedrático por ato de 8 de fevereiro de 1848, após submeter-se a concurso público. Vereador e presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, de 21 de janeiro a 9 de fevereiro de 1868. Juiz de paz e membro da Comissão de Socorros, na seca de 1877.

Foi deputado provincial pelo Partido Liberal de 1864 a 1869, de 1880 a 1881 e de 1888 a 1889.
Fundada a União do Clero, foi o seu primeiro presidente, nomeado a 30 de março de 1884. 

Faleceu vítima de apoplexia, em Fortaleza a 11 de março de 1889, aos 83 anos incompletos.



O presidente Antônio Caio da Silva Prado (Caio Prado),  era paulista nascido a 06/03/1853. 
Existe em Parangaba uma rua com seu nome, no Passeio Público, uma avenida e no centro de Fortaleza, uma praça

Era filho de Martinho e de Veridiana da Silva Prado, casal da aristocracia cafeeira de São Paulo. Foi casado com Maria Sofia Rudge.

Ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco em 1875, recebeu seu diploma de bacharel em 1879. Foi redator principal do jornal Correio Paulistano.

Nomeado pelo Imperador, foi presidente das províncias de Alagoas, de 5 de setembro de 1887 a 16 de abril de 1888, e do Ceará, de 21 de abril de 1888 a 25 de maio de 1889, quando faleceu prematuramente em Fortaleza, vítima da febre amarela, aos 36 anos
 incompletos, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista.
Caio Prado é citado pelo escritor Adolfo Caminha no romance A Normalista.




O médico e ex-Deputado Geral Paulino Franklin do Amaral (Barão de Canindé), era cearense de Fortaleza nascido a 24/12/1842 e hoje ele é nome de rua em Montese e Parangaba
Era filho de Manuel Franklin do Amaral e Paulina do Amaral. Doutorou-se em Medicina pela Academia do Rio de Janeiro no ano de 1859; sua tese versou sobre: 1 - Operações empregadas para cura dos aneurismas; 2 - Da cerebelite, suas causas, sinais, diagnóstico e tratamento; 3 - Preparação da estriquinina e suas propriedades; 4 - Do centeio esporado e seu emprego nos partos. 
Representou o Ceará no parlamento do Império nas legislaturas de 1882/1884 e 1886/1889. Pela sua atuação como médico e político, recebeu muitas condecorações (comendador da Ordem da Rosa, Comendador da Ordem de Cristo, e outras). Também foi distinguido com a condecoração do Busto do Libertador Simon Bolívar, concedida pela Venezuela, e o título de Barão de Canindé. Morreu no Rio de Janeiro a 25 de março de 1892.



O doutor em medicina Meton da Franca Alencar (Meton de Alencar), Que representou o Ceará na Câmara dos Deputados. Nascera em Messejana em 09/07/1843. Hoje é Nome de rua no Centro de Fortaleza.
Filho do major Antônio da Franca Alencar (1809 - 1881) e de Praxedes da Franca Alencar (†1885). Eram seus pais primos entre si, sendo que Praxedes era filha de Leonel Pereira de Alencar, o chefe do Partido Liberal no Crato, assassinado em 1824, e irmã de Ana Josefina de Alencar, mãe do escritor José de Alencar. Pelo lado do pai, era sobrinho do padre Antonino Pereira de Alencar, que por várias vezes exerceu o mandato de deputado provincial do Ceará.

Frequentou a aula de francês e português de José Raimundo de Amorim Garcia na Praça da Carolina (Que já se chamou Praça José de Alencar), continuando os estudos no Liceu do Ceará. Em 1864, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

No terceiro ano resolveu participar da Guerra do Paraguai. Havia poucos médicos, e os soldados brasileiros morriam sem assistência. O tempo ia passando e Meton de Alencar estava ganhando mais prática. No fim da guerra ganhou o título de primeiro cirurgião do Exército, além da patente de capitão e da medalha comemorativa.
Novamente no Rio de Janeiro, em 1870, doutorou-se em medicina, defendendo a tese sobre “ferimentos da uretra”. No ano seguinte retornou a Fortaleza, sendo nomeado para a Santa Casa, cargo que exerceu até sua morte em 21 de fevereiro de 1893 aos 49 anos de idade.
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Créditos: Cronologia Ilustrada de Fortaleza, Portal da História do Ceará, Wikipédia, http://www.nilc.icmc.usp.br/ http://aracati.net/ e pesquisas na internet



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